1 - A NOITE MAIS ESCURA

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Uma pequena coruja branca entrou por um vitral destruído dum grande castelo, em meio a um terrível cenário macabro:

Um grifo morto com uma das asas arrancada, uma estátua de armadura gigante decapitada, e corpos de outros seres míticos estavam espalhados por todo o lugar, que já estava infestado de outras aranhas gigantes, cães negros e gigantes de três cabeças, e até uma serpente imensa cujas escamas que possuiam um tom azul, muito escuro. O réptil se enrolava num enorme cálice de vidro cheio de boldo, bem no meio duma pequena escadaria circular, que havia naquela enorme sala.

Perto da serpente semelhante a uma imensa jibóia, algumas múmias e zumbis, pareciam não saber o que fazer com um bebê; que deitado num estranho berço antigo, não parava de chorar. Estranhamente era possível ver apenas a cabeça e o braço esquerdo da criança, como se o restante do corpinho dela estivesse embrulhado num cobertor invisível.

Muito acima dali; uma guerra ferrenha que ainda não acabara, era travada!

Nas áreas externas do castelo, era possível contemplar um panorama caótico:

Orcs e gigantes já derrubavam os portões com o grande letreiro da escola de magia e tecnologia de BlogWarts, enquanto, de estranhas esferas de energia surgiam nos pátios internos e destas, saiam vários homens e mulheres nus e incrivelmente fortes, que batiam em tudo e todos que viam pela frente.

Várias estátuas de soldados e gárgulas do castelo ainda eram vencidas por robôs gigantes, que as atropelavam transformando-se em diversos veículos.

Enquanto isso... Em algum lugar, no coração de uma floresta sombria bem ao lado do castelo...

Numa clareira declinada, às margens de uma lago raramente iluminada pela luz dos relâmpagos; estranhos raios surgiram do meio das árvores, às margens do rio, quando o ar pareceu explodir, e várias explosões luminosas começaram a ocorrer simultaneamente.

As árvores se moveram, como se estivessem curiosas para entender o que acontecia, quando....

Corpos de pessoas, grifos, gigantes, fadas, estátuas, gárgulas, harpias e vários outros seres míticos surgiram dos estranhos fenômenos luminosos que pareciam arremessá-los na direção do rio.

- Meu Deus! - Alguns gritaram rolando desgovernadamente pelo chão úmido.

- Minhas asas! - um grifo gritou enquanto atingia a água ao longe.

- Não! - um jovem ogro gritou quando seu corpo atingiu uma árvore.

Os demais, jovens bruxos e outras criaturas adolescentes também foram surgindo do nada, e ainda rolavam pelo chão, ou caíam no leito do rio, quando Lebrir ( uma grande lebre com tronco e membros parcialmente humanóides, roupas e próteses cibernéticas) gritou saindo de um portal faiscante e azulado:

- Estamos perto! - Ele disse olhando para trás, onde ao longe...

Era possível contemplar a guerra cada vez mais sangrenta.

Ao redor de Lebrir, todos agora ainda se reuniam às margens da lago.

- Temos que correr! - Ele dizia enquanto alguns alunos e grifos nadavam até a margem, e algumas fadinhas se aproximavam sacudindo a terra das asas.

O portal está pronto, mas com certeza, já sabem que estamos aqui!

- Vocês ouviram! - Um fauno gritou chamando a atenção de alguns que ainda tiravam a água e a terra das roupas.

- Se dão valor às suas vidas... - o fauno agora atraí a atenção de todos que se aproximavam, e concluiu:

- Sigam o coelho!

[UDG] LEZA: O INVERNO MORTALOnde as histórias ganham vida. Descobre agora