Vídeos e explicações

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Pov. Marinette

- Espera, o Ivan?!- a minha mãe exclama pelo telemóvel conforme eu subo as escadas para o meu quarto com uma das camisolas do Adrien nas mãos.

Esquecemo-nos de arrumar as malas dele ontem, e as camisolas estavam todas dobradas dentro da mochila e alguns dos livros que trouxe no saco tinham algumas páginas dobradas, além de um dos porta-lápis abriram-se e havia canetas por toda a parte.

Por isso, estou a levar tudo para o meu quarto, para tentar organizar tudo enquanto ele está fora.

E também me lembrei de ligar aos meus pais, Por causa de tudo o que aconteceu, não tive tempo para lhes ligar, e imaginem o espanto deles quando me ouviram a contar em detalhes tudo o que aconteceu esta manhã na escola com o Ivan depois de 2 dias sem nos falarmos.

- Sim, mãe- rio-me enquanto aperto a bochecha contra o meu ombro, prendendo assim o meu telemóvel entre eles para conseguir dobrar meticulosamente a camisola do Adrien- Cheguei à escola hoje e ele...estava lá.

Oiço a minha mãe gaguejar e soprar um riso chocado. No fundo, oiço o meu pai fazer o mesmo enquanto diz algo que não percebo muito bem.

Guardo a camisola dentro da mochila e seguro o telemóvel outra vez com uma das mãos, depois caminho devagar pelo quarto e desço para a sala outra vez para ir buscar a última camisola de pijama que deixei lá em baixo.

- Marinette, querida- a voz da minha mãe é serena e eu sinto o meu sorriso aumentar com isso- Isso é tão bom. Eu e o pai queríamos estar aí contigo, deves estar tão feliz.

- Eu estou, mamã- respondo baixinho, apertando com mais força a camisola do Adrien na minha mão- Tenho saudades vossas.

- Nós também- diz ela alegra, mas depois oiço-a suspirar antes de dizer algo em chinês que tento perceber mas...nah- A tua tia está-me a chamar, ela reservou-nos uma mesa nalgum restaurante e nós temos de ir. Já sabes como ela é...

- Sim, claro. Tudo bem, mãe. Divirtam-se...

- Obrigada, querida. Adoro-te.

- Eu também. Manda um beijo ao pai por mim, ok?

Desligo, parada no meio das escadas e, quando continuo a subir, pouso o telemóvel na minha mesa de trabalho. Começo a dobrar a camisola mas ergo o olhar e um sorriso demasiado grande forma-se no meu rosto ao ver o Adrien, vestido de Chat Noir, encostado à parede de forma calma e casual. Já tem os olhos pousados em mim e sorri de maneira preguiçosa, quase cansada.

- Ei- digo-lhe, pousando o pijama em cima do divã onde as restantes coisas também estão- Como é que correram as coisas com o teu pai?

Ele não responde, apenas bufa pesadamente e caminha até as suas pernas roçarem no divã, ficando de frente para mim e guardando a própria camisola na própria mochila.

O seu sorriso parece menor que antes mesmo que ainda esteja ali, mas parece desaparecer cada vez mais, devagarinho.

Sinto os músculos do meu rosto alterarem a minha expressão quase que sozinho, e a minha mão viaja até ao ombro dele logo a seguir. Mas ele continua a não olhar para mim, por isso rastejo a mão até ao seu rosto e aproximo-me só um pouco mais dele, apenas o suficiente até ele finalmente me encarar.

Por algum motivo, ainda não me habituei a vê-lo assim, especialmente aos seus olhos verde esmeralda.

O azul oceânico do seu antigo olhar atormentou-me durante tanto tempo que agora custa-me a crer que...que ele é ele. O Adrien. O Chat Noir.

E custa-me ainda mais ver toda esta tristeza refletida nele.

- Foi assim tão mau?

Ele expira pesadamente e inclina a cabeça em direção à minha mão, encaixando-a perfeitamente na minha palma.

O Monstro e a Joaninha | [MIRACULOUS AU]Место, где живут истории. Откройте их для себя