Religion

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- Eu ainda não te perdoei 100%, sabia? - Minha mulher piscou sacana para mim. - Você está me devendo uma coisinha... - Me olhou com malícia, de cima para baixo.

Me senti como uma dama sendo desejada por um homem. Foi bizarro. Ser olhado como um pedaço de carne, um objeto sexual.

- Que coisinha? - Perguntei cuidadosamente. 

Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram por conta da tensão. Excitação misturada com medo.

- De joelhos, Senhor Turner. - Carmen sussurrou sutilmente.

Um comando, uma ordem direta. Igual a mim. Parecia que era a minha voz que saia de sua boca.

- O que? - Minha voz de verdade saiu fraca.

Mil gatilhos estavam sendo ativados na minha cabeça ao mesmo tempo. Ninguém nunca havia falado comigo naquele tom, só... O meu pai. O verdadeiro "Senhor Turner". Aquele bastardo, filho da puta. Que descanse no inferno.

- De joelhos. - Ela repetiu friamente, agarrando a gola da minha camisa e arrastando-me, me colocando de pé diante dela. - Eu quero ver você se ajoelhando.

Eu estava tão atordoado e entorpecido por traumas que meu corpo parecia estar em transe. Eu me sentia fora dele, a situação toda era como assistir a uma peça de teatro. Braços e pernas de um ator que não me pertenciam.

Em pé, diante daquela cama de hospital, eu me encontrava pela primeira vez submisso. E o mais estranho? Eu não sabia o que sentir.

Ela se virou de frente pra mim, sentada, e abriu as pernas lentamente, me olhando de baixo para cima.

- Você quer o meu perdão? - Ela perguntou, num tom de voz afiado como uma navalha, mordendo o lábio inferior. - Se quer, quando você estiver de joelhos, eu vou ser a sua oração.

Eu entendi o que ela quis dizer e me deixei ser arrebatado, saindo levemente do meu estupor. Foda-se.

Meus joelhos tocaram o chão devagar, um depois do outro. Tudo parecia um borrão em câmera lenta, como uma onda que me arrastava cada vez para mais longe da praia.

Ela agarrou meus cabelos com os dedos, de maneira bruta, me conduzindo até o meio de suas pernas. As coxas, já estavam úmidas de excitação.

Eu estava rendido, entregue ao aroma agridoce daquele mel que escorria por ela tão devagar e apetitoso, enchendo a minha boca de desejo.

Como eu poderia não apreciar o que ela estava me oferecendo tão generosamente? A visão era divina.

Eu envolvi minhas mãos em suas coxas com força e comecei provando sua entrada com a pontinha da minha língua, tomando-a como uma droga. Ela arfou, jogando a cabeça para trás e pressionando mais meu rosto contra ela.

- A partir de agora eu sou a sua religião. - Ela anunciou com orgulho e depois gemeu sofregamente, como uma gatinha no cio, enquanto eu lambia entre seus lábios, bebendo todo aquele néctar, degustando o sabor até a ultima gota.

Eu amava pra caralho todas as reviravoltas que aquela mulher causava dentro de mim. Um frenesi de emoções que iam do meu maior medo de infância a um tesão diferente de tudo o que já experimentei. Ela despertava o pior em mim, como cheirar uma carreira de cocaína. Estar com ela era viciante e entorpecente, uma injeção de adrenalina direto no coração.

Queria deixá-la satisfeita, queria a sua aprovação do meu oral. O frenesi dela era como um presente dedicado especialmente a mim, mais importante do que o ar que eu respirava. Pela primeira vez na minha vida, eu não ligava para meu pau, que quase rasgava a calça de tão duro. Tudo o que meu corpo clamava era o orgasmo da minha Carmen. Tudo o que eu precisava era que ela gritasse meu nome como nunca gritou o nome de ninguém antes e se derretesse na minha boca como um Gelato sob o sol da Itália...

- Oh, Alex... - Ela gemeu alto e seus olhos se encontraram com os meus.

Ela assistia com fervor enquanto eu beijava sua buceta, como um adorador do diabo, deixando minha língua e saliva a envolver, mas nada parecia o suficiente. Era a porra do paraíso senti-la escorrendo só pra mim daquele jeito...

- Aleluia, eu preciso do seu amor... - Sussurrei na sua carne crua e sensível.

E como um gatilho sendo puxado, ela começou a ondular seus quadris e eu sabia que estava perto, então só mergulhei de volta, descendo a língua molhada por seus lábios, de sua entrada até o clitóris, onde me demorei, em movimentos que intercalavam de rápido a devagar. 

Aquele botão de rosa parecia pulsar freneticamente no mesmo ritmo da minha ereção. Eu fechei os olhos para apreciar bem aquele sabor e a sensação de suas pernas fazendo cada vez mais pressão nas minhas orelhas.

Quando eu comecei a fazer leves sucções em seu clitóris, ela irrompeu num grito que com certeza deve ter ecoado pelo hospital inteiro, assustando as enfermeiras. Eu me afastei depressa porque eu precisava ver. Eu queria assistir todo o êxtase estampado no seu rosto e saber que era por minha causa. Receber as suas bençãos diretamente, como um fiel adorando uma Santa. 

De joelhos, diante dela, eu contemplei a magnitude do Sagrado Feminino. 

~ ♥♠♣♦ ~

- Por que não vem morar comigo? - Perguntei num tom de voz cálido.

Ela estava com a cabeça deitada no meu peito enquanto eu acariciava seus cabelos. Minha mulher, totalmente satisfeita após o orgasmo. Eu estava amando vê-la assim, mole e despreocupada, recebendo minhas carícias naquela cama apertada demais para nós dois.

- Na mansão Turner? - Ela perguntou divertida. - Isso soa como um pedido de casamento, senhor. - Riu cínica, enquanto acariciava meu peito. - Melhor me levar para um jantar primeiro.

- Você é do tipo que precisa de um pedido? - Eu sabia que ela estava brincando, então entrei na dela.

- Eu sou do tipo que quer foder em cada cômodo da sua casa. - Respondeu rindo, subindo a mão pela gola da minha camisa meio aberta. - Começando pelo jardim e finalizando na mesa de jantar.

- Você é um demônio. - Disse sorrindo, sem conseguir me conter por ela ter aceitado meu convite. - Mas o jantar até que é uma boa ideia.

- Você não tem ideia do quanto eu posso ser má. - Ela me respondeu, erguendo a cabeça para me olhar. - Finalmente teremos um encontro de verdade, então? Igual aos filmes de romance? - Seus olhos se encheram de brilho e expectativa.

Por dentro, atrás de toda a sua fachada, ela não era diferente de qualquer garota normal dos subúrbios afinal. Ela só queria ser amada de verdade e ver as provas desse amor. Jantares a luz de velas, serenata na janela, caminhadas na praia ao por do Sol e toda essa porcaria que Hollywood vende.

Eu nunca tinha feito questão de nada disso. Sempre achei essas frescuras vazias e sem sentido, mas se era a sua vontade...

- Eu vou providenciar que seja melhor do que nos filmes, meu amor. - Acariciei sua bochecha, beijando sua testa logo em seguida. - Tudo o que a minha rainha quiser. Os seus sonhos são o limite. - Murmurei em seu ouvido.

Seu sorriso de resposta escondia mais do que malícia e senti meus pelos da nuca se eriçarem como nunca. O sinal de que eu estava em perigo.


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N/A

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XoXo

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⏰ Last updated: Mar 26 ⏰

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