Capítulo 25

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As vezes não estamos preparados pra quedas bruscas. Mas, nesta vida, quem está?

 Mas, nesta vida, quem está?

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Choque.

Essa era a palavra que definia o meu estado de espírito, porque nunca pensei que passaria por uma situação dessas. Mas eu deveria estar preparado, pois sabia que havia me descuidado. A questão não era essa e sim o fato dela realmente não ter me procurado por mero capricho e sim necessidade. Eu podia notar em suas expressões o medo que tinha de criar aquele bebe sozinha. Era obvio que eu jamais deixaria que isso acontecesse porque não era homem de fugir das responsabilidades quando surgiam e sim enfrenta-las. Aprendi desde cedo que tudo na vida tem consequências. E se por acaso caíssemos em tentação, deveríamos resolver o problema e não fugir deles como muitos faziam. Eu arcaria com a responsabilidade e tudo o que fosse necessário para que o bebe ficasse seguro, tivesse todo o amor, atenção e a melhor criação. Coisa que provavelmente ela deve não ter tido, já que estava de favor na casa da amiga como eu mesmo pude perceber horas atrás quando estive lá para nosso reencontro.

Depois de pensar muito, decidi passar na casa do meu amigo, precisava dar-lhe a notícia e desabafar um pouco com ele. Cheguei em sua cobertura por volta das 10:00 e fiquei um pouco surpreso pelo mesmo já saber da novidade, pensei que a mesma pudesse ter falado, já que esteve na empresa. Mas ele explicou que sem querer a bolsa que ela carregava parou nas mãos de Laura e a mesma achou que o filho poderia ser dele, mas como ele sabia do meu descuido, ligou os pontos. Conversamos e como sempre me deu alguns conselhos. Eu deveria segui-los, mas minha mente ainda não queria processar os novos acontecimentos. Minha vida estava prestes a mudar e eu precisava dançar conforme a música. Ligaria para meus pais hoje à noite e contaria a novidade. Com certezas ficariam felizes, pois sempre quiseram isso para mim.

Eu seria pai, e essa nova realidade estava mexendo com a minha cabeça. Deixei tudo muito claro para ela antes de deixar a casa de sua amiga para que não tivesse certas esperanças em relação a nós dois. Notei o brilho nos seus olhos quando me observou lendo os exames recém feitos. Fingi não perceber, mas meu corpo esquentou e ficou aceso. Não suportando ficar perto por muito tempo. Eu queria esquece-la, mas agora seria impossível, porque algo nos ligava para sempre.

Trabalhei com a cabeça cheia, aproveitei essa situação para conversar com a minha secretaria e encerrar o nosso caso. Não era por causa de Aline, e sim, porque eu já não sentia mais nada por ela a muito tempo e adiei esse momento por meses. O interesse havia acabado e minha cabeça não conseguia mais focar em outras mulheres, apenas no meu filho.

Mas eu não podia negar que Aline havia se tornado o meu primeiro pensamento ao acordar, desde o dia que passamos a noite juntos e a tratei daquele jeito no dia seguinte, apenas para que a mesma não se apegasse. Confesso que me senti mal por ter feito papel de carrasco, mas eu precisava camuflar os sentimentos para não cair em tentação mais uma vez.

Me bastava o sofrimento passado, jamais deixaria outra mulher me fazer de otário. Nunca vou esquecer a vergonha e humilhação que passei naquela bendita igreja. Se não fosse Diego, eu tinha cometido uma loucura. Ele me segurou, me fez esfriar a cabeça ou eu teria agido de uma maneira impensada. Nem uma simples explicação a bendita me deu até os dias de hoje. Mandei parar as investigações a pedido do meu amigo, segundo ele, eu precisava esquecer tudo e seguir em frente. Mas eu ainda não conseguia abrir meu coração novamente.

O expediente estava se encerrando quando recebi uma mensagem da minha mãe, avisando que tinha chegado em casa e teve uma viagem tranquila. Relaxei, pela menos estava segura e feliz ao lado do meu pai. Mal posso esperar para falar com eles mais tarde, aposto que vão querer conhecer a sortuda que conseguiu dar um neto a eles. Imagino a euforia que a dona Agnes vai fazer, aquele seu jeito extrovertido, com certeza fará certas perguntas que deixará Aline sem graça. Meu deus! No que estou pensando? É claro que deixaria tudo às claras com eles para que não tivessem esperanças em relação a nós dois.

A tarde passou rápido e a noite foi mais lenta. Meus pais haviam ido jantar na casa de amigos e quando chegassem em casa ligariam para mim para conversarmos. Sem paciência de esperar em casa, decidi ir a boate, beber e esquecer os problemas. Não estava a procura de sexo como antigamente e sim, sossego. Diego não pode vir, porque sua mãe lhe intimou a comparecer em um jantar em sua casa. É outra que não irá sossegar enquanto não ver o filho casado e lhe dando netos. Chegou a me perguntar se por um acaso ele estava se relacionado com alguém aqui, mas neguei de imediato porque sabia que o mesmo não queria se envolver. O motivo, só ele sabe.

Estava distraído curtindo a música e a bebida quando senti um toque suave em meu ombro, virei-me para ver quem era e me deparei com a ruiva daquele dia. Eu realmente precisava conversar com ela e entender como tinha sido aquela noite maluca que passei com ela e as amigas. Percebendo minha confusão, pediu uma bebida também e sentou-se ao meu lado. Eu como se soubesse que eu desejava explicações.

— Olá, achei que não te veria mais, depois daquela noite. — Disse ela, infelizmente eu não lembrava seu nome, então fiquei calado e esperei que me dissesse. — Você estava tão louco.

— Eu estava precisando falar com vocês, queria saber mais sobre o que aconteceu entre nós. — Ignorei a parte que me chamava de louco e iniciei o que eu realmente queria saber.

— Eu imagino, não precisa se preocupar. Nós fizemos sexo seguro, antes que pergunte. — Falou, como se essa fosse a única coisa que eu quisesse saber. Mas confesso que ouvi aquilo foi um alivio, pois não queria mais surpresas.

— Há outras coisas que eu preciso saber, além disso. Eu realmente fiquei com vocês três? — Perguntei, porque nem eu acreditava que havia mesmo feito isso.

— Sim, uma de cada vez é claro. Olívia e Helena, são um casal que de vez em quando gostam de colocar um homem entre elas. E eu sou amiga delas que frequento esse lugar a muito tempo e gosto de certas peculiaridades. Depois tivemos que leva-lo em casa porque você se tornou um chato, não sabia nossos nomes e chamou o tempo todo por uma tal de Aline.

— Nossa, eu peço desculpas por isso, não sei o que me deu para beber tanto e chamar por ela. — Confesso ter ficado sem graça com essa revelação, mas o que eu poderia fazer? Ela simplesmente dominou a minha cabeça.

— Desculpe a curiosidade, mas é alguma ex-namorada? — Quis saber, e eu tive vontade de me calar, mas como ela tinha sido simpática em me dizer as coisas, resolvi revelar.

— Só ficamos, nada demais!

— Ah, está certo. Eu vou indo, divirta-se e beba com moderação! — Fez sinal com seu copo e se perdeu na pista de dança que estava lotada.

Passei um tempo por lá e quando terminei de beber, peguei o celular para ver a hora e decidi ir pra casa, pois a hora de conversar com meus pais se aproximava e eu estava ansioso para lhes contar a novidade.

❤❤❤

Beijos e até o próximo capítulo

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Beijos e até o próximo capítulo...

Amor ImprovávelWhere stories live. Discover now