Floresta Proibida

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Se aproximaram da cabana de Hagrid, que era iluminada por uma fogueira de aparência aconchegante. Mas Adhara pensava apenas que agora ela poderia estar em seu vigésimo sono, caso não tivesse saído do dormitório aquela noite. Filch falava alguma coisa de dragão com o meio-gigante, mas a menina apenas olhava ao seu redor; alheia de toda e qualquer conversa próxima à ela. Ela notava como a noite estava bonita, como ali era quieto e misterioso e como queria estar de volta ao seu dormitório o mais rápido possível.

-Sem querer ser indelicada ou grosseira- Se pronunciou, interrompendo o que Argo Filch falava- Mas nosso castigo não vai começar nunca?- Tentou soar do jeito menos arrogante e prepotente possível, já que gostava muito de Hagrid, e com ele faria esforço para seu tom ser o menos desagradável possível.

-Já estamos de saída, querida- Hagrid disse com seu tom gentil de sempre. Adhara adorava Hagrid. Sempre que ela conseguia, ela o visitava, e era sempre muito bem recebida com chá e biscoitos, tanto por Hagrid quanto por Canino- Agora me acompanhem- Ele disse com uma besta carregada. Hagrid podia ser um doce, mas era um sem noção.

Adentraram na floresta. Era escura e horripilante, cercada por arvores e folhas secas no chão e dava para se escutar uivados, mas Adhara sabia que os lobos eram o de menos na Floresta Proibida.

Após caminharem um pouco na trilha escura da floresta, Hagrid ficou com um joelho no chão e colocou dois de seus dedos em algo cintilante, sangue de unicórnio. Adhara, após esgueirar seu pescoço para ver o que o homem tocava, reconheceu o que aquilo era. Sua avó tinha um pote disso guardado no mostruário Black, a menina poderia reconhecer aquele liquido meio viscoso e brilhante de longe.

-Hagrid, o que é isso?- Perguntou Harry ligeiramente assustado.

-É o que viemos procurar- Ele disse após se por de pé- Estão vendo?- Ele esfregou os dedos que continham o elemento luzidio- Isso é sangue de unicórnio, meninos- Falou tirando uma reação mesclada de nojo e medo- Eu achei um, morto, há algumas semanas. Mas esse foi gravemente ferido por alguma coisa- Terminou de falar e todos ali ficaram olhando os arredores da floresta; era assustadora. Depois de um suspiro de culpa, Hagrid voltou a falar em uma tom mais penoso- E o nosso trabalho será achar o pobre animal. Rony e Hermione, vocês vem comigo- Ele apontou para os dois e apenas recebeu uma "está bem" de Rony e um aceno positivo de Hermione- Harry, você irá com a Adhara e com o Malfoy- Draco fez uma cara franzida, mas Adhara o fez concordar com as ordens de Hagrid após dar um beliscão discreto no braço de seu primo.

-Está bem- Claro que o menino não conseguiria aceitar tão fácil- Mas o Canino vai junto- Draco falou birrento.

-Pode ser- Hagrid concordou- Mas saiba que esse cachorro é um covarde- Na hora que terminou de falar apenas deu-se para ouvir o choro do cachorro de grande porte e de pelugem preta como a noite.

[...]

-Espere até meu pai ficar sabendo, isso é trabalho para serviçais- Adhara amava o primo, mas ele era tão irritante, as vezes.

-Draco, se andasse mais e reclamasse menos, já teríamos achado o unicórnio- A mais velha disse enquanto ajeitava o lampião em sua mão direita. Harry riu do comentário da garota, arrancando mais uma carranca de Draco.

-Se eu não te conhecesse, Draco, diria que está com medo- Harry constatou, tirando uma risadinha de Adhara.

-Não estou com medo, Potter- O platinado falou com o seu tom esnobe de sempre.

-Não importa quem está com ou sem medo, meninos- A sonserina decidiu intervir, prevendo a pequena briga que ocorreria caso não os parasse ali- Foquem em achar o unicórnio- Depois de terminar de falar e receber acenos positivos dos dois, os três ouviram um barulho vindo de algum canto da floresta.

Maldito Seja Fred Weasley IWhere stories live. Discover now