CAPÍTULO 7. -5

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CAPÍTULO 7

Wu

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*Nome: Qinten Han Fountain*
*Idade:16*
*Altura: 1,68.*
*Título: Rei*
*Comida favorita: ensopado de carne*
*Território: Céus
*Animal de estimação: Falcão - peregrino*
*Irmão: n°7*
*Obs: Lembrete: NUNCA, EM HIPÓTESE ALGUMA,*
* competir contra ele, especialmente*
* se ele disser "pode vir". Esse garoto é *
* um monstro. Pryce não vai chegar *
*perto de alguém que não gosta, se ele *
*te pedir carinho você é bom.*
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Esse tal de Kanjica já está estourando meus tímpanos, ele está gritando por aqui já faz quase 30 minutos. Meus irmãos já devem estar vindo, e eu ainda tenho vários palitos de queijo, joguei vários deles na bolsa da "fim de semana" quando estava dentro do ponto, então vou lanchar enquanto espero.

Estou machucada mas não o suficiente pra ter que descer então pulo para outra árvore, uma de verdade, enquanto acompanho de longe esse doido se perder cada vez mais na floresta. Minha floresta, se ele acha que vai me encontrar está bem enganado.

Quando recebemos nossos territórios fomos mandados para o que aquelas árvores murchas chamaram de "semana de conhecimento" , mas aquilo durou dois anos inteiros, eles disseram que "Os reis deveriam ter total conhecimento de seus reinos", mas nós ainda éramos crianças, Liu e Qin tinha acabado de chegar aos 10 anos. Mamãe fez de tudo para aqueles idiotas não nos separarem, mas eles prenderam ela no próprio palácio e nos tiraram a força da nossa própria casa. Aquele foi o pior ano para nós oito.

Eu fui enviada para as florestas.
Todas as do reino.
Uma a cada 2 meses.
Eu tinha 11 anos, um lobinho de 1 ano que também foi tirado da própria família, e um relógio "barra" bússola de bolso.
Me largaram lá só com isso.

Por causa disso eu conheço todas as cidades, cantos, vilas, casas suspensas, árvores, plantas, animais, flores e folhas desse reino. Cada pedacinho de terra do meu território. Tudo. Então mesmo se qualquer um tentasse me encontrar não conseguiria, eu estou em casa.

Essa gritaria que o Capitão Gancho está fazendo lá embaixo está hilário, mas minha perna ferida está ficando dormente embora não sinta mais dor, então pulo de galho em galho para fazer minhas pobres perninhas voltarem ao normal. Quando chego numa mangueira alta ouço o uivo de chamado do meu lindo e leal lobinho.

Durante o primeiro ano em que fomos abandonados nas gigantescas florestas, éramos só nós dois. Aqueles velhos nós deixavam no meio do mato apenas com uma mochila cheia de comida e um caderno, todas as 12 vezes, então tivemos que aprender a nos virar, subindo nas árvores para nos esconder de animais não muito amigáveis, correndo feito loucos das abelhas quando eu pegava mel, fazendo camas de folhas no topo das árvores para não sermos atacados à noite, ficando em volta da fogueira para não morrer de frio ou esperando algum peixinho morder o anzol para nós almoçarmos depois de três dias sem encontrar nenhuma fruta no inverno (eu achava que eles nos dariam mais comida no inverno, mas só deram uma coberta grossa). Uma vez acabamos nos separando por causa da escuridão da noite e eu só consegui achar Fuki porque ele ficou uivando para que eu pudesse encontrá - lo, no dia seguinte eu pedi para ele me ensinar a uivar e correr igual a ele (não igual a um lobo mas na mesma velocidade), então quando eu ou ele acabasse perdido pudéssemos nos achar, então quando ouço o uivo de chamado, eu respondo.

Fuki para, olha pra cima, corre em velocidade máxima e salta contra uma árvore depois em outra e pula para os meus braços, é assim que ele consegue subir nas árvores.

- Wully!! - Ele diz abanando a comprida cauda peluda. Está parecendo um filhotinho.

- Fukyto!! Como me achou cinzento?

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