𝐴𝑚 𝐼 𝑖𝑛𝑣𝑖𝑠𝑖𝑏𝑙𝑒?
𝑇𝑎𝑛𝑔𝑙𝑒𝑑 𝑢𝑝 𝑎𝑛𝑑 𝑡𝑜𝑛𝑔𝑢𝑒-𝑡𝑖𝑒𝑑, 𝑤𝘩𝑎𝑡 𝘩𝑎𝑣𝑒 𝐼 𝑏𝑒𝑐𝑜𝑚𝑒?
𝐴𝑙𝑤𝑎𝑦𝑠 𝑔𝑜𝑡 𝑦𝑜𝑢 𝑜𝑛 𝑚𝑦 𝑚𝑖𝑛𝑑, 𝑦𝑜𝑢 𝑔𝑜𝑡 𝑚𝑒 𝑓𝑒𝑒𝑙𝑖𝑛𝑔 𝑑𝑢𝑚𝑏Hazel Black
Eu não sabia como agir. De que maneira existir como alguém normal ou sem nada em mente para o dia. Graças a minha aparência sem graça e minha incrível capacidade de parecer invisível no meio das pessoas, ficava mais fácil de não ter crises de ansiedade a cada passo que eu dava até o restaurante La Belle que ficava escondido em um lugar especialmente reservado para gente com bastante dinheiro no bolso.
Felizmente hoje eu sou uma dessas pessoas, por mais que a minha vestimenta desleixada não mostre a quantidade de dinheiro que tenho no banco. Nunca me vi como um potencial alvo de amor romântico para alguém durante os meus vinte e seis anos, até eu encontrar os olhos dele me encarando do lado oeste do restaurante. Sebastian estreitou os olhos para mim, e imaginei que estivesse me julgando.
Sentei na primeira mesa vazia para duas pessoas que encontrei. O garçom veio até mim me entregando o cardápio ornamentado de um jeito chique e minimalista. Poucas opções com valores exagerados ao lado.
Ainda podia sentir o olhar dele sobre mim. Mantive a cabeça baixa, deixando a minha vontade de espiar por cima do cardápio de lado, tentando me acostumar com a ansiedade esquisita que ele me fez sentir pela segunda vez.
Atração.
Optei por pedir a opção mais confiável do cardápio: Massas. Entreguei o cardápio de volta para o rapaz que também parecia julgar a minha presença naquele lugar. Eu poderia pedir Almas Caviar se eu quisesse, mas mesmo com o suicídio batendo na porta, eu não me odeio o suficiente para colocar ovas de peixe na minha boca. Puxei o convite para a apresentação de Ópera que aconteceria a noite da bolsa e coloquei na mesa lendo algumas informações.
A alguns metros de distância, Sebastian riu de algum comentário feito por um dos homens de cabelo branco e terno caro exatamente como o dele na madrugada de hoje. Meu corpo ficou frio como o gelo quando ele pediu licença e deu passos decisivos em direção a minha mesa. Prendi a respiração por um momento e soltei quando ele parou perto da recepção e cochichou algo no ouvido da recepcionista. A onda de alívio não durou muito quando ele se virou e continuou dando passos até a mim.
Meu rosto estava imóvel, ainda o encarando quando ele tomou a cadeira livre à minha frente. Ele me deu um pequeno sorriso com a minha recusa em cumprimentá-lo.
Meus cílios tremeram e o meu coração faltou pular pela boca. Meu deus, controle-se.
Sebastian suspirou e revirou os olhos, resignado.
— Você gosta de Ópera? — Perguntou.
— Olá, Sebastian.
Ele sorriu e pegou o meu convite, avaliando-o. Pareceu refletir antes de fazer a pergunta.
— Vai me dizer seu nome?
Sorri com mais tranquilidade. O mesmo rapaz com o traje formal preto de garçom veio segurando uma garrafa de vinho e duas taças. O mais velho fez um gesto com a mão com um sorriso gentil que eu entendi como um 'Pode deixar que eu sirvo'.
— Não sei se gosto de Ópera, vai ser a minha primeira vez — respondi.
Ele sorriu com malícia e terminou de servir a minha taça.
— Quantos anos você tem?
Grunhi. Ele parecia ser do tipo que não se contentaria em não receber resposta por mais fútil que fosse. Olhei para a mão esquerda dele, o anelar com uma marca branca na pele de quem tirou a aliança recentemente. Apenas anos de casamento deixaria uma marca tão forte dessa forma.
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The Midnight Haze
FanfictionHazel Black sempre soube que sua vida seria dedicada a buscar vingança. Quando finalmente realiza seu objetivo, ela se depara com a angústia e a solidão que a acompanharam durante todo esse caminho. Pronta para encerrar tudo, Hazel decide acabar com...