Capítulo Dezesseis - Foi Só Uma Mordida

44 10 18
                                    

Olá pessoal!

A autora aqui deixou duas músicas importantes para o capítulo aqui, se necessário, vejam a tradução da primeira, a segunda não tem letra, mas eu acho a melodia linda, a partir de agora, as coisas vão se desenrolar mais rápido. Leiam com atenção!

Ajuda a autora aqui a crescer e manda a fanfic para aquele seu amigo do coração!

╔═══° - °❖═══

Camila Belmont's point of view

(Música do capítulo até aparecer o "[...]" é "Sub Urban & Bella Poarch - INFERNO").

A noite fria não me deixava dormir, me movimentei tanto na cama que até mesmo os lençóis estão ao chão. Desisti, levantei-me com pressa, eu sabia que minha falta de sono era criada por Lauren, a vampira que invadiu minha mente assim que deitei, tinha esperanças de que com o tempo passasse, mas foi em vão.

Em passos rápidos trombei com ninguém menos que a mulher que tem tomado meus sonhos para si, ela também parecia muito desperta e até mesmo um pouco perdida, os olhos verdes cor de planta invadiram minha alma. Levantei a mão, muda e esperei que ela entendesse o que eu queria.

A mão morna segurou a minha, um choque prazeroso percorreu meu corpo como um raio, respirei fundo ainda a encarando, os olhos tornavam-se mais escuros e eu tinha certeza que ela sentia o mesmo que eu, a sensação borbulhante do sangue, o formigamento na ponta dos dedos, tudo aquilo deixando o ar mais denso.

A olhei de maneira mais intensa e forcei nossos dedos para entrelaçarem-se, um convite era feito apenas com os olhos, seguindo o fluxo daquele desejo, percebi quando ela concordava comigo, ela viria. Virei o corpo e andei, minha mente não desligava, mas depois de tantas provocações, verbais e silenciosas, em algum momento a corda que puxávamos com tanta força se romperia. Estávamos caindo uma no lamaçal da outra, presas.

Parei de frente a minha porta e algo inédito aconteceu, não consegui tomar o próximo passo, minha mão não subia, um pânico crescente invadia meu corpo, entendendo agora que minha mente tinha fluxo rápido de informações, foquei em "vampira", eu me deitaria com uma vampira. Fui feita para caçar aquilo que hoje em dia desejo, o quão irônica a vida poderia se tornar?

Ela tomou a iniciativa e entrei, parei no meio do quarto observando a cama bagunçada que eu desejava bagunçar ainda mais. O desespero ia e vinha de forma rápida, mas não deixaria ele fazer aquela escolha por mim. Eu a amava, pelo menos, achava que amava. Amor é amplo de mais, creio que nunca me senti assim com ninguém a não ser com ela, Lauren - a vampira.

A atmosfera densa e carregada de eletricidade parecia renovar minhas vontades de novo, nada daquilo importava agora, eu não estava caçando-a e nem ela parecia ter o desejo de me ver sucumbir, estava tudo bem. Ela tocou meus ombros de forma gentil, parecia entender minha confusão momentânea, e perguntou de maneira afável:

— Apenas dormir? — Eu entendia que se eu falasse "sim", tudo iria por água abaixo. Minha mente desejava essa opção, porém a batalha foi perdida para o meu teimoso coração.

— Não... — Sussurrei, lento e suave, tentava não assustar a mim mesma com minhas escolhas, tentava desligar meu cérebro, tentava deixar apenas o instinto e o coração no comando, mas fui treinada para nunca deixar isso acontecer. No entanto, Lauren conseguia me desarmar facilmente e fazer com que meu cérebro pifasse como se não servisse de nada mais além de manter-me viva.

Castlevania - Entre VampirosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora