Prólogo: Arabella

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AVISO: Tudo relatado nessa história é fictício e sem compromisso com a realidade. Não concordo com casos assim na vida real, aqui é só um fetiche para ficar na imaginação!


POV Carmen AKA Arabella

E lá estava eu, Carmen (ou Arabella, como era conhecida naquele cassino) em mais uma noite de trabalho sujo.

Prostituição não é um dos melhores trabalhos, exceto quando se é uma prostituta de luxo como eu. Dois mil por cliente é muito dinheiro e toda noite eu dormia com dois a quatro homens... Ou seja, eu era uma puta muito rica.

Eu nunca gostei de trabalhar e sempre quis ser milionária. Vim de uma família humilde da Costa Oeste onde meus pais nunca puderam me proporcionar os luxos pelos quais sempre fui encantada desde menina. Jamais estive disposta a "pegar no pesado" para conseguir o que queria. Então optei pelo caminho mais "fácil" que era a venda do meu corpo perfeito.

Sem querer ser convencida, mas sou maravilhosa, sempre tive um rostinho de boneca e um corpo exuberante. Assim que fiz quinze anos mandei todos irem se foder e saí de casa. Meus pais foram boa gente, admito, mas não podiam fazer nada se minha mente sempre foi um diamante e aquela merda toda que eles podiam me oferecer não significava nada para mim.

Comecei nas ruas de Las Vegas, porém percebi que ficar em uma esquina qualquer não dava tanto dinheiro e só me apareciam velhos asquerosos ou "futuras estrelas do Rock" (míseros garotinhos com bandinhas ridículas de garagem) que me pagavam uma mixaria.

Rolavam boatos pelas ruas de que Coney Island era a terra prometida para as vadias querendo ser alguém na vida, então não tardei em tentar a sorte.

Todas as noites eu frequentava cassinos diferentes com vestidos exuberantes e sensuais. Os primeiros que usava eram roubados de lavanderias, mas assim que comecei a ganhar dinheiro pude comprá-los.

Minha beleza nunca demorava para atrair os homens mais ricos (gângsteres, chefes do tráfico, empresários, ministros e pessoas da Casa Branca, só o alto escalão) e assim fiz a minha fama. Todos naquela ilha conheciam Arabella e a desejavam.

Sabendo dos boatos a meu respeito, o Cassino The Serpent Soul, o maior cassino da ilha, me convidou para "prestar meus serviços". Não, não era um daqueles lugares onde putas sem dignidade ficavam dançando nuas em palcos. Era um lugar muito sofisticado, conhecido e profissional. Os ladrões ajudavam os assassinos por lá.

Eu cantava algo macabro todas as noites, o que me rendia uma grana extra, e logo em seguida me retirava para o bar apenas aguardando os ricaços irem até mim. Uma armadilha de veludo, onde eu despejava meu veneno os deixando loucos de desejo a ponto de pagarem qualquer valor.

Em tempos difíceis eu costumava pagar para os funcionários das mesas de jogos me dizerem onde se encontravam os mais poderosos.

Eu fui uma ótima jogadora de tanto me sentar ao lado dos caras os observando, me tornei uma profissional e isso era maravilhoso, pois além de ser mais uma renda ainda era outra forma de chamar atenção. Como se minha beleza, charme e voz já não fossem o suficiente, ainda tinha a minha inteligência.

- Trezentos e cinquenta? – Me perguntavam pensando que eu era uma dessas baratas. Mal sabiam eles do meu poder de negociação.

- Não, obrigada. – Eu respondia, mas eles nunca recuavam.

Havia um círculo de bruxas ambiciosamente viciadas por lá também, piranhas usuárias de todos os tipos de drogas, um bando de idiotas! Eu nunca me envolvi nesse negócio de cheirar pó, mesmo que me oferecessem todas as noites, não conseguia me imaginar gastando a minha fortuna apenas pagando traficantes e atrás de mais e mais drogas. Não... Minha droga era completamente diferente... O dinheiro sempre foi o hino do sucesso, todos sabem disso, era a razão da minha existência.

Diamantes, joias, vestidos, saltos, produtos de marcas famosas ou importados... Tudo isso me dava um enorme prazer. Olhar para todo o patrimônio que eu tinha e contar as notas uma por uma me dava um tesão imenso. Eu fodia sem piedade pensando em dinheiro e coisas brilhantes.

Quem precisa de família ou amigos quando se tem tanto poder? Com certeza quem disse que "dinheiro não traz felicidade" é um pobre que vive na miséria, pois nada me deixava mais feliz do que dinheiro.

O "amor" para mim sempre foi um joguinho divertido. Já perdi as contas de quantas vezes já disse a frase "Eu te amo", outro talento meu é ser uma atriz excepcional. Coitado de quem tivesse o azar de me amar ou precisar de mim. 

Nunca deviam romantizar uma noite comigo. Como disse antes, sou uma ótima negociadora, um "Eu te amo" por uma coisa cara. Tirava até o último centavo do otário apenas para descartá-lo assim que outro mais rico aparecesse.

Essa sou eu, Arabella, a vadia que todas sempre sonharam em ser.


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N/A

Esse será possivelmente o único capítulo no ponto de vista da Carmen/Arabella, só para vcs terem um pequeno gostinho da Queen. Prefiro escrever pontos de vista masculinos hahaha.

Se está gostando da história, não esqueça de deixar aquele votinho para fortalecer a autora. Também se sinta livre para comentar, eu aceito críticas e sugestões.

XoXo

They all like CarmenWhere stories live. Discover now