↻ 𝟎𝟎𝟗

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         Hoje fiz meu primeiro trabalho após o nascimento da Aurora, também foi a primeira vez que o Gu ficou sozinho com a bebê

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         Hoje fiz meu primeiro trabalho após o nascimento da Aurora, também foi a primeira vez que o Gu ficou sozinho com a bebê. Passei o dia fora de casa, me remoendo de saudades do meu pacotinho, precisei acordar muito cedo e nem consegui dar um beijinho nela.

Hoje de madrugada tirei um pouco de leite e congelei tudo, deixando o trabalho mais fácil 'pro Gu, que também teria um dia atarefado, mas com a bebê em seu encalço.

Estava sendo diferente, agora teríamos que mover as agendas e alguns compromissos para deixar confortável e adaptado 'pra nossa filha.

Estou na porta do estúdio esperando meu marido chegar, ele avisou que me buscaria fazem uns vinte minutos, está desabando uma tempestade lá fora. Enviei uma mensagem 'pro Gu, percebendo que teria que esperar mais ainda.

Após alguns minutos, finalmente vejo nosso carro parando em frente ao estúdio, caminho em passos rápidos até o carro, abrindo a porta do banco de carona e entrando.

— oi, amor. — selo nossos lábios, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. — seus pais estavam em casa?

— não, meu pai foi 'pra Minas acompanhar o Luan num show e minha mãe saiu com umas amigas.

— ah, por isso 'cê trouxe ela. — ele assente com a cabeça, olho para trás, vendo pelo reflexo do espelho o rostinho da minha pequena, as bochechas gordinhas espremidas. Ai, que amor.

— conversamos sobre hoje quando chegarmos em casa, é porque agora estou indo devagarinho 'pra não acordar a bebê e tentando fazer o mínimo de barulho.

— tudo bem, eu entendi o esquema. — solto uma risadinha, posicionando minha mão em sua coxa e pegando meu celular.

O caminho até nossa casa foi de fato silencioso, o Gustavo estava dando a vida para não acordar a Aurora, sabemos que seria difícil fazer ela dormir de novo, ainda mais se percebesse a tempestade monstruosa que desaba lá fora.

— vou colocar ela no quarto e a gente janta, pode ser? — assinto com um sorrisinho no rosto, vou para cozinha, esperando o Gu.

Prendo meu cabelo em um coque, estava levemente molhado, inclusive, preciso lavar ele hoje.

Ainda bem que instalamos isolamento acústico assim que engravidei, não fará muito barulho quando eu for secar cabelo.

— quem deixa aquele patinho vagabundo no meio do quarto?

— você né, eu passei o dia fora.

— acordou minha pequena. — diz caminhando até as panelas, pegando dois pratos no armário e servindo para nós dois.

— a Aurora nem gosta dele.

— não mesmo.

— me conta como foi o dia de vocês, ela sentiu minha falta?

— ela chorou um pouquinho porque percebeu sua ausência.

— ai, também fiquei morrendo de saudade dela.

— como vamos nos organizar quando a rotina dos shows voltarem, hein?

— nossa agendas serão bem mais reduzidas, a 'Rora pode ir comigo porque depende de mim 'pra se alimentar, meu pai vai estar sempre me acompanhando e pode me ajudar. — Gu assente, terminando de mastigar.

— ótimo.

— mas eu só me preocupo porque essa vida na estrada vai estressar muito ela.

— tem os meus pais aqui perto, nem sempre é necessário levá-la.

— tem razão, mas não precisamos pensar nisso agora, né? Falta bastante tempo ainda.

— isso, quando terminarmos de jantar eu posso até te acompanhar no banho. — abro um sorriso, assentindo com a cabeça, recebendo um selinho do meu marido.

Quando terminamos, ajudei o Gu a lavar a louça e deixar a cozinha organizada, fomos para o nosso quarto, ele me ajudou a lavar meu cabelo e usamos esse tempinho para se aproveitar, saciar um desejo que já carregamos há um bom tempo.

Obviamente fiquei com medo da Aurora acordar, portanto levei a babá eletrônica para dentro do banheiro e por mais que tivesse embriagada de prazer, tentava não tirar minha atenção dali.

Agora o Gu está encostado no batente da porta, me observando secar meu cabelo em frente ao espelho do banheiro, quando dou umas pausas, ele continua conversando comigo, de certa forma é engraçado.

—... e aí ela puxou meu cabelo, 'cê acredita? — solto uma risadinha, pegando o óleo reparador no armário e passando em meu cabelo.

— nossa menina está ficando cada vez mais atentada, não é?

— está puxando você, Ana Flávia.

— seu cu, Gustavo! — o olho irritada pelo reflexo do espelho, deixo o secador em cima da pia, passando pelo Gustavo.

— ué, não 'tô mentindo! Ela pode ser igual a mim na aparência, mas o espírito de criança atentada é todo seu!

— cala a boca. — deito na cama, me cobrindo até a cintura, esperando meu marido. — não vai deitar?

— A 'Rora acordou. — suspiro fundo, já me ajeitando na cama, são quase uma da manhã e eu achando que ela dormiria a noite inteira.

Sorri ao ver o Gu entrar no quarto com a minha bebê em seus braços, seu rostinho todo amassado e os fios de cabelo todos arrepiados.

— e esse cabelo, princesa? — falo com voz de bebê, pegando ela em meu colo, limpo as lágrimas que ainda restavam em seu rostinho, beijando sua bochecha.

A posiciono de maneira confortável em meu colo, abaixando a alça fina do meu pijama, guiando a boca da pequena até meu seio, ajeito seu cabelo, beijando sua cabeça, Gu estava ao meu lado, observando admirado a garotinha em meu colo.

Fomos dormir bem tarde, depois da 'Rora mamar eu fiquei por um tempinho com ela no colo, ninando-a pelo quarto, além de estar fazendo ela arrotar a bebê estava animada demais para dormir tão facilmente.

E no final, dormimos agarradinhos, um pouco cansados do dia longo que havia sido hoje, mas me sentia realizada, apesar de todo cansaço, ter a visão do rosto angelical da minha pequena melhora tudo.

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𝗻𝗼𝘁𝗮𝘀 𝗱𝗮 𝗺𝗮𝘁𝗲𝗿𝗻𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲, 𝒎𝒊𝒐𝒕𝒆𝒍𝒂Onde histórias criam vida. Descubra agora