Capítulo 39 - Uma mentira agradável

19 2 0
                                    


Os primeiros chonchons morreram de forma fácil. Selena e Beat os partiram no meio com suas espadas de forma fácil e rápida, sujando elas de sangue escuro e gosmento. Outros dois tiveram suas cabeças perfuradas pelas flechas de Flora e outros quatro com suas cabeças explodidas pela arma de Gerlon. Dymas avançou contra o cãoera, que urrou e o arremessou para outro lado. Beat avançou e com velocidade investiu causando vários cortes no cãoera, mas a pelagem grossada criatura não surtiu efeito, e com apenas um chacoalhar de sua cauda, o arremessou para longe.

Flora e Gerlon atiraram no seu rosto, algumas flechas cravaram acima dos seus olhos e uma até chegou a entrar em sua nariz e se alojando lá dentro. Os tiros da arma de Gerlon foram suficientes para ferir a grossa pele da besta. Ela urrou de dor e avançou. Selena correu para um lado e Gerlon correu para o outro, o cãoera avançou para cima de Selena que escorregou por debaixo de algumas carroças, as mesmas foram esmagadas pela enorme pata do cãoera.

Se virou novamente e avançou na direção de Gerlon, quando sentiu uma força lhe puxando para trás: Dymas o havia segurado pela sua cauda. O cãoera rugiu, Gerlon e Flora atiraram ainda mais, mas a grande fera ficou sobre duas pernas e abriu suas grandes asas e começou a batê-las criando uma tempestade. Um vendaval surgiu ferozmente fazendo várias caixas e barris voarem e acertar o grupo. Selena correu até os pés dele e fincou sua espada e saiu correndo, o monstro urrou de dor, ele bateu suas asas novamente e a ventania violenta a arremessou contra parede.

-Precisamos impedi-lo de bater as asas! – gritou Flora no meio da ventania.

Beat segurou o cabo de sua espada e ela começou a emanar uma aura azulada. Cristais de gelo se formaram ao longo de sua lamina.

-Preciso que distraiam ele para mim! Criem uma distração – gritou Beat.

Flora atirava flechas atrás de flechas mas não surtia efeito, Gerlon recarregou sua arma e começou a atirar nas asas do cãoera, a tempestade começou a ficar mais fraca. Beat correu e fincou sua espada no outro pé da criatura de repente cristais de gelo começaram a se formar. Cãoera urrou de dor novamente, sacudiu sua cauda e arremessou Dymas para longe, a fera se inclinou para frente e lançou chamas em direção ao Gerlon, que saltou para de trás de uma pilastra para se proteger.

As potentes chamas engoliam e destruíam tudo que tocava, o gelo na sua pata derreteu e espalhou a agua por todos os lados. O cãoera mirou as chamas em Flora, ela conjurou um escudo de Brana para se defender. Com sua cauda móvel ele girou por todos os lados, acertando Beat contra as caixas atrás dele. Selena levantou-se e viu que Flora não aguentaria por mais tempo, ela começou a gritar para distrai-lo.

Quando ele finalmente mudou o foco de suas chamas, ele cuspiu mais uma poderosa rajada contra Selena, ela correu ao redor da fera buscando se proteger das chamas, correu para perto da fera e conseguiu recuperar sua espada e a de Beat, que arremessou para Gerlon. Os dois correram para debaixo de suas patas traseiras e com um golpe em sincronia cortaram os tendões nos tornozelos do grande morcego, ele tombou para o chão e o ataque de chamas cessaram. Flora juntou a palmas de suas mãos, num gesto de oração, e ela começou a sentir um formigamento nas palmas de suas mãos, seus pelos se arrepiaram de uma corrente elétrica surgiu entre seus dedos. Ela tocou na agua derretida no chão e eletrocutou o cãoera que se contorceu de dor. O cheiro de carne queimada começou a penetrar em suas narinas e o grande morcego caiu.

-Estão todos bem? – Perguntou Flora, seus pelos ainda estavam todos arrupiados pela energia.

De algum lugar atrás dela, Gerlon ajudava Beat a se recompor. Selena e Dymas se aproximaram, ambos estavam sujos de terra. Selena guardou sua espada na bainha.

-Eu não acredito que uma criatura dessa ainda vive por aqui, então foi isso que atacou a equipe de Thiel? – Perguntou Selena, analisando o cãoera. O grande morcego fedia a carne podre e pelo queimado.

As Crônicas de EvâniaOù les histoires vivent. Découvrez maintenant