Cap. 27

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Cecília Collie pov.

É impossível tentar não sentir nada por alguém, quando na verdade, você sente milhões de borboletas no estômago, por apenas estar perto dela.

É exatamente assim, que me sinto perto da Eleonor. Depois que sai de Mendonza, e fui direto para casa, senti muita raiva dela, além disso, sentia uma dor no peito, uma dor que não era física, sentia saudades dela, mesmo que talvez seja errado.

Ficar alguns dias longe, me ajudaram à refletir sobre tudo o que já aconteceu entre nós, e como minha vida teve uma reviravolta gigantesca. Não esperava encontrar, muito menos me relacionar com alguém, como a Eleonor.

Minha vida sentimental e sexual, nunca foram das melhores. Principalmente porque nunca fui de ficar me envolvendo fácil. Mas com ela... algo foi diferente, desde a primeira vez que eu a vi, sentada atrás daquela mesa, com uma postura firme, e o olhar fixo em mim, na hora senti algo diferente, não conseguia entender, talvez no começo fosse apenas excitação. Mas agora entendo, realmente sinto algo por ela, o que me deixa um pouco nervosa, pois mesmo que ela não tenha aceitado o pedido do sr. Alberto, não significa que sente o mesmo por mim.

Nosso encontro dessa noite, foi meramente casual, precisávamos desse momento. Talvez à partir de hoje, conseguiremos trabalhar juntas sem intrigas, e desentendimentos.

Mas, ainda não consegui criar coragem e perguntar qual foi o motivo dela ter ido naquela noite, no quarto de hotel. Se ela brigou com o David, é porque queria falar comigo, ou apenas estavam desentendidos.

Aaah! Preciso dormir para descansar, e quem sabe, acordar e descobrir que tudo foi um sonho.

...

Me viro na cama de um lado para o outro, mas me levanto com alguém batendo na porta. Quem será?! Já está tão tarde...

Me levanto, embrulho com meu robe, e vou até a porta da sala. Quem quer que seja está muito ansioso, pois não para de bater nem um segundo.

"Já vai!" digo alto destrancando a porta, e me assusto quando vejo a Suzan. "O que você está fazendo aqui? Achei que estava com a Cléo." pergunto enquanto ela passa por mim.

"Estava, mas arrumei uma desculpa que precisava vir aqui." ela diz andando para um lado e para o outro.

"Amiga, fica quieta. Pode me explicar o motivo da sua agitação?" pergunto, e seguro em seus braços. Ela para, e arregala os olhos.

"Cecília, ESTOU LOUCAMENTE APAIXONADA PELA CLÉO." ela grita, e começa a rir como se fosse uma doida.

"Me conta uma novidade. Isso todo mundo já sabe." falo rindo junto. Mas ela para de rir, e aproxima de mim.

"Não, não dessa forma. Cecília, quero pedir ela em casamento!" ela fala, e abro minha boca várias vezes, mas não consigo formular nenhuma palavra.

"Eu sei, eu sei. Vai me dizer que está muito precipitado, que não é hora ainda... MAS VOCÊ ME OUVIU?" ela grita novamente, e começa a rir.

"Para de gritar, agorinha acorda até a Eleonor." falo tentando manter ela mais calma.

"A Eleonor está no seu quarto?! Que safadas, sabia que vocês não iriam aguentar por tanto tempo." ela comenta, e sinto que estou ficando vermelha.

"Para com isso! Falo de acordar ela na CASA dela." falo dando ênfase na casa, para ver se ela entende.

"Ah..." ela diz em um tom um pouco frustrante. "Então ela não está no seu quarto?" me pergunta pada confirmar e nego com a cabeça. "Que pena! Depois que ela foi lá na Cléo, achei que as coisas iriam melhorar entre vocês."

Minha Chefe Rossini | Lésbico Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz