Capítulo 54. -Um Final Deprimente.

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O caos se forma instantaneamente.

_ Arma! – Um dos policiais disfarçados grita e um círculo de outros policiais, igualmente armados e com Karina na mira, se forma em redor de nós.

Minha ex fica visivelmente agitada por se ver se cercada.

_ Não se aproximem! Se chegarem mais perto, eu o mato. –Seus olhos correm de um lado para o outro em uma velocidade impressionante, enquanto sua arma ainda treme em minha direção.

E mais delas, continuam apontadas para ela.

_ Karina, o que pensa que está fazendo? –Pergunto engolindo em seco, tentando conter o nervoso.

_ O que acha? –Pergunta com um sorriso insano. _ Se não vai ficar comigo, com aquela aleijada você também não fica.

_ Então me mata. –A desafio.

_ Como é que é? –Pergunta confusa, ao mesmo tempo, em que, pelo canto do olho, vejo que um policial se aproxima por trás dela.

Sabendo que se ela percebesse a movimentação dele, tudo estará perdido, procuro continuar a distraí-la e chamar sua atenção para mim.

_ Vamos Karina. Me mata. –Grito e como desejo sua atenção volta a ser toda para mim.

_Você não pode estar sério. –Comenta incrédula.

_ Estou sim. –Vejo que o policial está próximo de agarrar a cintura dela. _ Esse é único jeito de me separar de Julie.

E ele enfim, a imobiliza.

_ O que? –Se debate nos braços do policial, que a tem presa pela cintura com os braços.

Ela acaba soltando a arma, que caí no chão e é chutada para longe por outro deles.

_ Não! Vocês não podem fazer isso comigo! -Ela continua a esbravejar conforme é colocada em um uma viatura.

Provavelmente o carro de polícia havia sido chamado pelos policiais que nos acompanhavam.

Giro o corpo e enquanto, a vejo ser contida e afastada de mim, parte minha, se sente culpado por seu estado mental.

_ Está tudo bem, William? –Pergunta meu cunhado.

_ Sim. –Respondo ainda meio fora de órbita.

_ Você parece estar em choque. –Comenta preocupado. _ Não seria melhor adiar o casamento?

Suas palavras iluminam meus pensamentos.

Meu casamento com Julie é hoje!

Até penso em aceitar o conselho do meu cunhado. Mas assim que a ideia surge em minha mente, penso justamente em Julie.

Não! Eu não vou fazer isso com ela.

_ Não. –Respondo voltando a mim. _ Não vou adiar nada. Não vou fazer isso com a sua irmã.

_ Mas se você explicar o que houve, tenho certeza que ela vai entender.

_ Não Fernando. Não vou magoar sua irmã novamente escolhendo Karina ao invés dela como já fiz tantas vezes, porque, sim, é isso que estarei fazendo se adiar nosso casamento pelo escândalo que Karina acabou de causar.

_ Está bem... É só que você parece abalado com o que acaba de acontecer.

_ Sim, não vou negar que estou abalado... É só que parte minha, se sente responsável pelo estado mental dela.

_ Não William. Não faça isso com você mesmo. Você mesmo disse a Karina durante a discussão de vocês que ela sempre foi mimada. Já imaginou se ainda estivesse com ela? Ela provavelmente surtaria a cada vez que discutissem. O que iria fazer para impedir que isso acontecesse? Iria se anular e realizar todas as suas vontades para impedir que entrasse em colapso? Só ela seria feliz e isso não seria justo.

_ Mas...

Meu cunhado me interrompe.

_ Mas nada. Casamento é uma relação de duas pessoas e para que ele funcione, às vezes, um tem que ceder pela felicidade do outro. Pelo que conhece de Karina, a imagina cedendo algo por sua felicidade?

Penso na pergunta do meu cunhado e respondo sem hesitar.

_ Não. Eu não imagino.

_ E pode compará-la com Julie ou comparar sua relação com ela com a que tinha com Karina?

Penso na ocasião em que Julie me liberou do contrato para que eu fosse feliz. Mais ainda, penso na cumplicidade que voltei a ter com ela depois que nos casamos e tenho minha resposta.

_ Não. Eu não posso.

_ Então agora pense em como seria se Julie não tivesse elaborado o contrato e você ainda estivesse com Karina. Você acha que seria feliz?

_ Não. Mas é claro que não. Eu amo sua irmã... Na verdade, acho que sempre amei.

_ Então não se culpe pelo estado mental de Karina. A nossa vida é feita das nossas próprias escolhas. Não podemos colocar o peso da nossa felicidade em outras pessoas. As coisas acontecem exatamente como tem que acontecer.

Fernando tem razão. Apesar de sentir por Karina, eu não mudaria nada do que aconteceu. Não, quando terminei aceitando meu amor por Julie.

Além disso, apesar de magoada, minha ex, poderia ter feito escolhas melhores.

_ Tem razão.

Ele sorri zombeteiro.

_ Eu sempre tenho.

_ Que seja. Agora vamos. Eu tenho que casar. –Antes de entrar em casa, volto a me virar para ele. _ Outra coisa. Nenhuma palavra do que aconteceu aqui para sua irmã. Avise isso a todos. Eu não quero que nada estrague o dia dela.

_ Não acho que deva esconder isso dela.

_ Eu não vou. Só não vou contar hoje. Hoje é o dia dela. Não quero que nada o arruíne.

_ Está bem, apaixonado. Como quiser.

Contrato De Amor IIOnde histórias criam vida. Descubra agora