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"""REINO DORGOTEN: PELA MANHÃ.."""

Montado à cavalo e já perto da entrada principal, Bruno continuava a refletir sobre o que fazer. E como estava indo para casa, ele se lembrou do corpo morto do meio-humano que ele havia deixado lá.

"É o que eu tenho para me apegar por enquanto. Se eu levá-lo para o mago Batrock talvez ele possa encontrar o paradeiro dos outros.."

E agarrado a essa alternativa ele segue para sua casa, e depois de descer do cavalo e adentrá-la, ele vê que o cadáver da criatura havia sumido.

— Droga! — Bruno dá um soco no ar. Mas acaba por se lembrar — "Devem ter mandado revistar minha casa. Então já sei onde devo ir.."

E assim ele tira seu manto e vai tomar banho.

...

Minutos passam e ele sai de casa rumo ao castelo da rainha vestido em um traje mais formal, indo direto para a sala do trono. Sendo recebido por Agatha:

— Você anda muito sumido ultimamente Bruno. Você não agia dessa maneira há um bom tempo. Isso tem haver com a vinda de Lord Lancer e Rayender aqui para vê-lo não é?

— Por que pergunta mesmo sabendo a resposta?

— É um padrão de investigação. Pra poder confirmar as suspeitas. Foi você quem me disse isso lembra?

— Sim. Afinal nenhuma dúvida deve ficar pairando a mente do investigador. Senão é quase certeza de que algo ainda está escondido nas entrelinhas.

— Certamente. Agora me diga Bruno, por que veio aqui? não devia estar entretido em uma investigação paralela?

— Mas eu estou. Por isso vim até aqui.

— Então nesse caso prossiga — ela fez um leve gesto com a mão.

— Quero saber onde está o corpo do desgarrado que eu trouxe para o reino. E que estava em minha casa. E por esse motivo ele só dizia respeito a mim — Bruno falou colocando pressão na voz.

E antes da rainha sequer expressar alguma fala. O conselheiro Queirós Wan adentrou a sala.

— Permita-me intrometer nesta conversa vossa majestade. Mas acredito que o senhor Sheck não esteja em posição de lhe questionar nada. Visto que suas recentes atitutes para com você e os demais conselheiros foram deveras grosseiras. E por isso ele não tem o direito de vir aqui para falar-te coisa alguma.

E os nervos de Bruno que já estavam aquecidos, agora estavam queimando.

— Olha só, conselheirozinho. Se você não calar a boca, é você quem não vai poder falar "coisa alguma" por um bom tempo. Entendeu!? — Bruno o olha e fecha o punho direito em sua direção — Eu tô conversando com a rainha aqui, então não se meta! saia daqui e vá tomar seu chá, já que é a única coisa que vocês sabem fazer por aqui, porque pra dar conselhos que preste tá dificil.

— Como ousa falar dessa maneira comigo!? se fizer isto novam-

— Você vai fazer o quê!? me prender? Eu quero ver você tentar.

E após ficar ouvindo os dois trocando farpas e ameaças, Agatha pondera:

— Bruno. Saia daqui, vai ser melhor pra você — ela o olhou passando confiança — Eu lido com ele..

— Ok, eu vou.. — e mesmo chateado ele entendeu que era mais prudente sair dali.

...

E inconformado por não conseguir o que queria, Bruno estava à pensar no que fazer depois de mais um banho de água fria, e ao virar em um corredor do castelo, ele acaba esbarrando em Helena, que levava uma bandeja com chá, e acabou por derramá-lo em cima dele.

Sombra: RastreamentoWhere stories live. Discover now