- Bom dia, Caralho- Berra Amélia enquanto abre as malditas cortinas, fazendo meus olhos arderem com a claridade repentinamente.
- Bom Dia? Já é dia?- Pergunto tentando abrir os olhos.
- O quanto você bebeu? - Pergunta fazendo a famosa pose de mãe preocupada com as mãos na cintura e sobrancelhas arqueadas.
- Quando eu cheguei aqui? Eu estava conversando com o Tom...- Me levanto com dificuldade e escoro meu corpo na cabeceira da cama.
_Tom? Você pegou o guitarrista?- Pergunta rindo.
- Ah, o quê? Não. Eu acho que não. - Respondo tentando me lembrar de algo mais, fora ter conversado dentro do carro do famoso guitarrista.
- O que você fez? - Arqueia a sobrancelha novamente me parecendo confuso.
- Eu não sei, tá legal. Que horas são?
- Já são sete e meia- Diz olhando para o relógio em seu pulso.
- Puta merda, tenho que estar na loja em meia hora- Jogo os lençóis rapidamente me levantando da cama.
Rapidamente e graças a Deus, permita-me vestir-me rápido e tomar um café rápido enquanto acelero meus passos para não chegar atrasada naquele inferno em que vou todos os dias. Fala sério, vim trabalhar no domingo é um castigo, mas não posso reclamar já que fui eu quem pediu horas extras para conseguir juntar o dinheiro, que agora ficaria guardado já que não consegui juntar o tempo de comprar a minha sonhada guitarra.
Agradeci a deus quando já pude enxergar a loja enquanto andava e via que ainda não tinha sido aberta, então, puxei minha bolsa para mais perto de meu ombro direito e desacelerei um pouco os passos, tentando fazer com que minha respiração voltasse ao normal. Mas ao contrário do que eu esperava, meu coração se acelerou ainda mais ao ver a imagem de uma certa pessoa em frente às grandes portas da loja.
- Bom dia, filha.
- Bom dia, pai, o que faz aqui? - Pergunto confuso, já que não esperava vê-lo tão cedo.
- Nós precisamos conversar- Diz colocar as mãos em meus ombros.
- Eu tenho que trabalhar. - Digo-me afastando, e agradecendo a Deus por abrirem as portas bem naquele momento.
- Eu também, mas em um trabalho de verdade. - Bufá.
- Não começa, não tenho nada para falar com você, sinto muito. - Respondo caminhante para dentro da loja enquanto coloco meu crachá.
_ Venho te buscar para almoçar! - Diz dessa vez se afastando também.
Fico o resto do dia pensativo com várias perguntas não respondidas na minha cabeça, e isso sem contar do que aconteceu na última noite, ou, o que eu imagino que possa ter acontecido.
O dia foi tedioso, poucos clientes, pouca coisa para fazer, então não foi tão cansativo, além de que o momento mais emocionante do dia foi o Brian escorregando com o chão molhado, então eu diria que foi um dia legal.
Estávamos quase fechando, tinha acabado de vender mais um piano, sinceramente, não é muito do meu gosto, gosto de coisas mais barulhentas, como bateria, ou a guitarra, que é o meu instrumento preferido.
A loja estava vazia, então caminho até onde fiquei as guitarras, são tantas que eu nem sabia como escolher, e então resolvi tocar alguma coisa em uma das guitarras que chegaram hoje cedo, meu chefe não estava, então por que não?
- Você toca bem. - Escuto uma voz atrás de meu corpo assim que termino de tocar uma música que costumava ouvir com minha mãe, mas que infelizmente, não lembrava o nome, e nem poderia perguntar para ela.
- Caralho, que inferno- Respondo com o susto.
- Bom ver você também, Miau- Diz o Kaulitz sorrindo de lado.
- Você adora chegar de surpresa, não é?. - Coloque o instrumento em seu lugar.
- Me desculpe, é que você esqueceu uma coisa comigo, e...
- Eu já estou fechando aqui, não tenho muito tempo- O interrompo tentando acabar com o assunto.
- Você tem mania de me expulsar, não é?. - Bufá.
- Tenho que sair rápido daqui- Digo ao lembrar da visita que iria ter no fim do expediente.
- Quer uma carona? - Fala sorrindo de lado.
-Mia? - Escuto a voz de quem menos queria no momento. Meu pai.
- Sim, por favor, vamos logo- Respondo ao Kaulitz o puxando para fora depois de conferir e ver que havia se passado 2 minutos do meu horário.
- Quem é? - Pergunta olhando para trás enquanto eu o puxo pelo braço.
- Perguntou se eu queria uma carona, então vamos logo- Bufo.
- Mas que porra? - Fala ele fechando a porta carro.
-Acelera. - Digo.
- Você acha que está em velozes e furiosos? De quem estamos fugindo?
- Do meu pai.- Respondo e ele acelera, até demais, me fazendo encostar totalmente o corpo no assento e encará-lo confuso.
- Não sou bom com os pais. - Responda como se estivesse lendo a minha mente.
-Entendo...
Ele desacelerou um pouco, me perco em meus pensamentos durante o caminho, mas estava no fundo pedindo a deus que chegássemos logo para mim poder assistir uma comédia romântica enquanto tomo sorvete.
Sigo com esse pensamento do que iria fazer o resto dia, até sentir o carro parar, mas não no lugar em que eu estava imaginando, era uma casa enorme, com certeza não era o lugar em que eu iria tomar sorvete usando apenas pijamas.
- Aonde estamos?- Pergunto curioso enquanto desço do carro junto dele.
- Como assim? Na minha casa, vem - Me puxa pela mão até a entrada.
- Oi Mia - Diz a dupla mais nova ao nos ver passar pela enorme porta.
- Oi..
- Bill-Diz Tom.
- Olá Bill. - Dou um pequeno sorriso.
- Vem, vamos subir - Diz Tom me arrastando escada a cima.
- Esta me levando pro seu matadouro?
- Cala a boca- Responde tentando esconder o sorriso.
Entramos em seu quarto, ele fecha a porta atrás de mim enquanto fico observando o lugar até que ele se joga na enorme cama chamando a minha atenção.
- Reconheceu ? -Pergunta Tom.
- Eu já estive aqui? Espera, a gente...
- Mia - Fala rindo _ Você ainda está bêbada?
- O que exatamente aconteceu?
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ŞİMDİ OKUDUĞUN
GUITAR MAN | Tom Kaulitz
RomanceMia Monroe, uma garota orgulhosa e decidida que vive em uma minúscula casa com sua melhor amiga Amélia Ramsey em Los Angeles. Mia tem uma enorme paixão por guitarras, tanto que trabalha em uma loja de instrumentos, ela havia se apaixonado por uma em...