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Então talvez Klaus não seja tão ruim

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Então talvez Klaus não seja tão ruim.

Ele ainda é ruim. Definitivamente acima da média na escala dos babacas. Só que não tão ruim quanto Caroline pensava anteriormente. Não é o pior. Ou talvez ele seja exatamente tão ruim quanto ela pensava, mas existem alguns fatores atenuantes não detectados anteriormente.

Caroline está disposta a aceitar - embora com relutância - que ela pode ter sido muito rápida em julgar, o que é uma grande concessão vinda dela. Caroline Forbes não admite errar facilmente. Principalmente porque ela nunca está errada. Exceto, aparentemente, desta vez.

Talvez.

Sim, ok, foi muito ruim. As pessoas não têm segundas chances depois desse tipo de começo. Ou pelo menos não deveriam. Algumas coisas únicas ficam com você. Como assassinato, fraude fiscal, traição e pegar alguém na frente da mulher que você queria levar pra casa. Todas essas são circunstâncias que definem a vida. Mas talvez haja mais em Klaus, afinal. Talvez um idiota mulherengo não seja tudo o que ele é.

Ele pode ser engraçado, embora de uma forma muito arrogante e condescendente. Ele é um ótimo guia turístico, conhece todos os pontos de referência e sua história sombria, as histórias interessantes, os detalhes que a maioria das pessoas não se importaria em aprender. Ele tem uma bela voz. E o sotaque – você não pode combinar aquela voz com aquele sotaque, é simplesmente ridículo. Ela poderia ouvi-lo falar por horas, mesmo quando ele dizia as coisas mais absurdas, o que geralmente é o caso. Não parece justo.

Ele pode ser muito sensível - para um idiota, claro. A maneira como ele fala sobre suas paixões, seus hobbies, a cidade onde fez morada. Arte. Há profundidade e sentimento reais ali, e ele é tão articulado. Não a entenda mal, Klaus é arrogante, egocêntrico e muito narcisista, mas definitivamente não superficial. Há substância por baixo de todo esse ego. Alguma substância, pelo menos. Mais do que a maioria dos caras com quem ela sai no Tinder, de qualquer maneira. O que não é exatamente um elogio para ele - qualquer ser humano com duas células cerebrais já está em uma classificação mais elevada do que o tipo de idiota que ela tende a atrair.

Ele foi gentil com ela quando ela praticamente estava - se não exatamente - no fundo do poço, porque ela acha que já esteve pior, então muito perto disso. Ele foi muito legal. Ele se lembrou do aniversário do falecimento da mãe dela, embora não tivesse motivo para isso. Ele apareceu. Ele ficou com ela. Ele se tornou vulnerável e compreensível e, pela primeira vez desde a morte de sua mãe, Caroline sentiu como se alguém a entendesse.

Era difícil carregar toda aquela dor dentro dela e não poder fazer nada a respeito. Sem saber se iria chegar um dia em que não irá doer mais. E a dor pode ser tão isolante.

E então Klaus a viu. Ele viu através das camadas que ela construía ao seu redor como um escudo, viu-a sangrando, e foi seu bálsamo.

Klaus estava lá e, de repente, Caroline não se sentia mais tão sozinha.

Desde a revelação de Tyler sobre seu estúpido código, Caroline tem repassado todas as interações deles em sua cabeça, vendo tudo sob uma nova luz. Todos aqueles momentos em que Klaus se afastou como se tivesse mudado de ideia no último segundo, justamente quando ela pensava que ele finalmente iria agir.

Naquela época ela pensava que estava louca. Tão desesperada que confundiu os sinais, atraindo o interesse de Klaus para algo diferente do que realmente era. E o tempo todo.. Está começando a parecer que talvez...

Talvez ela tenha sido um pouco injusta com ele.

— Então você e Klaus…

— O quê? – Caroline vira o rosto para Liv como se tivesse levado um tapa. — Do que você está falando? Não existe eu e Klaus, eu não estava olhando para o Klaus, ok?

Ela estava olhando para o Klaus.

Ele está desenhando algo perto da fonte no quintal dos Lockwood enquanto Tyler fica falando sem parar sobre algo próximo a ele, e ela pode ver a linha de concentração entre as sobrancelhas de Klaus e a maneira como ele franze seus estúpidos lábios só um pouquinho, e é uma distração. Ela não queria olhar, mas é difícil não olhar.

— Jesus, relaxa – diz Liv — Eu não estava acusando você de olhar para ele.

— Porque eu não estava. Eu só estava pensando.

— Bom para você. Eu só ia perguntar…

– Klaus e eu não combinamos na mesma frase.

Liv faz uma careta estranha e quase cômica que seria horrível para qualquer pessoa normal, mas de alguma forma ela consegue ser bonita fazendo-a

— Ok… – ela fala lentamente, e o ceticismo deixa Caroline à flor da pele. — A negação está um pouco exagerada aqui, mas tudo bem, eu acho.

— Eu odeio Klaus. Temos pessoas em comum. É isso. É onde começamos e terminamos.

— Então isso é um não para colocar vocês dois na mesma mesa.

— Por que você faria isso comigo?

— Vocês dois são amigos do Tyler, vocês dois são solteiros, nenhum de vocês tem um acompanhante

— Sim, entendi, nós dois somos perdedores, não há necessidade de esfregar isso na minha cara – Carolina resmunga.

— Para que conste, eu não disse nada sobre perdedores. Só pensei que vocês dois se davam bem. Pelo menos Klaus parece gostar de você.

Ela solta uma risada que talvez seja um pouco demais, prontamente ignorando a pequena vibração na boca do estômago.

— Não. Nós temos um karma ruim, ou algo assim. É mútuo.

— Não, não é. Acredite em mim, ele gosta de você. Conheço Klaus há anos. É muito fácil saber.

— Como assim?

— Bem, porque ele odeia todo mundo. Está sendo um pesadelo encontrar um lugar para sentá-lo, e ele disse especificamente que não quer sentar-se com Carol, que é a fã número um dele.

— Quase me sinto mal por ele. Quase.

— Mal o suficiente para dividir uma mesa ou...?

Ela apenas lança um olhar penetrante para Liv.

— Leia meu rosto. O que você acha?

Liv suspira.

— Tudo bem. Não importa, vou resolver.

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1015 palavras. <3
espero que gostem

tangled hearts | au klaroline Onde histórias criam vida. Descubra agora