𝐄𝐜𝐡𝐨𝐞𝐬 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧 - 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐚 𝐕𝐢𝐬𝐞𝐧𝐲𝐚

𝟙𝟜. 𝕂𝕖𝕡𝕒

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Jacaerys sentia os dedos levemente ásperos de Cregan passando por suas costas nuas. Os dois passaram o resto do dia reclusos no quarto, de portas trancadas. O príncipe estava repousando sua cabeça no peitoral do lorde, ouvindo seus batimentos e sentindo sua respiração.

— No que tanto pensa, meu príncipe? – Cregan perguntou, continuando a carícia nas costas dele.

— É estranha a sensação de saber que tudo terminou – Jacaerys suspirou profundamente e ergueu a cabeça para encarar o mais velho, que retribuiu o olhar – que agora nossas vidas seguirão adiante e que ninguém irá tentar nos matar, pelo menos não com tanta frequência.

— Isso ainda deixará marcas por muito tempo, quem sabe até algumas feridas da guerra persistam mesmo após o seu reinado, só se curando no reinado da pequena Rhaenyra – Cregan ponderou, enquanto Jacaerys suspirava mais uma vez. O príncipe ergueu o torso e encarou Cregan nos olhos. A fraca luz do sol que entrava pelas janelas tingia todo o quarto com uma tonalidade alaranjada.

— Tem uma coisa que eu quero conquistar durante o meu reinado – Jace declarou com firmeza, capturando a atenção de Cregan – Dorne.

— Príncipe, o que você desejar e eu tiver a menor chance de realizar, eu farei – O lorde respondeu com um sorriso, acariciando o rosto do príncipe com sua mão e trazendo-o para mais perto, selando seus lábios num suave beijo.

No entanto, eles foram interrompidos abruptamente por batidas urgentes na porta do quarto.

— Jace! Mamãe quer falar conosco! – Era a voz de Baela, que anunciava sua presença. Cregan e Jacaerys se separaram com pressa, compartilhando olhares de surpresa e um toque de frustração. Ambos começaram a procurar suas roupas e se vestir às pressas. Cregan foi o primeiro a terminar, e ele lançou um olhar de ansiedade para Jacaerys, que fez um gesto para acalmar-se.

O príncipe amarrou seus cabelos num coque com rapidez e depois foi até a porta, destrancando-a e abrindo apenas o suficiente para colocar a cabeça para fora.

— O que aconteceu? – O príncipe perguntou, olhando para sua noiva com expressão interrogativa.

— Nós iremos buscar nossos irmãos em Pentos – Baela respondeu, mantendo sua postura firme como uma soldado – ela ordenou que partamos imediatamente e retornemos antes do nascer do sol de dois dias.

— Eu fico pronto em alguns minutos – Jacaerys respondeu rapidamente, ansioso para encerrar a conversa constrangedora.

No entanto, antes que ele pudesse se afastar completamente da porta, Baela olhou para dentro do quarto e notou um par de botas extras no chão. Seus olhos se estreitaram de surpresa.

— Tem alguém aí? – Baela perguntou, curiosa, e seus olhos se fixaram nas botas. Jacaerys fechou os olhos momentaneamente, sabendo que estava prestes a ser pego em seu ato — Lorde Cregan?! – Ela exclamou, identificando a presença do lorde. Sua expressão tornou-se maliciosa enquanto olhava para o irmão-noivo.