016.

1.1K 133 15
                                    

I'm frightened by what I see
But somehow I know that there's much more to come
Immobilized by my fear
And soon to be blinded by tears
(...)
Fallen angels at my feet
Whispered voices at my ear
Death before my eyes
Lying next to me, I fear
She beckons me, shall I give in?
Upon my end, shall I begin?
Forsaking all I've fallen for
I rise to meet the end.

Alabama Point of View

O líquido quente e fumegante mantinha meus dedos e lábios aquecidos. Fazia um mês que eu não preparava um café, e olhar para aquele líquido na xícara me fazia pensar no dia que fui embora de Round Top, em meu pai e em Scott. Eu sentia tanto a falta deles, era como se essa parte da minha vida tivesse sido apagada, como se Alabama Jones só houvesse existido depois de fatídicamente se encontrar com o caos que era Tom Kaulitz.
Eu não havia conseguido dormir, ainda processando ter assistido a um homicídio, depois que Tom me deixou em casa ele e os garotos saíram sem falar quando iriam retornar, só havia restado eu e Lilith naquela mansão.

— Como você está? —

Lili se aproximou coçando os olhos, ela havia acabado de acordar. Peguei uma xícara no armário e a coloquei sob a mesa da cozinha e lhe servi um pouco de café.

— Não consegui dormir, quando fechava os olhos a cena de Paul sendo alvejado surgia em minha mente. —

Apertei a xícara para mim, falar aquilo reviveu a memória que eu gostaria de esquecer, mas era como se aquele choque não fosse chegar ao fim durante alguns dias.

— Sinto muito, eu também mal dormir hoje, estava preocupada com Bill. Não sei se poderia estar te falando isso por ser algo tão pessoal dele, mas Bill sofre com pesadelos, acorda gritando pela mãe as vezes ou clamando para que não batam nele. O que lhe acalma é quando eu o abraço. —

Ouvir aquilo recordou-me de quando beijei Tom pela primeira vez, ele tinha tido um pesadelo e acordou gritando pela mãe.

— Isso já aconteceu com Tom, foi quando eu o beijei pela primeira vez. —

Lilith arregalou os olhos e levou as mãos até a boca, ela estava estupefata com o que tinha acabado de ouvir.

— Você beijou o Tom? Cacete, me conte isso agora! — Esbocei um riso.

— Não foi nada de mais, ele estava assustado como uma criança devido ao pesadelo, tentei o tranquilizar e então ele me olhou com aqueles olhos... e nos beijamos só isso. — dei de ombros levando o líquido até a boca e tomando um longo gole.

— Angel, cuidado! O jeito que fala sobre Tom, é como se estivesse começando a gostar dele. — Aquilo fez com que eu ficasse engasgada.

— Está louca? Lógico que não! Por mim ele pode ir para o inferno! Mas não quero falar sobre isso, e sim sobre os pesadelos que os gêmeos têm, tenho certeza que deve ser por causa de algum trauma de infância. —

A mais velha ergueu a sobrancelha e pousou a xícara, suas unhas tamborilaram na mesa, ela parecia estar receosa em falar algo.

— Não posso falar sobre isso, mas sim tem haver com traumas de infância, principalmente em relação a Bill. Nós dois passamos por uma situação horrível que marcou nossas vidas, talvez por isso ele me tirou da vida que eu tinha. —

Havia pesar na voz de Lilith, uma dor no qual ela guardava a sete chaves, era triste a ver daquela maneira, gostaria de saber o que houve e ajudá-la mas éramos proibidas de saber até nossos nomes. Me ergui e a abracei, ela soltou um suspiro e logo seu semblante de dor deu lugar a de uma garota fatal como eu estava acostumada.

GANGSTA'S PARADISE, TOM KAULITZ.Where stories live. Discover now