CAPÍTULO 38

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⚠️Por favor, não deixem de acompanhar a fanfic por causa deste ou outros capítulos que virão a seguir ⚠️

Prometo que valerá a pena.

Beijos GAYS💕🌈🤞!

Dois a cinco anos

Eu nunca pensei que não iria chegar aos vinte e três anos. Já fazia horas que eu havia recebido o diagnóstico e eu ainda não conseguia acreditar que estava condenada à morte. A escuridão presente no meu quarto se assemelhava à penumbra que havia tomado conta do meu coração me fazendo mergulhar na mais completa angustia.

"Meu bebe so tem dezoito anos Michael!"

Eu estava com os ouvidos tapados um cobertor cobria a minha cabeça, mas mesmo assim eu conseguia ouvir o choro da minha mãe em alguma parte distante da casa. E o sofrimento contido em voz dilacerava meu coração de uma forma que eu sempre achet impossivel para um órgão no qual nos apenas colocávamos a culpa de todos os nossos sentimentos. A dor era real, toda aquela merda era real e eu não submeteria mais ninguém à mesma coisa que meus pais estavam passando

"Ainda podemos esperar por um transplante, amor"

Eu sabia que meu pai estava tentando ser forte por todos nós e até o momento que eu subi para o meu quarto não o vi derramar nenhuma lágrima, mas naquele momento eu sentia o embargar em sua voz, fazendo com que tudo se tornasse pior. Era verdade sim que o médico havia falado sobre o transplante pulmonar e que talvez eu vivesse o suficiente para encontrar um doador, mas eu era realista e sabia que havia centenas de pessoas na minha frente esperando para que algum pobre coltado morresse para que assim pudessem viver. O pulmão só poderia ser recebido de um doador já morto porque o transplante inter-vivos era ilegal por conta dos riscos de morte aos quais o doador era submetido.

Ainda era inacreditável para mim o fato de que a morte estava ao meu lado pronta para ceifar-me a vida a qualquer momento, mas eu sabia a não demoraria muito para eu me acostumar com aquela ideia. O som da campainha ecoou por toda a casa e eu me encolhi ainda mais sob os cobertores pedindo em pensamento a quem quer que fosse, para ir embora, mas o som continuou por alguns instantes e eu me levantei, me ponto à porta do quarto, caminhando escondida ao encontro de quem quer que estivesse em minha porta

Lá de cima eu tive o vislumbre da figura de minha mãe tentando inutilmente se recompor enquanto meu pai la atender a porta.

-Boa noite, tio Mike! -O sorriso que Rebecca deu para meu pai quase me cegou e a noção de que um dia eu não veria mais o seu sorriso quase fez que um grito de agonia rasgasse a minha garganta - O senhor está bem?

- Oi Becky... - A voz do meu pai vacilou - Eu estou tendo um resfriado que não me deixa em paz faz alguns dias - Ele simulou uma tosse e minha namorada assentiu

- Acho que a Freen também está contaminada, ela tem tossido bastante nos últimos dias - Ela falou aquilo com a maior inocência do mundo e as lágrimas que minha mãe havia acabado de limpar com o torso das mãos foram substituídas por muitas outras. - Ela está por ai?

-Freen está dormindo. Eu pedi a ela que me ajudasse com algumas compras hoje e andamos o dia todo, ela só teve tempo de tomar um banho e apagar. Minha namorada assentiu

- Por isso ela não atendeu minhas ligações e a janela do quarto dela está fechada...-Ela estendeu uma travessa de vidro para o meu pai - Eu cozinhei um pouco de arroz com leche para ela, mas tem o bastante para todo mundo e se eu deixar lá em casa, ele não vai durar até amanhã - Ela riu e eu levei minhas mãos aos apertando-as fortemente para que meu choro não pudesse ser ouvido.

- Obrigado minha filha, parece estar ótimo - Meu pai murmurou segurando a travessa e eu pude observar sua mão tremer e a outra apertar fortemente a maçaneta. Becky ficou parada na porta por mais alguns instantes, com o sorriso plantado no rosto e eu me contive para não ir correndo abraça-la:

Isso Seria Mais Um Clichê- FreenBecky Onde histórias criam vida. Descubra agora