Amores Doentios |+18| |Concluída|

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Alguns meses se passaram desde que Ariel, Lara e Melanie morreram. 

Novos dias se iniciaram e eles estavam novamente reunidos, os amigos da padaria, Charles com as filhas, todos para comemorar o aniversário de Nico de oito anos. 

Ivan ainda se encontrava no hospital em coma, mas todos os dias Eva, família e amigos iam visitá-lo sem desistir que em alguma hora ele voltaria a abrir os olhos. 

Mas também não poderia esquecer que seria nesse momento que ele começaria a passar pelo seu luto. 

Pela dor no peito, a falta do ar e a sensação esmagadora de ter o seu corpo triturado. 

— Vamos pessoal todos juntos para cantarmos parabéns para o Nico — gritou Cristina sorrindo.

Os meses depois da morte de Ariel foram os mais difíceis. 

Mas para Cristina foi como se ela morresse e voltasse à vida todos os dias. 

Tudo se intensificou nas datas em que Ariel sempre aparecia, no ano novo, natal, páscoa, aniversário do Nico. 

Essas datas bateram no rosto de Cristina com força. 

Ela se colocou na frente dos amigos ao lado do filho e do marido e olhou para todos ali batendo palma e cantando parabéns. 

Olhou para o seu lado e viu sua irmã rindo batendo palmas com eles. 

Aquilo apertou o coração dela, a fazendo levar a mão no peito. 

Ela sorriu e as lágrimas escorreram. 

Ao cantar parabéns, Nico sorriu, fechou os olhos e soprou as velas do bolo. 

Todo mundo bateu palmas para ele, suas primas se aproximaram e o abraçou. 

Aquilo fez Charles sorrir e olhar para Cristina, que estava decidida a manter o segredo de Ariel pelo resto da vida. 

Charles, apesar de não aceitar a decisão dela, entendeu que não havia nada que ele pudesse fazer, pois a escolha de dizer ou não a verdade ao sobrinho não poderia partir dele e sim dos pais. 

Nico, com a ajuda de Cristina, cortou o bolo e deu o primeiro pedaço para suas primas. 

Desde que Frederico havia sido enviado para um centro de saúde mental, as pessoas que foram de alguma forma atingidas por ele tentam recomeçar suas vidas.

Cristina e Douglas tinham motivos para seguir em frente, assim como Charles.

Duda e Cauê com o bebê deles. 

Alina havia há poucos meses ficado noiva do Wagner. 

Assim como Adriano e Marcelo que estavam seguindo firme ni relacionamento e a cada dia mais apaixonados. 

Cada um ali tinha um motivo para seguir em frente e era isso que faziam todos os dias após a morte delas — seguiam adiante. 

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Douglas estava ao lado de André, ele olhava para Cristina sorrindo pela primeira vez depois que Ariel se foi. 

— Ela parece feliz. 

André falou olhando para Cristina. 

— É — Douglas deu um leve sorriso. — Finalmente ela está sorrindo novamente e eu fico feliz que isso esteja acontecendo, sabe? 

O detetive bebeu um pouco de refrigerante. 

— E tem notícias da Deborah? 

— Ela está bem — André olhou para Douglas. — Me ligou outro dia e disse que começou a trabalhar em uma cafeteria e está feliz.