Renda-se Ao Killer Boy - Livro 2 (APENAS DEGUSTAÇÃO)

Cap 5,✨

✨Tiana Walton✨

Deixo o laboratório antes mesmo do término da aula. Estou irritada e faminta, e quando a fome bate, fico três vezes pior.

Após almoçar com Erick, decido passar algum tempo na biblioteca. Talvez eu esteja tentando evitar um idiota que parece ter uns dois metros de altura? Sim, é exatamente isso que estou fazendo. Eu sei que não consigo controlar minha língua, e não quero me encrencar logo no primeiro semestre da faculdade.

✨❤️‍🩹🐍

Mais uma semana se foi, e acabei de voltar da Flórida. Conforme prometido, passei o final de semana com meus pais. Não posso negar que eles me fazem muita falta, e eu sei que está sendo mais difícil para eles do que para mim essa distância.

Ao chegar ao dormitório, meu coração quase salta pela boca ao ver um sapo enorme pulando na minha cama.
Quem diabos colocou isso aqui?

Noto que perto do bichinho há um bilhete. Com medo de que o sapo pule em mim, estico apenas meu braço e pego o papel rapidamente, o que o assusta, fazendo-o pular para o chão. Solto um grito, correndo em direção ao outro lado do quarto.

Procuro o sapo e não o vejo por perto. Olho para o bilhete, ainda sentindo minha pulsação acelerada pelo susto, mantendo todo tempo minha atenção no chão, caso o bicho resolva aparecer novamente.

Reconheço a caligrafia horrível no papel assim que começo a ler:

“Aqui está a sua chance de se tornar uma princesa. Beije o sapo. Só tome cuidado para não se transformar em um também... Ah, espera, tarde demais.
Bem-vinda de volta, bonequinha.”

— Herris, filho da puta! — Cerro os dentes, amassando o bilhete. Odeio esse maldito apelido!

Vejo Vanessa entrar e fechar a porta com força, quase a quebrando, e me encolho quando ela joga o celular com ódio na parede. Ela se vira para mim, com o rosto vermelho, como se tivesse chorado muito.

— Tá me olhando por quê, vadia?

— É... Você está bem? — Não posso evitar perguntar, e ela sorri de forma sombria.
— Eu pareço estar bem, sua idiota?
Grossa!

— Oh... Você quer conversar? — tento de novo.

Cala a boca, Ana, pelo amor de Deus!

— Quero que saia daqui e me deixe sozinha!

Poderia dizer que não irei sair, que também tenho direito a este maldito quarto, querendo ela ou não, mas percebo que ela realmente não está bem. Mesmo Vanessa não gostando de mim, respiro fundo e saio, ajustando o moletom do papai, que trouxe comigo.
Sim, eu sou uma boa ladra de moletons, me sinto segura com eles.

Olho novamente com raiva para o papel amassado, antes de jogá-lo no primeiro lixo que encontro. Já faz tantos anos desde que alguém fez uma piadinha com meu nome, por ser o mesmo de uma personagem da Disney...

Merda.

Olho para a porta do meu dormitório, lembrando de algo.

O sapo...
Vanessa...
Ah, que se dane!
Ela que fique com ele.

Com passos rápidos, caminho para o único lugar que não encontrarei ninguém a essa hora da noite: o terraço.