Capítulo 2 | Gilded Lily

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I've started not to doubt it,
just wrap my head around it

Cults

Ouvi a voz do meu irmão ecoar pelo corredor, e foi quando me dei conta da merda que eu estava fazendo

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Ouvi a voz do meu irmão ecoar pelo corredor, e foi quando me dei conta da merda que eu estava fazendo.

Porque, meu Deus, aquele não era o meu habitual. Eu não deixava os meus desejos repentinos me controlarem daquela maneira, assim como eu sempre evitava possíveis conflitos com ele.

Sussurrei que Dylan deveria continuar ali, naquele pequeno salão, onde eu sempre dançava, e fechei a porta do lugar. Meu coração dava saltos estranhos demais. A palpitação do meu corpo era nada além de desesperadora, enquanto eu me recompunha e ia em direção a Will, que estava me procurando nos quartos, bem à minha frente.

Ele parecia preocupado, quando virou seu corpo em minha direção. E deu um suspiro de alívio.

Ah, Deus... Ele não estaria aliviado, se soubesse o que eu estava prestes a fazer, alguns segundos antes. Mas ainda bem que apareceu. Eu não ia comprar aquela briga e, tampouco, tinha desejo de chatear o meu irmão.

Tanto que minha voz foi serena, apenas por alguns segundos, enquanto eu me esquecia do porquê de eu ter estado tão estressada, antes de Dylan Lawrence aparecer...

—Oi, Will.  -chamei, quebrando aquele pequeno silêncio- O que foi?

Ele estalou o pescoço, resistindo a alguma vontade de falar algo. Talvez, de me pedir desculpas.

—Por que não voltou à festa?

Foi ali, que eu relembrei. Foi ali, que eu me irritei de novo, e ignorei todo o resto que havia acontecido com o guitarrista, sem culpa nenhuma de estar prestes a sustentar uma mentira.

Porque era inacreditável. Inacreditável que ele chegasse todo cínico, com uma perguntinha dessas.

—Está brincando, não é? -um suspiro incrédulo saiu do meu corpo, quando a irritação chegou- Eu passei 10 minutos lá e foi o suficiente para você ficar latindo no meu ouvido!

Will gesticulou com a cabeça, em movimentos negativos, como se eu estivesse falando alguma besteira, apesar de eu não estar.

—Você está exagerando...

Ele sabia exatamente o que tinha feito para me tirar a paciência. Ele sabia muito bem, mas, ainda assim, achei necessário recitar todas as frases ditas em intervalos de, no máximo, 3 minutos entre cada uma, enquanto imitava o seu tom:

—"Fique longe daquela menina" -foi o primeiro que disse, a uma que estava vestida de bombeira sexy e sangrenta-. "Zade está te olhando. Não gosto disso" -reclamou, quando o seu amigo, rapidamente, passou os olhos em mim- "Toma cuidado na bebida" -Comentário ok, se eu não estivesse no meu primeiro copo- "Cadê o resto da sua roupa?" -esse não tinha nada de ok. Era apenas sexista.

Os Sons Que Fizemos (+18)Where stories live. Discover now