3 - O QUE OS VENTOS TRAZEM

18 1 3
                                    

Sob uma noite fria e escura, a coruja branca voava com dificuldade sobre as montanhas nevadas. Ela precisava chegar a seu destino o mais rápido possível. Ela sabia que sua missão era perigosa, pois havia muitos inimigos à espreita.

Ela sobrevoou florestas sombrias, rios congelados, vilas abandonadas e campos devastados pela guerra. Evitou inclusive, as fogueiras dos acampamentos, tiros dos caçadores e garras dos predadores. Ela sentia fome, sede e cansaço, mas não podia parar. Ela tinha que cumprir seu dever.

Após cruzar um grande rio de águas caudalosas e um trecho de oceano tempestuoso

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Após cruzar um grande rio de águas caudalosas e um trecho de oceano tempestuoso... Ela finalmente avistou seu destino: um grande castelo gótico e lúgubre, erguido no topo de uma montanha rochosa. Era o castelo do Conde Drácula, o senhor das trevas, o mestre dos vampiros e sim...

Este era o destino secreto da coruja. Ela se aproximou de uma das torres mais altas, onde havia uma grande janela aberta. Irrompendo pela janela, ela ruflou suas asas silenciosas por uma grande saguão sombrio iluminado por lustres com velas até que duas portas se abriram ao longe e ela avistou uma mesa coberta de livros, mapas e pergaminhos.

 Irrompendo pela janela, ela ruflou suas asas silenciosas por uma grande saguão sombrio iluminado por lustres com velas até que duas portas se abriram ao longe e ela avistou uma mesa coberta de livros, mapas e pergaminhos

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

Assim que as portas de madeira lavrada se abriram, a coruja viu uma figura alta e pálida sentada em uma poltrona de veludo vermelho, lendo um livro à luz de uma vela. Não era o Conde Drácula, mas sim alguém muito parecido, porém... Bem mais jovem, e vestido com um traje sociais do final do século XVIII: um fraque, calças longas, camisa de colarinho alto, gravata de laço, meias até o joelho e sapatos de fivela. O visual era complementado com um lenço de renda no bolso de um colete.

Ele levantou os olhos do livro e olhou para a coruja com um sorriso malicioso.

- Ah, minha querida, Calixto! - ele disse com uma voz suave e sedutora, ao ver a recém-chegada emplumada pousar sobre a mesa. - Você chegou em boa hora. Eu estava ansioso por receber suas novidades.

Ele se levantou e caminhou até a mesa, e então disse:
- E então? O que você viu?
- Na primeira vez havia apenas ruínas, meu senhor! - a ave começa a falar. - mas desta vez... Havia uma cidade construída no lugar
- Uma cidade? - O homem disse enquanto seus olhos com íris alaranjadas, brilhavam de satisfação.
- Sim, mestre. Porém... Uma tempestade muito estranha assolou o povoado mergulhando todos ali num mar de gelo e neve, mas num lugar tão íngreme, certamente fenômenos como aquele devem ser comuns e...

[UDG] LEZA: O INVERNO MORTALOnde as histórias ganham vida. Descobre agora