Amores Doentios |+18| |Concluída|

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Jackson olhou para os jurados. 

— Senhores jurados o que parece a vítima fugiu de casa, mudou o nome e se escondeu da família por doze anos com a palavra de que foi abusada pelo tio que jura não ter feito nada. 

Seus olhos voltaram para Charles. 

— O meu cliente está sendo julgado por assassinar uma mulher que nem existe. 

— Como não existe? Você viu as gravações, ele matou a Lara...

— A vítima não se chamava Lara, ela mentiu não só para todos como para o próprio namorado a quem ficou em um relacionamento por sete anos escondendo de todos o seu verdadeiro nome, como podemos levar em conta o que realmente aconteceu se ela mentiu até sobre a sua identidade? 

— A Lara falou a verdade, é impossível que você esteja defendendo um monstro quando todas as provas estão bem à sua frente — gritou Charles. 

— Por favor, senhor Johnson se controle — pediu a juíza. 

— Não tem vítimas, apenas uma mentirosa...

Charles, ao ouvir isso, pulou o pequeno espaço entre ele e o advogado de defesa, acertando um soco na cara. 

Ele foi segurado pelos policiais e retirado da sala do tribunal. 

Douglas se levantou e foi atrás dele. 

— Daremos uma pequena pausa para que o doutor cuide de seu ferimento, voltaremos em dez minutos. 

A juíza bateu o martelo e as pessoas se levantaram saindo. 

Do lado de fora da sala do tribunal, Mirina, Édina, Esther, Tony e Mathias estavam conversando. 

— Você abusou da minha filha, a sua sobrinha — Mirina olhou para Mathias. 

— Eu não abusei de ninguém, você não pode acreditar nessa baboseira. 

— Baboseira? — perguntou Mirina indignada. — A minha filha fugiu de casa aos dezesseis anos por sua causa e isso foi baboseira? 

— Não é possível que você esteja acreditando no que aquele moleque disse lá dentro, não é? Mirina está na cara que ele mentiu para encobrir o real motivo da Larissa ter fugido. 

— E qual foi o real motivo? 

Mirina falou alto olhando para Mathias. 

— Me fala Mathias qual foi o real motivo que fez a minha filha desaparecer por doze anos — ela começou a chorar. 

— Tia o papai não faria isso, a Larissa gostava de causar e chamar atenção. 

— Não Esther — Mirina negou a olhando. — A minha filha não gostava de causar e chamar atenção porque esse sempre foi o seu papel. A minha menina, o meu bebê saiu de casa, Deus sabe lá os perigos que ela enfrentou por ser abusada pelo próprio tio, o irmão do pai dela. 

— A Larissa tinha problemas, ele inventou tudo isso, eu amava ela, jamais faria mal a minha sobrinha preferida. 

— Mãe fala alguma coisa, não deixa a Larissa após morta destruir a imagem do papai. 

Esther olhou para a mãe dela que estava paralisada. 

— Querida, por favor, você não está acreditando no que aquele garoto falou, não é? 

Mathias a olhou e pegou na mão dela, quando não obteve nenhuma resposta, fazendo a esposa olhar para ele. 

— Você insistiu para que a Larissa fosse dormir na nossa casa naquele dia em que os pais dela foram viajar, mesmo a menina implorando para os pais que ficaria bem sozinha em casa.