Aruna é uma jovem comum que enfrenta um momento difícil com a separação dos pais. Com um pai condescendente e uma mãe controladora ela se vê em uma situação que precisa decidir o que será melhor para sua vida. Ela tem duas opções: ficar e aturar as...
Aruna tentou se desvencilhar com todas as suas forças, se batendo enlouquecida. As mãos do macho pareciam ferro ao seu redor. O pânico começou a queimar sua garganta e entorpecer sua mente. Estava prestes a começar a gritar quando ouviu uma voz conhecida.
- Já chega, Ocana. – Era Ragnar. Não parecia irritado, só entediado.
O elfo a soltou. Ela deu vários passos para longe dele e ao se virar percebeu que ele estava rindo. Rindo de verdade, com um sorriso largo e um som alegre. Ragnar estava mais atrás com as mãos nos bolsos da calça.
- Você queria me matar de susto, seu imbecil – gritou com o elfo que a prendera, seu coração batia a galopes com a intensidade do susto.
Ele parou de dar risada, mas um leve sorriso divertido ainda brincava em seus lábios quando ele fixou os olhos nela.
Percebera nesse exato momento como ele era lindo. Tinha a pele negra e olhos azuis, mas não como os de Ragnar, cristalinos e límpidos, era como o mar cintilante. Os cabelos eram escuros com cachos arredondados que caiam até a altura dos ombros. Ele estava nu da cintura para cima, e na parte de baixo vestia uma calça de linho quase transparente.
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- Eu disse que ela era raivosa – disse Ragnar com indiferença.
- Eu achei encantador – disse o macho chamado Ocana. – Desculpe por isso, Aruna. Não resisti a tentação de ouvi-la gritar. Gosto de ouvir fêmeas gritando, sabe.
Ele falava com um sorriso encantador e uma voz intimista e afetada. Ele era charmoso e sexy ela percebeu com certa surpresa.
- Se fizer isso de novo, eu te chuto com toda a força – ameaçou ela, olhando feio para ele.
- Pequenina, dessa forma vou me sentir ainda mais tentado a fazê-lo – ele sorriu. Os dentes eram alinhados e brancos como perolas. As presas eram mais discretas do que a dos outros. – Permita que eu me apresente – ele esticou a mão para ela, que aceitou depois de um tempo. – Sou Ocana, lorde do Verão.
Ele plantou um beijo casto no dorso da sua mão.
- Aruna, sou a humana raivosa – disse para alfinetar Ragnar. Ele fingiu não escutar e ficou olhando para o horizonte.
- Gosto de fêmeas raivosas – ele disse.
- Pare de flertar com ela, Ocana – instruiu Ragnar com calma.
Aruna não gostou disso. Ela quem deveria aceitar ou recusar os flertes de alguém. Por isso olhou para o lorde com doçura e disse:
- Esse lugar é lindo, Ocana.
- Obrigado. Gostaria de conhecer o restante? A laguna é só o começo.
- Eu adoraria – disse com sinceridade. Ragnar não esboçou reação nenhuma. – Me deixe falar com meu guia por um instante, sim?
