A carta

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Tinha finalmente chegado meu aniversário de onze anos e finalmente eu receberia minha carta de Hogwarts, esperei por anos por esse momento e tinha chegado. Eu passava todas as manhãs na janela esperando a coruja chegar com a minha tão sonhada carta. 

- Mamãe será que hoje será o grande dia? - perguntei a minha mãe. 

- Não tenho como te responder isso, minha querida. - respondeu ela com um sorriso. - venha para mesa, está na hora do almoço.

Fui correndo para mesa, meu pai já estava lá nos esperando. Mamãe serviu meu prato, era minha comida favorita, lasanha de carne. Estávamos nós três comendo e conversando até que uma coruja enorme atravessa a janela e pousa no meio da mesa, ela estava com a minha carta no bico. Me levantei e peguei a carta e sai correndo pela sala com a maior felicidade do mundo, subi no sofá e perdi a conta de quantos saltos eu dei. Meu maior sonho estava se realizando.

- É melhor parar de pular Anne, se você se machucar, como que vai para a escola. - Disse minha mãe.

Desci do sofá e voltei para a mesa, perdi até a fome e meu prato preferido se tornou sem graça.

O despertador tocou na manhã tão esperada em que eu iria para Hogwarts, e eu saltei da cama com uma mistura de nervosismo e excitação. Era o começo de uma nova fase na minha vida. Eu já tinha minha mala pronta, cheia de todos os meus materiais e todas as expectativas de uma bruxinha prestes a embarcar em uma jornada desconhecida.

O café da manhã foi uma refeição rápida e nervosa, mal conseguia saborear a comida. Meus pais estavam animados por mim, e suas palavras encorajadoras eram como um impulso de confiança antes de enfrentar o desconhecido.

Ao chegar à estação de trem na plataforma 9 3⁄4, meu coração batia forte. Olhei para os trilhos e pensei na jornada que estava prestes a começar. O som do apito distante anunciando a chegada do trem aumentou a minha ansiedade. As portas se abriram, me despedi de meus pais e entrei no vagão destinado aos alunos do primeiro ano.

Fiquei por alguns minutos procurando uma cabine com espaço vago para mim sentar, não estava conseguindo encontrar nada, tinha começado achar que iria ter que viajar sentada no chão do corredor, até que encontrei uma cabine que tinham apenas dois garotos, um ruivo e um de cabelo castanho.

- Oi pessoal, posso ficar aqui com vocês? Está tudo cheio.

- Sim, claro. - Respondeu o garoto de cabelos castanhos.

- Qual o nome de vocês? - perguntei.

- Eu sou Rony Weasley e ele é Harry Potter.

- O que? Harry Potter de verdade, não acredito - Sorri.

- Sim, sou eu, muito prazer. - disse ele estendendo a mão para mim.

Passamos a maior parte do tempo conversando e compartilhando doces. Ríamos piadas, trocamos histórias e, sem perceber, criamos laços que pareciam durar muito mais do que apenas aquela viagem.

A porta da cabine se abriu e uma garota com uma expressão curiosa entrou. Ela se apresentou como Hermione e, por um breve instante, trocamos algumas palavras, mas logo ela saiu e nos deixou sozinhos novamente.

Nós chegamos na estação e enquanto descíamos do trem, fomos guiados por um homem gigante. Esse gigante se apresentou como Hagrid. Ele nos reuniu em um grupo, e eu e meus novos amigos nos juntamos a ele, curiosos para descobrir o que estava por vir.

Hagrid nos conduziu pelo caminho até a entrada de Hogwarts. À medida que nos aproximávamos, uma professora alta, com um chapéu pontudo, aguardava para nos dar as boas-vindas. Ela explicou com entusiasmo o funcionamento da seleção das casas.

Formamos uma fila e, um a um, fomos chamados para sentar em um banquinho colocado no centro do Salão. O Chapéu Seletor esperava pacientemente para tomar sua decisão. À medida que cada aluno colocava o chapéu na cabeça, sussurros e murmúrios preenchiam o ar enquanto todos aguardavam a revelação.

Hermione, Rony e Harry foram para Grifinória e torci para que eu fosse para ela também, queria ficar junto dos meus três novos amigos. Eu fui uma das últimas a serem chamadas, estava muito nervosa, me sentei no banco e a professora colocou o chapéu na minha cabeça. Assim que ela colocou o chapéu deu um grito ensurdecedor.

- Mas o que é isso! - Exclamou ele - Nunca tive tantas dúvidas, acho que não sei o que fazer com você!!

Me segurei para não começar a chorar na frente de todos e virar motivo de piada logo no primeiro dia de aula.

- Melhor ir para... Grifinória.

Sorri aliviada, levantei e corri para mesa da Grifinória e me sentei ao lado de meus amigos.

O nosso primeiro ano em Hogwarts foi além das expectativas. Harry, Rony, Hermione e eu rapidamente nos tornamos inseparáveis, formando um grupo unido de amigos. Juntos, embarcamos em inúmeras aventuras, explorando os corredores secretos do castelo, desvendando mistérios e enfrentando desafios mágicos. Nossa amizade aumentava em momentos de risos e perigos compartilhados. As travessuras que aprontamos nos corredores de Hogwarts eram tão memoráveis quanto as lições mágicas que aprendemos. Mesmo quando nossas vidas estavam em risco, enfrentamos os desafios com coragem e lealdade, confiando uns nos outros para superar as adversidades. Uma das experiências mais marcantes do nosso primeiro ano foi quando, juntos, enfrentamos um professor que estava praticamente possuído por Voldemort. A escola estava em perigo, e o perigo pairava sobre nós. Contudo, com a coragem que só a verdadeira amizade pode proporcionar, unimos nossos talentos e habilidades mágicas para enfrentar a ameaça.

O fim do primeiro ano letivo em Hogwarts trouxe uma mistura de emoções. As amizades que cultivamos, as lições aprendidas e as aventuras vividas tornaram aquele ano inesquecível. Era hora de nos despedirmos temporariamente e voltarmos para nossas casas durante as férias.

Quando eu estava na estação de trem esperando para que pudesse voltar para casa, Draco Malfoy esbarrou em mim. Seu olhar sugeria que era proposital, mas o ignorei. Seu comportamento era insuportável, mas eu decidi não deixar que isso me afetasse.

Ao chegar em casa contei para meus pais todas as experiências que vivi, a expressão deles era de orgulho e felicidade ao ouvir sobre minhas histórias.

Durante as férias troquei cartas com meus amigos, fui na casa de Rony algumas vezes junto com Hermione, Harry infelizmente não podia ir com a gente, pois morava com seus tios trouxas e eles não deixavam o garoto fazer nada, era uma pena, pois era muito divertido ir na casa de Rony, a família dele era muito legal.

AmaldiçoadaOnde histórias criam vida. Descubra agora