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Saímos do carro e o barulho do lado de
fora da boate já estava ensurdecedor, Gojo jogou a chave de seu carro para um
manobrista qualquer e pegou minha mão, o
que me fez abrir um sorriso.

Um sorriso que logo cessou quando eu
percebi que ele só havia feito isso para que eu pudesse entrar numa boa na boate.

- Ela está comigo. - Gojo disse à um cara que estava parado na porta, o cara apenas
assentiu e saiu da frente para entrarmos,
como se respeitasse ele fortemente.

Assim que estávamos dentro, Satoru soltou minha mão.

Os garotos estavam vindo logo atrás,
enquanto eu estava morrendo de medo
daqueles caras estranhos que tinham por ali, fortes e totalmente tatuados, eles me olhavam maliciosamente, enquanto Gojo estava distraído olhando para aquelas vadias que dançavam semi nuas.

Segurei o braço do Gojo com medo daqueles homens e ele travou o maxilar
reprovando minha ação, o soltei rapidamente revirando os olhos.

Satoru nunca consegue ser uma pessoa
agradável por muito tempo.

O platinado cumprimentava alguns homens apenas com um gesto feito com a cabeça, já os garotos que vinham logo atrás eram mais despojados, chegam dizendo "e aí, filho da puta" e faziam aquelas comprimentos com as mãos cheios de frescura.

Podia ver que Gojo estava desconfortável comigo ali.

Enquanto andávamos passando por toda aquela gente e ouvindo aquele som
ensurdecedor de acabar com qualquer
audição saudável, alas eram abertas, como se Gojo fosse um chefão ou algo do tipo. E ele era.

Podia ver o respeito de todos sobre ele e
alguns olhares curiosos sobre mim, pois
pelo visto Gojo nunca costumava chegar
acompanhado com uma garota do lado.

Agora eu entendia porque Gojo se achava tanto assim, tinha toda essa gente para babar seu ovo, ridículo isso.

- Todos esse homens estranhos e assustadores são Bloods? - Perguntei em seu ouvido por causa do barulho.

- A maioria, alguns são apenas parceiros de fé.

- Tô com medo. - Falei.

- Ninguém mandou querer vir. - Ele disse
indiferente quase dando uma volta de 360º
com a cabeça quando uma garota com um
vestido quase mostrando os órgãos passou, puxei o meu vestido um pouco mais para baixo com medo que eu estivesse vulgar igual a mesma.

E claro, Gojo não podia deixar de dar seu
showzinho para me irritar, apertou a bunda
da garota me deixando puta da vida, ela
olhou para trás e deu um sorrisinho do tipo
"me come" e ele piscou para ela.

Droga, por que ele tinha que fazer isso
comigo?

Entrei na primeira multidão que vi, me
desfazendo de Gojo que nem percebeu
de tanto que ficava metendo a balaca e
mexendo com as garotas, saí batendo perna passando furiosa pelos outros e pisando em alguns pés sem pedir desculpas, tentei me acalmar um pouco e comecei a caminhar como uma pessoa normal, dessa vez pedindo licença para poder passar pelas pessoas que dançavam de um jeito um pouco - totalmente - vulgar, principalmente algumas garotas que rebolavam se roçando naqueles homens nojentos.

Tinha gente de todos os níveis, garotos mais largados, homens mais sérios, mulheres totalmente vadias, mas também tinham mulheres que pelo o que eu podia ver se davam o valor.

E então, me liguei que eu estava totalmente
perdida, não me importei e continuei andando.

- E aí, gatinha? Vem sempre aqui? - Senti uma mão em meu ombro, endureci, mas
não parei de caminhar, até sentir uma mão
indo até meu braço e me puxando. - Não se
faça de difícil, vem cá. - Dei de cara com um homem alto e moreno com lindos olhos azuis porém deveria ser bem mais velho. Ele me puxou para perto de seu corpo. - Qual seu nome? - Ele sussurrou em meu ouvido. Eu estava morrendo de medo.

𝐏𝐎𝐒𝐒𝐄𝐒𝐒𝐈𝐕𝐄 - s, gojoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora