Capítulo 7°_ " Procurando Um Sentido ".

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Pov Toni ...

É engraçado como domingos costumam ser dias monótonos é deprimentes.

Na verdade, depois de algum tempo constatei que o domingo era o dia da semana necessário para os trabalhadores que precisavam repor suas energias de uma longa semana exaustiva. No meu caso não era assim. Eu simplesmente não fazia muita coisa. Não tinha um tipo de trabalho braçal, e tudo na minha vida profissional resumia-se a assinar toneladas de papeis.

Por isso, domingos eram chatos. Ao final de uma semana eu me encontrava bastante disposto e sem um pingo de vontade de descansar. Então meus domingos sempre começavam às 6:00 da manhã, quando o sol ainda estava se decidindo se sairia para brincar ou não.

Depois de um café da manhã preguiçoso, o que normalmente se resumia a algum cereal ou um copo de suco de laranja, eu saía para correr. Corria pelas ruas ainda desertas, não fosse por alguns idosos que jogavam cartas nas praças, pelos jornaleiros e padeiros ( que normalmente acordavam cedo para atenderem aos mesmos idosos ) .

Quando eu retornava para a casa, já perto das 9h, não havia muito mais a fazer senão assistir à TV e ficar nisso até o resto do maldito domingo terminar. Eu não tinha amigos. Me esquivei de quase todas as relações que pude depois de sofrer uma grande decepção amorosa.

Obviamente muitas pessoas me achavam anti-social e desconfiada, o que não deixava de ser verdade. Ainda assim não eram incomuns casos de festas luxuosas onde eu era algum tipo de convidada de honra, o que me colocava obrigatoriamente em uma posição na qual eu precisava comparecer. Digo '' obrigatoriamente '' porque quase sempre minha vontade de curtir festas de ricos esnobes era quase tão grande quanto de me matar, mas em muitas delas alguns assuntos importantes relacionados aos negócios eram tratados, e eu precisava ir.

Claro que eu nunca, jamais ia sem a companhia de Verônica.

Normalmente era ela que tomava toda e qualquer decisão sobre a empresa, dentro ou fora dela.

Obviamente ninguém sabia disso, mas esse era nosso segredinho. E eu sabia que se fosse aderir a alguma religião, formaria minha própria onde Verônica seria endeusada, se tornando o objeto dos meus agradecimentos e da minha adoração. Era o mínimo que eu podia fazer pela mulher que havia salvado o meu pescoço tantas e tantas vezes, ela me conhecia talvez melhor do que minha própria mãe.

- Alôôôô.....Hmmm ....quem é ?

- Bom dia, Verônica, Te acordei?

- Sra... Topaz? Não, bom dia senhora.

- Prometo que vou recompensar você por ficar alugando seu tempo quase todos os domingos. Sinta-se livre para desligar na minha cara, eu sei que sou chata.

- A senhora pode me dizer primeiro por que ligou.

- Bom, primeiramente, estou entediada, o que explica o fato de ter ligado pra sua casa a essa hora com o objetivo de pergunta-la se é realmente necessário que eu vá trabalhar amanhã.

Silêncio do outro lado da linha.

Aquele tipo de silêncio que se faz quando uma criança pergunta a mãe se pode viajar sozinha para a Disney e ficar morando lá um mês e comendo só chocolate.

- Obviamente, senhora.

Ela respondeu, com toda paciência que minha imaturidade exigia dela.

- Hm. Certo. Também tenho que ir à festa de amanhã?

- Sim, creio que sim.

- Mas é só uma festa! Com as mesmas pessoas, as mesmas bebidas... - Comecei.

My Sweet Prostitute { Toni G!P }Onde histórias criam vida. Descubra agora