02

236 32 7
                                    

– Robert! – Me apavoro ao ver o corpo do meu marido caído no chão da sala e a sua volta duas garrafas de vinho completamente vazias sobre o carpete. – Amor, está me escutando?!

Me abaixo ao seu lado e seguro o corpo grande e musculoso, o virando e ajeitando em meu colo. O cheiro do álcool era forte e seu rosto estava vermelho, obviamente bebeu mais do que aguentava.

– Harry! Querido! – Robert fala com a voz totalmente embriagada e solta um riso. – Vamos beber juntos!

– Você precisa de um banho! – Seguro firme em seus braços e te ajudo a levantar, cambaleando com você pela sala.

– Você tá muito bonito, sabia? – Ele ri mais e subimos as escadas, tropeçando várias vezes e tendo você caindo em algumas delas.

– Obrigado... eu acho – Empurro a porta do nosso quarto e te levo até o banheiro, enquanto escuto você falar nada com nada em meu ouvido. – Robert, para com isso!

Resmungo e afasto as mãos de meu marido que insistiam em puxar minhas roupas para baixo e apalpar meu corpo.

– Está negando seu marido? – Ele pergunta sério dessa vez.

– Sabe que não gosto quando bebe! – Tiro a roupa do mesmo.

– Escuta bem o que eu vou dizer, se eu quiser foder você agora, eu vou! – Me assusto ao ver o homem se levantar e em um movimento rápido segurar meu pulso, puxando meu corpo para perto do seu. – Por isso me casei com você! 

– Amor, está me machucando! – Falo enquanto tento me soltar do seu aperto. – É sério, está me machucando!

– Eu não tô nem aí! – Ele fala contra meu rosto e sinto meus olhos arderem pelo bafo com alto teor alcoólico os atingirem. – Eu quero foder você agora!

– Robert, para! – Tento empurrar o homem pelo peito com a minha mão livre, ele tentava tirar minhas roupas mas acabava sempre me arranhando por não saber o que fazia por estar tão bebado.

– Vem aqui! – Ele grita ao que consigo soltar minha mão e saio rápido do banheiro, passando pelo quarto e tirando a chave da porta, trancando o homem no cômodo pelo lado de fora. Fico ofegante por estar nervoso, aquilo não acontecia com frequência mas quando acontecia, era cada vez pior que a outra.

Aperto a chave gelada em minha mão e respiro fundo, me aproximo da porta e encosto o ouvido na madeira, tentando escutar algo. Você resmungava e haviam barulhos como se você estivesse tropeçando e até mesmo caindo, logo escuto o som do registro do chuveiro e a água caindo.

Solto um suspiro e desço as escadas, caminhando até a cozinha, vou até onde deixe as compras e abro as embalagens de papel, tirando a comida para poder jantar. Ando até o armário e pego um prato, abrindo a gaveta do balcão e pegando alguns talheres também.

Me sirvo com um pouco do risoto de camarão que havia comprado e dos legumes salteados que estavam em outra embalagem. Abro outra porta do armário e pego um copo, me servindo de suco natural de maracujá que estava na geladeira.

Seguro o prato em uma das mãos e o suco em outra, caminhando para a mesa de jantar e me sentando na cadeira da ponta.
Olho para a mesa e suspiro, a meses que estou jantando sozinho naquela enorme mesa, Robert sempre comia fora ou quando comia em casa, preferia comer na sala enquanto assiste ao futebol.

Como em meio ao silêncio e assim que término, lavo a louça e as guardo, decido subir para ver como você está. Destranco a porta e entro no quarto tentando fazer o mínimo de barulho possível. O quarto estava escuro, mas com a pouca luz que entrava pela janela, consigo ver o corpo do meu marido jogado na cama, totalmente sem roupa.

Farm Love (Larry Stylinson)Onde histórias criam vida. Descubra agora