capitulo 8.

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"TE CONHECENDO"

Akaza estava em um canto qualquer,se sentindo culpado pela gripe de Douma,estava na neve segurando uma florzinha branca pequena que sobreviveu a neve,e tirando sua pétalas uma por uma, pensando no que fez ou poderia ter feito.
Estava sentado no telhado no templo,com uma perna balançando tranquila,ele olhava a neve,e pensava "por que ele me esperou tanto tempo? E se estivesse escurecido?"
Em meio o barulho de sua mente,ele ouve um tossir fraco vindo do quarto abaixo do teto onde ele estava sentado,era o quarto de Douma.
Mais algumas tosses depois,Akaza resolveu entrar no quarto dele pela janela,mas estava fechada,Então ele bate suavemente no vidro. Douma vê seu amigo tentando antrar e abre a janela,Akaza entra e fecha a janela em seguida.

Douma--- oi amigo...---
Ele parecia todo acabado com uma gripezinha só

Akaza--- está bem? O que está sentindo? ---
Diz ele tocando as costas da mão suavemente na testa dele para medir a temperatura.

Douma--- ah...eu estou...ah..quente? E...com um pouco de dor de cabeça ---
Ele murmura

Akaza--- tsk,o que aquela mulher fez? Você não está sendo cuidado!---

Douma--- mas- ---

Akaza--- vou fazer um chá para você,me espere ---
Diz Akaza saindo do quarto indo para o corredor,sem nem saber ao certo onde ficava a cozinha. Douma fica parado encarando a porta que agora já não tinha ninguém, pensando no porque disso,seria para devolver a gentileza de quando ele o salvou? Ou talvez realmente fossem amigos.
Não que Douma sentisse muita coisa,mas não ser sozinho era reconfortante...

  Enquanto com Akaza,ele entrou na cozinha da qual tinha uma empregada,ele explicou a situação e ela o permitiu fazer o chá.
  Akaza prepara tudo com rapidez,a empregada chega a ficar impressionada e a pedir a receita do tal chá.

Assim que fica pronto,Akaza se curva para a empregada em sinal de respeito e vai até o quarto de Douma com o chá em mãos. Assim que ele entra os olhos de Douma brilham levemente

Douma--- ah,você voltou ---
Diz Douma. Não fazia sentido para Akaza que ele fosse praticamente uma criança na mentalidade.

Akaza--- sim...e aqui está ---
Ele e coloca na mãos delicadas de Douma o copo quente com chá,o que faz o loiro dar uma leve arrepiada pelo choque térmico

Douma--- está quentinho...---
O mais novo da um leve sopro no copo fazendo a fumaça recuar e toma um gole sem mudar de expressão
--- desculpa se estou sendo um incômodo ---
Ele murmura

Akaza--- fica tranquilo,estou acostumado a cuidar dos outros ---
O moreno murmura de volta. Se sentando na beirada da cama que Douma estava.  Silêncio o loiro terminada de tomar o chá,se voltando para o mais velho

Douma--- estava bom ---
Ele murmura deixando o copo de lado na cabeceira da cama. Akaza não reage ao elogio,estava perdido demais em pensamentos aleatórios

Douma--- Akaza? ---
O loiro fica preocupado com a falta de resposta. Akaza logo sai do transe

Akaza--- ah, desculpa...eu estava perdido nos pensamentos ---

Douma--- é eu notei --
Diz dando uma leve risada

Akaza--- melhor eu sair,se seus pais me virem aqui vão pensar besteiras---
Diz ameaçando levantar da cama e sem encarar o loiro

Douma--- meus pais? Ah,estão mortos ---
Diz em tom normal e sem remorso. Já Akaza arregala levemente os olhos ao ouvir isso

Akaza--- mortos...?---

Douma--- sabe como é... meu pai traiu minha mãe,Ela matou meu pai e se matou ---
O brilho de Akaza some mais ainda,Douma olha pra ele tipo "que foi?"

Akaza--- m-meus pêsames,eu nem sei o que dizer...---

Douma--- hm? Ah, não se preocupem,eles não fazem tanta falta.---
Ele responde com um sorriso na cara, enquanto Akaza se pergunta se além de infantil o cara é psicopata-

Akaza--- como que seus pais não fazem falta...---
Questiona incrédulo

Douma--- ah...eu não sei,eu não senti nada com a morte deles.---
Ele murmura
--- na verdade não sinto nada em relação a tudo...---

Akaza fica pensando sobre a resposta por um momento.

A

kaza--- não sente...nada?---
Repete a afirmação

Douma--- eu...nunca senti nada,eu nasci assim---
Ele diz fazendo parecer que é normal
--- eu queria saber qual a sensação de sentir...---
Ele murmura

Akaza--- Ruim eu diria...---

Douma--- como poderia ser ruim? ---

Akaza--- Amar algo que a morte pode tocar,é terrível ---
Ele diz em um suspiro,logo se lembrando de seu pai

Douma--- oh...entendo ....---

Akaza--- se não se importa irei tomar um banho...me chame se precisar.---
Diz olhando Douma nos olhos

Douma--- ah,claro!---
Diz já voltando com seu sorriso inocente no rosto. Assim que Akaza sai do quarto o garoto fica encarando o copo Fazio que se encontrava o chá.


Poderia ter sido diferente?       (Doukaza) (DoumaxAkaza)Where stories live. Discover now