[UDG] LEZA: O INVERNO MORTAL

2 - O ABRAÇO CONGELANTE

Anos depois daquele terrível ocorrido; as montanhas nevadas agora serviam de cenário majestoso, no qual havia um grande povoado erguido entre as ruínas do antigo castelo, da Escola de Magia e Tecnologia Blogwarts.
As paredes desgastadas e as torres quebradas eram como o testemunho, de um passado glorioso, porém há muito esquecido.

Ali era um lugar afastado de tudo, porém, pacífico, onde os cidadãos que vestiam trajes europeus e asiáticos típicos do final do século XVIII viviam em harmonia, apesar das adversidades do clima rigoroso.

Na praça central, o burburinho da vida cotidiana ecoava pelo ar gélido. Homens, mulheres e crianças e alguns cães se moviam apressadamente, embalados em suas atividades diárias. O sol lançava seus raios pálidos, tentando penetrar a espessa camada de nuvens que pairava sobre o povoado.

Um grupo de cinco crianças curiosas chamava a atenção por sua energia e traquinagens, enquanto dois guardas os repreendiam para não entrarem em um lugar que um dia foi chamado de Salão Descomunal.
Os vigias conversavam entre si que ali foram encontrados os restos mortais mumificados magicamente, do corpo de um mago.
- O que torna este lugar amaldiçoado. - Gritou um dos guardas para as crianças que já fugiam contrariadas do referido lugar - Não podem ficar aqui, moleques!
Na região central da vila cercada pelas montanhas nevadas e das ainda imponentes ruínas do castelo de Blogwarts, havia uma grande construção, levantada ali pelos habitantes.
A estrutura era semelhante a um templo oriental com vários andares e como os estilo da arquitetura já demonstrava, grande parte da população possuía traços asiáticos.

De repente, um arrepio percorreu o ambiente. O tempo pareceu congelar por um breve instante, deixando os moradores desconfiados.
Algo sombrio começou a pagar sobre o lugar.
Uma brisa suave, lenta e estranha, que começou na descer pelas montanhas mais altas e torres do castelo que ainda se erguiam acima das nuvens mais baixas.
Enquanto os portões de uma muralha construída nas próprias ruínas de um dos muros se abriam para entrada e saída de moradores... Pessoas, cães, pássaros e iaques, pararam para olhar para o céu e ao seu derredor, como se sentissem uma presença estranha se aproximar de cada um deles.

Então, como uma maldição implacável, tudo ao redor começou a se solidificar. O ar cristalizava, as pessoas permaneciam imóveis, presas em poses de puro terror.