Capitulo 5.

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"AO BRILHAR DOS OLHARES"

O menino dos cabelos pretos não estava agora na melhor situação.
Estava nu,em uma banheira,onde duas senhoras de idade lavavam ele enquanto ele murmurava coisas como: "isso é mesmo necessário?" "Eu sei me cuidar." Mas as senhoras pareciam nem escuta-lo.

Ele estava no templo de Douma,sendo cuidado por ordens do mesmo. O juiz cedeu ao pedido de Douma para purifica-lo,já que se não,seria punido por intolerância religiosa com certeza.

O menino dos cabelos pretos estava totalmente envergonhado ali,sendo lavado,seu cabelo estava molhado e água quentinha,ele estava encolhido na banheira para não mostrar suas partes, enquanto a senhoras mal de importavam com isso.
Ele permanecia quieto,as vezes murmurando e xingando baixinho.

Nele foi posto uma roupa confortável,era tipo um blusão de banho vermelha clara com detalhes de "gotas" pretas.
Ele foi dirigido até o salão principal,onde estava sentado Douma,ele estava no puff,com as pernas cruzadas,o cotovelo apoiado no joelho e com o rosto descansando na mão (aquela típica pose dele).

O menino foi aconselhado a se ajoelhar ao chegar perto do puff e ele o fez por respeito.

Douma--- Qual seu nome menino?---
Pergunta Douma se fingindo de sério,afinal tentava fazer seu trabalho do modo mais sério possível

Menino--- Hakuji,alguns me chamar pelo apelido Akaza ---
Ele diz sério,olhando o chão enquanto estava ajoelhado a uma distância boa do puff

Douma--- belo nome...---
Douma tentava ao máximo não se render e falar com ele como um amigo e não um líder

(Nas falas dele vou chamar de Akaza)

  Akaza apenas faz que sim com a cabeça e continua inespressivel

Douma--- Diga,porque rouba? ---
Pergunta Douma nem tão interessado na resposta

Akaza--- dizer isso é mesmo nessesario? ---
Um silêncio constrangedor foi o suficiente para ele saber a resposta

Akaza--- para conseguir comprar remédios para o meu pai.---
Ele diz,não se permitindo olhar Douma

Douma da tapinhas no puff em que está

Douma--- sente-se ---
Ele diz de modo sereno
Akaza,por ordens dele se sentou no puff,ainda sem encarar Douma
  De repente,o de cabelos pretos se sente envolvido pelos braços frágeis e branquelos de Douma,era um abraço especialmente quentinho

Akaza--- uh ....tá fazendo o que?---

Douma--- abraço da purificação!---
Ele diz rindo

Akaza--- tá de brincadeira neh?---
Ele dizia segurando os braços de Douma na tentativa de o afastar,ele não gostava tanto de contato desse modo

Douma--- sim ---
Ele ri
--- é brincadeira,você terá que ficar aqui um tempo,para que eu possa ouvir dos Deuses como irão te julgar ---
Ele disse em um tom mais sério, desacreditando no que ele mesmo dizia

Akaza--- oque?! Eu...eu não possa,tenho que cuidar do meu pai!---
Ele disse eufórico e ansioso

Douma--- ah, claro,poderá ver seu querido pai---
Ele diz sorrindo,parecendo um tanto ironico.
  Akaza não respondeu,apenas desviou o olhar, pensando em como viveria daqui para frente.

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Sinto que não há mais
Nada verdadeiramente artístico
Do que amar as pessoas

— Vicente Van Gogh

Poderia ter sido diferente?       (Doukaza) (DoumaxAkaza)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora