Prologo

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Nossa nova tag secretinha é #ErosPrivate. Hihihi, que saudade de vocês minhas ovelhas, amém

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Vante estava sentado na mesa mais afastada do seu bar favorito, dentre as ruas noturnas de Seoul: o Ddaeng era um lugar privativo e perfeito para se ter conversas de caráter duvidoso e cunho imoral.

Abriu um pouco mais as pernas escondidas por baixo da mesa circular de madeira escura e sentou-se melhor no banco de veludo. Viu a mulher que esperava se aproximar rapidamente e analisou-a em segundos: usava um vestido preto longo para os padrões do lugar, os cabelos lisos estavam jogados pelos ombros descobertos e ela segurava uma pequena bolsa de mão como se fosse sua vida.

Estava ansiosa.

— Boa noite, Jin-ra. — Taehyung cumprimentou com gentileza e estendeu a mão para o estofado à sua frente.

— Olá, boa noite, senhor Vante. — disse sem olhar em seus olhos e se acomodou nervosa na cadeira.

— Me chame apenas de Taehyung. — disse com um pequeno sorriso e estendeu a mão para pegar a taça de gin tônica fraca na mesa. — Quer alguma coisa?

— Não, não, obrigada. — Sorriu tímida, as bochechas estavam avermelhadas pelo blush excessivo. — E aonde está seu... Marido? — falou a palavra em tom mais baixo pela indecisão se havia dito certo.

— Está aqui também. — Taehyung sorriu após falar e levou a taça aos lábios. — Está me chupando embaixo da mesa.

Os olhos maquiados da mulher se arregalaram.

Foi quando prestou um pouco mais de atenção às feições do homem: os lábios pequenos entreabertos, o rosto corado, as pupilas dilatadas e a respiração quase desregular. Na verdade, Taehyung estava se esforçando muito para não reagir demais enquanto sentia a língua de Park Jimin ao redor do seu pau, ajoelhado aos seus pés debaixo da mesa.

O ruivo escondido percebeu estarem falando dele e fez questão de ir até o fundo da garganta; o pau de Taehyung pulsou e a mão que não segurava a taça foi até seus cabelos tingidos de laranja vivo e o segurou para prendê-lo ali.

Se Jimin queria provocá-lo desse jeito, deveria arcar com as consequências.

— Ahn, bom, eu... — A mulher tentou prosseguir com a conversa após saber daquela informação. — Eu me interessei porque vi a vaga de bartender da Casa Eros.

— Sim, estamos contratando. — Taehyung disse o mais tranquilo possível enquanto a mão continuava a prender a cabeça de Jimin e o ruivo começou a apertar suas coxas pela falta de ar, com o pau inteiramente socado em sua garganta. — Mas sabe que lá será um lugar de práticas BDSM, terá que ver muitas coisas e lidar da forma mais natural possível, como o que está acontecendo agora.

Soltou os cabelos de Jimin e foi inevitável não suspirar alto pela respiração voltar ao normal. O som foi claramente ouvido por Jin-ra, que corou tanto que sequer foi necessário mais o uso de blush.

— E-eu, eu, é melhor eu ir, mas obrigada pela oportunidade! — A mulher se levantou com a bolsa de mão ainda mais agarrada no colo e saiu às pressas da mesa.

Taehyung começou a rir.

— Esse seu teste para descobrir a capacidade de alguém em trabalhar na Casa Eros vai nos deixar sem opções.

— Mas que foi uma grande ideia, foi. Ai! — Jimin bateu com a cabeça e Taehyung se abaixou para ajudar o ruivo.

— Toma cuidado, meu amor! — riu diante da confusão do marido em sair dali.

Ainda levou mais alguns segundos para se ver totalmente sentado ao lado de Taehyung no estofado. Os lábios naturalmente cheios e rosados estavam mais convidativos pelo curioso boquete que deu no Dominador.

— Isso está tão difícil quanto encontrar um irmão de coleira para mim. — Jimin comentou com uma pequena careta e Taehyung arqueou as sobrancelhas, surpreso.

— Achei que tinha desistido da ideia.

— E desisti. — Deu de ombros. — Será que somos tão pervertidos assim a ponto de assustarmos os outros?

— Bom... — Taehyung fingiu refletir enquanto olhava para o teto escuro do bar. — Se eu te pedisse para continuar me chupando, faria?

— Claro que não. — Sorriu ardiloso e o marido o pegou rapidamente pelo queixo, apertando seu rosto.

— E se eu mandasse, Jimin? — estreitou os olhos e o ruivo piscou diversas vezes, sempre surpreso com a mudança de ambiente que Kim Taehyung sempre proporcionava.

— Então... Talvez. — o lado rebelde falou mais alto de qualquer forma.

— Bratzinho birrento. — Sorriu com maldade; brats eram submissos arredios demais para serem tratados com delicadeza, e era dessa forma que Jimin gostava. — Quando vai começar a me obedecer, meu bem?

— Quando um Anjo virar Demônio. — falou sua máxima favorita: para uma criatura celeste e perfeita cair em tentação, a probabilidade era tão pequena quanto a dele de obedecer Taehyung sem reclamar.

Mas o Domador nunca se cansava de tentar — pelo contrário, adorava. A sensação de ter Jimin aos seus pés era deliciosa.

Era realmente uma pena não terem encontrado um irmão de coleira até hoje.

Volúpio | TaekookminOnde as histórias ganham vida. Descobre agora