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Meu anjinho loiro

Ao sair do ônibus, andamos em fila indiana até a entrada para o nosso destino. Tinha segurança armados para todos os lados, se Hyesan era difícil de lidar, imagina aqui.

— Bem-vindos a Zephyr del Norte, sou Lee Min-ho. Não sou seu amigo, não sou seu confidente e nem seu pai. Estão aqui para cumprir sua pena e se reintegra, esse é meu objetivo e se me ajudarem não vou foder com a vida de vocês.

Após todo aquele blá-blá-blá de bom carcereiro, fizeram a revista como sempre, e porra como eu odeio isso! Encontraram com Dylan, meu canivete, isso era o de menos pois eu o pagaria depois dessa revista e quanto ao garoto, foi para a solitária por estar com uma arma. Que pena...

Os uniformes não mudaram, ainda vestimos roupas laranjadas. Diferente de Hyesan não fomos recebidos com gritos e insultos, fomos recebidos dos olhares e o mais puro silêncio.

Parecia tão calmo. Mas uma prisão calma é estranho, não?

Nossa cela era três vezes maior que a antiga, tinham três beliches no total de seis camas. Naquela cela ficaríamos eu, Jimin, Taehyung, Hoseok, Yoongi, e uma cama estava vazia, mas ainda sim, estava com alguns pertences jogados, seja quem for não deve ter dormido ali por uns três dias.

Quando a noite chegou, desci da minha parte da beliche e deitei ao lado de Jimin na cama de baixo, era uma cama de solteiro, mas cabiamos perfeitamente ali.

Dormir abraçado com aquele loiro era meu remédio, era como esquecer de tudo. Eu o amava e amava ainda mais o filho que crescia a cada dia na barriguinha dele.

— Gente silêncio, eu vou rezar. — Taehyung alertou nos fazendo ficar em silêncio para ouvir suas sábias palavras. — Senhor, eu te peço pelo filho do Jimin, que o senhor cuide dele e que não permita que seja parecido com o Jungkook, por favor Deus!

— Ei! Ele vai ser um Jeonzinho, cala a boca! — Interrompe suas palavras. Abracei ainda mais Jimin, esse que dava risos divertidos com meus toques.

— Senhor, eu também te peço pelo Hoseok e o Yoongi, Deus. Que o Hoseok pare de ser cu doce e perdoe o Yoongi. Também te peço Deus, pelo Jungkook. Para que ele pare de ser um desgraçado filho da puta, Senhor. Eu te peço e te agradeço, amém!

A maior ironia daquilo tudo, era que Taehyung não era religioso e consequentemente, eu também não.

No dia seguinte, fomos direcionados ao refeitório, um local muito grande e repleto de japoneses. Era muito evidente a diferença entre coreanos, chineses e japoneses.

Sinceramente, eu não estava com nenhuma fome, mas fazer Jimin comer algo era o meu foco. A mudança de ambiente ainda era nova para ele e sei que vai saber se cuidar depois de um curso completo de como ser um filho da puta do ano, com nada mais nada menos que o instrutor, Jeon Jungkook.

— Japas na cozinha, na admissão, na lavanderia, pelo visto sabemos quem manda aqui. — Yoongi e seu faro para coisas óbvias.

— Presta atenção! Um japonês foi morar no Brasil, mas ele não sabia falar português direito — Taehyung falava, enquanto ria antes mesmo de contar a piada. — Um dia, o filho dele adoeceu, então ele o levou ao hospital. Quando ele chegou lá O médico perguntou O que ele tem? Aí o japa falou: Como é o nome daquere negocio  em cima da torre da igreja? — O engraçado da fala de Taehyung, era o modo como ele afinava a voz para interpretar o japa. — O médico respondeu: O sino? Aí o japa disse: E aquere animal que cava buraco?. — Ri, ele. — O tatu? O médico perguntou.

AMOR SEM FIANÇA  • JJK + PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora