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Eu desconfiava que tudo que acontecia comigo era o carma por minhas escolhas nada boas

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Eu desconfiava que tudo que acontecia comigo era o carma por minhas escolhas nada boas. Era a única explicação para as coisas parecerem tomarem sempre rumos imprevisíveis, e olha que a minha vida nunca foi marcada com tantos imprevistos assim.

E nota, nunca havia visto muita semelhança entre Enrique e a sua mãe, pelo menos não até agora. Posso ver o vislumbre, a irritação flamejante nos olhos de ambos me queimando como se eu fosse uma pecadora.

O clima na sala estava tenso, e eu podia sentir o peso das acusações no ar. Encarei Enrique mais uma vez, tentando ler os seus olhos, mas havia apenas raiva e decepção refletidos ali. Elisabeth estava visivelmente furiosa, e eu sabia que teria que escolher as minhas palavras com cuidado.

— Oh, a reunião terminou rápido. — Edward foi o primeiro a se pronunciar, e com um humor que não combinava nenhum pouco com a tensão no ambiente, mas ao menos foi o suficiente para eles desviarem o olhar de mim e permitirem-me respirar um pouco.

Eu precisava de tempo para racionar tudo. Havia duas opções: ou Enrique acharia que eu estaria o empurrando um bebê que nem era seu, ou ele colocaria todas as cartas na mesa, que eu não estava nenhum pouco disposta a jogar.

Talvez preferia a primeira opção.

— Quero explicações, e espero de facto elas sejam boas. — Elisabeth começou já adentro completamente na sala e fechando a porta, se aproximando de nós. — Quando questionei sobre o seu noivo, disse-me que eu não conhecia ele e que era fora do nosso ambiente de trabalho, agora os dois fazem-me passar por idiota com essa história toda?

— Bem, tecnicamente não foi isso que eu disse, eu havia sido clara em dizer que o conheci fora do trabalho, e que ele não era da área de Arquitetura, já que o Sr. Portman é empreiteiro. — Falei assim que encontrei a minha voz. — E achei melhor não mencionar exatamente quem era para não comprometer o nosso trabalho.

— Oh, e achou melhor mostrar para toda a empresa justamente hoje? — Elisabeth falou tão alto que quase me assemelhava com um grito. Em sete anos que a conheço, nunca havia ela surtar como hoje.

E eu não podia inteiramente culpa-lá.

— Elisabeth. — Edward então voltou a se pronunciar, chamando a sua atenção. — Non c'è bisogno di urlare (Não há necessidade de gritar). Milena não tem culpa de absolutamente nada.

— Oh, ela tem, e muita. — Enrique que até então estava calado, decidiu falar também. — Fingindo e mentindo para todo, com que necessidade? Eu achava que a conhecia, Milena — Acusou ele.

Isso atingiu-me diretamente no peito que me obrigou a levantar abruptamente, o que fez a minha pressão baixar de forma repentina.

— Eu posso explicar...

— Explicar o quê? Que está grávida e não teve coragem de contar para todo mundo que está noiva do Edward? — Enrique disse de forma rancorosa, cruzando os braços.

A rendição do italiano  - Spin Off: ChefeWhere stories live. Discover now