Uma vida por outra, 11 anos de sacrifício, seu coração, sua alma, seu corpo, tudo isso irá pertencer a um homem sem escrúpulos, egoísta e frio...
"Se você se atrever a encostar em minha irmã eu te garanto que você irá ficar sem mão"
"Meu coração gelado? Ele começou com uma sensação de frio na barriga. Borboletas, assim como nos romances, dançavam no meu estômago, até serem pisadas e mortas brutalmente."
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• Los Angeles - Califórnia • ~ 15 de janeiro ~ - 7:35 AM -
— Bom dia, Jenna. — Disse Claire ao chegar na cozinha.
— A senhora já levantou? — Jenna perguntou ao ver Claire.
— Sim, marquei de sair com minha irmã para ir às compras. — Claire respondeu enquanto pegava uma maçã da fruteira em cima da mesa e mostrava para Jenna, que estava cortando laranjas. — Minha refeição. Não tenho fome antes das 9:00. Estou indo, até mais.
— Senhora, não pode ir sem a autorização do patrão. — Jenna avisou preocupada.
— Tanto posso quanto vou. Fica tranquila que eu me entendo com ele. E o seu emprego vai estar seguro, você não vai ser culpada, não se preocupe.
Jenna balançou a cabeça e depois falou:
— Não estou preocupada comigo, senhora.
Uma angústia pareceu tomar a expressão de Jenna.
Claire notou a inquietação da empregada e franzu a testa.
— Está preocupada comigo? — Ela apontou para si mesma e perguntou surpresa ao receber um aceno positivo rápido.
Jenna explicou sua preocupação:
— O patrão pode ser meio explosivo.
Claire passou a mão no pescoço onde sua maquiagem escondia pequenas marcas vermelhas de chupões; um arrepio percorreu seu corpo ao lembrar da noite anterior. Michael a aterrorizava; para ela, ele era a morte encarnada em forma de sofrimento. Não! Aquilo seria pior do que morrer de verdade! Quem ele pensava que era para tocá-la? Ele iria se arrepender mais cedo ou mais tarde... mas pagaria por isso!
— Ninguém vai me impedir de ir.
— Mas...
— Eu vou ficar bem. — Ela saiu da cozinha em direção à saída da mansão ignorando completamente o conselho da mais velha.
Mas não era tão simples assim...
— Que saco! Por que esse lugar tem que ter seguranças por todo lado? — Ela murmurou para si mesma.
Um dos seguranças do portão de saída a barra. Alto, rosto pálido e cabelos platinados, olhos azuis, aparentava ter uns 30 anos.
