02 | Indiretas no Instagram e #satzuforever

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Capítulo 2: indiretas no Instagram e #satzuforever

- Poxa, meninas. Estou realmente decepcionada com vocês. Têm sorte de eu ser mais calma que o coordenador Choi. - A diretora, já no ápice da raiva, massageou as têmporas.

- Por mim já estavam de detenção há muito tempo! - Intrometido como sempre, o coordenador foi silenciosamente repreendido pela senhora Kim, a diretora fodona dali. Sana mentiria se dissesse que nunca teve uma quedinha por ela. Ela não era velha, não tão quanto o coordenador ou o professor Wooyoung, tinha entre quarenta e trinta e nove anos.

Trinta e nove para dezoito? Sana pensava exatamente isso. Tá, calculando... Talvez, só uns vinte e um anos.

- Ó, tia... - Tzuyu estava quase de joelhos. - A minha mãe vai me bater que eu nem vou vim pra escola! - Tzuyu fingiu chorar, dramática, mas também realista. O tamanco tamanho trinta e oito de sua avó marcava bem as suas costas ou até mesmo o cabo de vassoura. Qual das duas opções é a melhor? A que deixar mais vermelho? Bela resposta!

- Problema teu. - Sana murmurou, cruzando as pernas.

- Te fode, maldita. - Murmurou de volta.

- Parem, pelo amor de Deus! - Ela suspirou fundo. - Parem, parem! Todos já estão cansados, poxa. Suspensão, as duas. Seus responsáveis estão chegando, vão na enfermaria antes. Desejo melhores para as duas.

Tzuyu e Sana estavam pelos corredores, totalmente quebradas e, pior, suspensas. Chou estava com a sua mochila nas costas e Sana carregava a dela por cima do ombro, então ela batia em suas costas. Em frente, na enfermaria, lá estava a senhorita Kang, Kang Seulgi, a enfermeira mais querida de toda a escola. Ao sentar-se na cama, foi dado logo um kit médico. Minatozaki nem acreditava que estava cuidando dos machucados que ela mesma fez em Tzuyu.

- Porra... - Grunhiu assim que sentiu seu rosto arder, aquele remédio foi criado pelo capeta e as duas sabiam disso, pois ele foi o companheiro de ambas nessa rivalidade feminina boba. Os olhos azuis de Sana passeavam por todo o seu rosto, Tzuyu estava meio triste, pois sua mãe começaria com os sermões. Cacete, nem era culpa dela!

- Desculpa, tá? Eu não queria fazer aquilo. É que, sei lá o que deu em mim, mas aqueles gritos me davam nervos. Os garotos estavam falando tanto do meu corpo que eu... - Suspirou. - Coloquei a raiva no arremesso. Mas eu te juro que era para a galera do cemitério pegar!

- Tá tudo bem, mas deveria ter falado lá! Agora é tarde, estamos na suspensão e, se mais uma briga rolar, cabum, estamos na detenção também. Meu sonho de infância ficar na detenção com você! Nossa.

- Sério?

- Óbvio que não, idiota. A última coisa que eu quero é ficar com você em algum lugar.

- Ai, doeu. - Fingiu estar magoada, com a mão no peito. Logo sorriu ao ver Tzuyu praticamente cheia de curativos.

- Vai, se senta aí, temos que voltar pra levar mais de um sermão ainda. - Revirou os olhos, divertida. Sana logo subiu na cama e Tzuyu ficou entre suas pernas, pois precisava estar perto para verificar se estava perfeitamente reto, sabe?

- Nem acredito que ela chamou meu pai aqui. Eu vou me matar.

- Ele é ocupado, né? Minha mãe trabalha em casa, mas ela não desgruda daquela cadeira por nada desse mundo. Meu pai, então! Só vive no trabalho e é pouco presente, é a mesma coisa que ter somente uma mãe.

- Meu pai é o único presente, eu acho. Minha mãe trabalha como modelo e não lá aquelas mais presentes, sempre tá trabalhando fora do país. Meu pai é empresário, mas, enfim, ele é presente. - Sana explicou, fazendo Tzuyu, sem querer, empurrar o curativo com um pouco de força demais. Em um movimento impulsivo, Sana empurrou seus ombros, esfregando a mão levemente no curativo.

Eu Te Odeio • SaTzuOnde histórias criam vida. Descubra agora