Capítulo 38 - As minas de Bracinzel

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Gerlon e Flora subiram até a cabine de Seal atrás de mapas que levassem até Bracinzel. O pirata vasculhou pelos baús empoeirados sobre as estantes e sob as mesas de sua cabine, precisou ir na biblioteca umas duas ou três vezes para conferir até que o encontrou. Gerlon repassou as coordenadas para Helmer. Em poucos minutos, o navio se dirigiu para o nordeste.

Sobre a grandiosa planície de Bacchor, a Bichano sobrevoava poucos quilômetros acima, é uma vasta planície que faz fronteira com o reino de Sauropsidia e está a milhares de quilômetros a oeste do reino de Henry. Ainda é nítido as marcas de uma guerra num passado distante entre os sete reinos do leste e Madrash, antes de um acordo de paz ter sido fechado entre as nações, e o resultado disso são paisagens repletas de aeronaves acidentadas e outras ruinas. Aqui pode ser encontradas altas ervas usadas em rituais tribais dos povos nômades que por nela habitam, embora aqui e ali possam ser vistas formações rochosas vulcânicas. A guerra, agora esquecida, foi travadas nos céus de Bacchor, os destroços das aeronaves decadentes que pontuam as planícies são monumentos a carnificina outrora forjada por aqui.

Durante a estação chuvosa, os nômades que aqui habitam, se abrigam dentro e nos arredores da Selva de Sarin, das altas montanhas, é possível visualizar o horizonte e ver a fronteira e as grandes plataformas de extração no mar D'ouro em Sauropsidia. É também lar da grandiosa Selva oculta de Sarin e há uma grande massa de água, o Mar de Orco cercado por uma cordilheira de montanhas altas e nevadas. A sudeste, chega-se as terras dos Jahara. Os nativos e Élnides conhecem os seguimentos de Bacchor, como o Campo das Asas Caídas, local de uma antiga e esquecida vila de moradores rurais que moravam em cabanas simples de tijolo no alto de um dos morros; As Gargantas, uma parte repleta de cânions que davam para cavernas subterrâneas e habitadas por criaturas perigosas como as víboras de Chartreuse, com seu corpo coberto por escamas de chumbo e sua boca repleta de presas afiadas como navalhas que inoculam a peçonha profundamente na carne de suas presas. Favorecendo pequenos seres e seus ovos, ela secreta um veneno mortal que subjuga rapidamente o afetado. Seu diafragma é dividido em dois, cada lado contendo um estomago com fortes sucos digestivos, conectados a um longo trato intestinal que desce pela cauda, suas formas esguias parecem sugerir que elas raramente comem, mas isso está longe de ser verdade, pois sua biologia digestiva única lhes dá um apetite notoriamente voraz; há o Haulo Verde, campos irregulares abertos deformados por morros baixos e pela antiga guerra; As Bagas Flars, uma área reta sem interferências naturais, mas conhecido como cemitérios pelos habitantes dali, pois é o local que pode se encontrar construções antigas tombadas, como torres e igrejas a muito esquecidas; mais ao norte encontra-se a Serpente Verde, um caminho de relva e capim semelhante a uma serpente, ela desce em espiral sobre uma montanha até o condado, uma região mais baixa de Bacchor; As Terras Fragmentadas são o lar dos Sugmuros, seres altos como arvores, verdes como a selva e com aparência de crocodilos, com um casco de rocha sobre suas costas e anda sob duas enormes patas, sem braços e chega a ser uma criatura estranha de se visualizar. As espécies mais antigas vieram do reino de Falconia milhares de anos atrás, e cresceram ao longos dos anos de evolução; Parte do seu corpo petrificam enquanto ele ainda vive, tornando-se duro como pedra, as muitas espadas flechas alojadas em seu couro se assemelham muito aquelas empregadas na guerra antiga, testemunhada pela vida longa e difícil conduzida por essas criaturas; o Condado dos Ventos Uivantes é cheio de campos abertos repletos de rosas brancas que balançam ao vento.

Abaixo deles, manadas de enormes Meneslmar, monstros semelhantes a grandes cavalos, com seis patas e são cobertos por ferro, tem navalhas no lugar de crinas e elmos fundidos a sua carne e sem olhos. Sendo da raça dos antigos Sleipnir condicionada para ser perfeito e fiel cavalo de guerra. Incrivelmente habilidoso em combatem é capaz de sentir o momento e o fluxo da batalha e realizar manobras de certas dificuldades como a retirada oportuna de uma batalha para se reagrupar e atacar novamente, graças ao seu instinto de bando. O condicionamento forjado nessas criaturas pelos os mestres por quem eles lutam é tão forte que, mesmo após incontáveis gerações de reprodução na natureza, não se desapareceu apesar do tempo. Para invasores de outras terras, eles identificam através do seu poderosos olfato e são bastantes hóstis e costumam pisotear e esmagar tudo que veem pela frente. Suas crinas de navalhas costumam ser usadas para força de armaduras e armas pelos habitantes da planície.

As Crônicas de EvâniaWhere stories live. Discover now