Epílogo.

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William.

_ Oh, meu amor. -Minha esposa exclama encantada ao me ver entrar no quarto da casa de campo, onde passamos a noite de núpcias, com uma bandeja com o seu café da manhã. _ Isso é para mim?

_ Para nós, anjo. -Coloco a bandeja na mesa de cabeceira e a ajudo a se sentar com as pernas estendidas e costas na cabeceira.

Com ela já ajeitada, pego a bandeja e coloco em suas pernas. Sento na beira da cama, oferecendo um pedaço de queijo para ela.

Ela sorri e estica o pescoço, lançando o corpo para frente e abocando o queijo.

_ Hum.

_ Gostoso?

_ Sim, muito.

_ Que bom. Preciso te contar algo.

_ O quê?

_ Karina foi internada em uma clínica para doentes mentais.

_ O quê? Por quê?

_ Calma. Antes quero que se lembre que eu estou bem e que não aconteceu nada comigo. -Começo com calma.

Ela me olha confusa.

_ Por que está me dizendo isso?

_ Porque o motivo de Karina ter sido internada em uma clínica foi porque, ela tentou me matar.

_O quê? -Ela grita. _ Como? Quando foi isso?

_ Calma. Eu vou te contar tudo.

Então, devagar e suavemente, começo a contar o que aconteceu.

Mas imediatamente me arrependo, porque assim que termino de narrar o que houve, os olhos dela se enchem de lágrimas.

_ Ei! Não meu amor. -Tiro a bandeja de café da manhã do seu colo e a coloco na mesa de cabeceira, a puxando para o meu colo.

Ela fica sentada em minhas pernas, com as suas penduradas e se deita em meu peito.

_ Não aconteceu nada. Ela não conseguiu fazer nada comigo, amor. Tudo já passou.

A escuto começar a soluçar e me amaldiçoo por ter tocado no assunto.

_ Shii. -Beijo seus cabelos. _ Está tudo bem... Tudo bem.

_ Eu... Não quero nem pensar no que faria se eu perdesse você.

Meu coração se aperta por sua angustia e a aperto mais em meus braços.

E ficamos um tempo em silêncio.

Até que ela o quebra.

_ Will?

_ Oi meu amor.

_O que você sentiu? Por ficar sabendo que Karina foi internada nessa clínica?

Não preciso que aprofunde a pergunta para entender que está insegura.

Em um movimento rápido, nos rolo no colchão e paro com o corpo sobre o dela.

_ Ei! Não pense bobagens. Claro que fiquei abalado por ver seu estado de espirito e saber desse final dela, mas as pessoas são responsáveis pelo próprio destino e por suas escolhas, as minhas trouxeram a nós nesse momento. E disso, eu nunca vou me arrepender.

_ Eu também não. Eu te amo.

_ Eu também. -Saio de cima dela e a puxo pelo mão, a fazendo se sentar com as pernas para fora da cama. _ E é exatamente por nos amarmos que acho que devemos fazer uma coisa?

_ O quê?

_ Você já vai saber.

Caminho até nossas malas e pego uma pasta. Nela, há as duas únicas copias do nosso contrato de casamento. Uma para cada.

Dou meia volta e ando até ela com a pasta na mão.

_ Abre e pegue sua cópia. -Instruo e ela me olha confusa. _ Só faça.

Ela pega e eu faço o mesmo. Com a simbólica diferença de que, eu rasgo o meu diante dela e em vários pedaços.

_ Sua vez.

_ O quê? Mas Will.

_ Só faça meu amor.

Ela finalmente reproduz minha atitude, partindo o documento em pedaços e mais pedaços.

_ A partir de agora, o único documento que irá nos unir é a nossa certidão de casamento.

Ela me olha emocionada.

_ Eu te amo. Eu vou te amar para sempre.

_ Eu também te amo. Para sempre.

Contrato De Amor IIWhere stories live. Discover now