𝟒𝟗✭𝔪𝔬𝔱𝔥𝔢𝔯

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Faz dez minutos que eu estou parada olhando para o cemitério, as lembranças horríveis passam pela minha cabeça, a polícia os milhões de reportes e Jammer

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Faz dez minutos que eu estou parada olhando para o cemitério, as lembranças horríveis passam pela minha cabeça, a polícia os milhões de reportes e Jammer.

Mantido Jammer.

Só de pensar nele uma raiva anormal cresce dentro do meu peito, ele me marcou, de todas as formas possíveis.

Mas agora é minha vez de dar o troco.

Toda a minha atenção é tomada por uma mulher loira, ela sai do cemitério carregando um grande buquê de rosas brancas, que distribui para todos na rua, em específico crianças que voa até ela correndo e até mesmo idosos.

Eu desligo o carro e vou até ela, nem ao menos olho antes de atravessar a rua. Quando ela me vê sorri, como se já soubesse, me dá uma também, e sinaliza com a cabeça para um prédio a poucos metros de distância.

Assim que vejo a flor em.minas maos noto que ela me deu algo a mais, um pequeno envelope, eu atravesso novamente a rua enquanto vou em direção ao prédio, quando abro o envelope vejo uma sequência de números.

Na minha frente há uma pequena entrada escondida, um portão de ferro com fechadura automática, sem pensar digito a sequência de números do cartão na tela e os portões destrancam.

Eu não sei muito bem o que fazer, continuo com a rosa em mãos e entro no lugar devagar.

O lugar é pequeno e só uma possibilidade para que eu suba, e é por uma escada tenebrosa.

Eu engulo sigo e aperto o papel nas minhas mãos, sigo em frente enquanto que com a outra mão vou tateando a parede em uma tentativa de não cair.

Eu subo devagar e paro quando meus pés não acham outro degrau.

-Olá?- Minha voz sai mais baixa do que eu esperava.

O ambiente tem cheiro de mofo e a luz é inexistente, então me pergunto. Quando que eu tive a brilhante ideia de vir encontrar alguém que nem ao menos sei se é a minha mãe, em um lugar perfeito para um sequestro, sem luz e sem a minha arma?

Não consigo responder a minha própria pergunta, as luzes se ligam e meus olhos ardem com a claridade, fazendo eu ser forçada a fechar eles.

-Filha?- Uma voz vem de longe, eu abro os olhos e me dou conta que estou em uma espécie de apartamento, não mobiliado e aparentemente sem nenhuma saída de ar.

Uma figura encapuzada me encara no final do corredor, eu pulo de susto com a cena quase de filme de terror, mas não deixo transparecer.

Então a coisa abaixa o capuz, e eu vejo, vejo uma mulher linda, exatamente como a que estava pintada no quadro.

Cabelos castanhos e olhos verdes, igualzinha a mim.

Eu tampouco minha boca com as mãos, o sentimento é indescritível, meu coração nunca bateu tão rápido em toda a minha vida. Meu peito se enche de um sentimento indescritível, é como se um pedaço que nem sabia que faltava dentro de mim se preenchesse.

-Meu amor...- A sua voz é doce e suave. Ela abre os bancos e vem se aproximando de mim lentamente.

Se isso for uma armadilha, eu já estou morta.

Corro em sua direção e a abraço, ela faz o mesmo, nós choramos.

Eu e minha mãe choramos juntas.

Ela então se separa de mim, ela sorri com os olhos avermelhados antes de acariciar meus cabelos.

- Você pintou, está tão linda- Ela chora mais uma vez.- Você é só uma garotinha, como ele tem coragem?- Então ela cai de joelhos diante de mim.

Eu tento segurar seu corpo, mas ela amolece, cai no chão e escora a cabeça na parede.

- Ele quem, mãe?- Minha mãe.

Ela me olha, como se o que fosse dizer agora doesse.

- Jammer, não acredite em nada do que ele disser- Seu soluços ficam mais contínuos.

- Então ele não é meu pai?- Essa com certeza é a pergunta do milhão.

Madeline me olha aterrorizada.

- Ele te disse isso? Mas é claro que não, você nunca será filha daquele monstro- Ela segura meu rosto com as mãos- Você é a minha filhinha, e tem até o nariz do pai, o pai de quem você herdou o sobrenome, Héliot.- Ela parece deslumbrada.

- Mãe, porque você está aqui, nessas condições- eu tenho tantas, tantas perguntas.

- Preste muitíssima atenção no que eu vou te contar, e não conte a mais ninguém, nossas vidas então em risco amor. Jammer é um espião do FBI, eu e ele nos conhecemos em uma conferência e... não preciso dar muitos detalhes, só que ele era abusivo, muito, eu sei que ele te ligou uma vez, e te mostrou o áudio, ele é maluco, um completo psicopata- ela se levanta e limpa as mãos na calça.- Ele tentou me atar, mais de uma vez, eu não tive escolha, a agência não é e nunca foi um lugar seguro. Eu precisei ir, precisei inventar a minha morte e não pode te levar, ah como eu tentei.

Então ela se levanta e puxa um pano da parede, revelando um quadro, com imagens de tudo, absolutamente tudo, desde o início. Eu na casa da minha avó, na agência, no cemitério , no hospital em todos os lugares.

- Eu não podia te perder de novo- Ela me encara- Jammer não parou de tentar te matar, fui eu quem te salvou em mais de uma vez, a agência não é segura, meu amor.

Eu me levanto com as pernas tremendo, vou até ela e vejo o quadro. Então ela me olha e sorri e cola nossas testas.

- Nada vai acontecer com você, amor. - então ela me encara- Eu preciso que você vá, Jammer tem informantes em toda a parte, eu sei que é muito para sua cabeça, mas volte aqui amanhã, no mesmo horário, eu prometo que vai entender um pouco melhor a situação.

Eu aceno com a cabeça e ela deixa um beijo na minha testa.

- Eu te amo, filha.

- Eu te amo, filha

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Sweet Revenge - LilithWhere stories live. Discover now