Capitulo 3 - "Escorregou"

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Esta história tem intuito de ver como casal os personagens, não os streamers! ❗️

Tenha uma ótima leitura!

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Cell -

Cell acordou com o sol em seu rosto, se virando na cama, não querendo levantar. Se pegou pensando no moreno que agora dorme na mesma cela que si, ergueu um pouco sua cabeça e Roier não estava mais lá. Decidiu se levantar e dar uma esticada nas pernas, saindo de sua cela foi em direção ao banheiro, que na verdade ele não gostava nem um pouco.

No caminho pode perceber alguns outros detentos indo rápido para o banheiro, causando um pouco de tumulto na entrada do lugar, o loiro sacou sua faca e colocou a cabeça pra dentro, passando pelas pessoas que tinham o mesmo objetivo que ele, ver o que estava rolando. Ao conseguir entrar encostou o ombro no batente do pequeno portal que dividia as pias e os banheiros de cabine, além dos mictórios para os chuveiros. Ali pode ver cinco ou seis homens concentrados em uma parte so do chuveiro e o resto todo assistindo. Os homens falavam coisas como "Ah, abaixa aí pra pegar, docinho", "A gente quer ver como você é lindo", "Se for se abaixar já aproveita e fica ajoelhado pra fazer isso aqui em mim" o homem fez um sinal empurrando a língua contra a bochecha, fazendo todos os outros ali perto rirem.

— Ha, ha, como vocês são engraçados.. — Finalmente o loiro pode ouvir a voz do moreno que dentre os risos parecia o mais sério dos homens ali. Pegou a toalha branca e se pôs a amarra-la em sua cintura.

— Nem sabe se prestar pra ser uma puta.. foi por isso mesmo que Natalan te traiu, princesa — Um homem disse ao fundo, fazendo com que os outros se afastassem para que aquele pudesse passar

O loiro viu Roier se contorcer em ódio, cuspindo no homem que havia o dito aquilo. Natalan? quem era aquele e por que parecia se fazer tão importante a Roier? Cell viu o moreno ser empurrado para trás batendo com força na parede fria do banheiro, golpes e mais golpes foram proferidos até que o mexicano estivesse no chão, com as mãos sobre a barriga e um filete de sangue já escorrendo de sua boca. O louro observou Roier cair no chão e o olhar nos olhos devagar. Pensou se deveria ajudar o companheiro de cela, mas a verdade é que nem ao menos estava preocupado com aquilo. As orbes em um tom castanho avermelhado estavam desesperadas, e muitas lágrimas rolavam pelo rosto do mexicano que parecia suplicar por ajuda. Cell o encarou e deu um sorriso ladino antes de deixar o banheiro esbarrando em todas aquelas pessoas empolgadas com a briga.

...

Já era mais de meio dia e o almoço estava sendo servido. Cell se juntou aos demais detentos na fila e sentiu alguém se juntar atrás de si, sacando sua faca e ficando em defesa, se virando brutalmente para trás. Era Forever.

— Uou, sou só eu, amigão — O louro de tranças apoiou seu antebraço na mão do menor tentando se defender de alguma forma. — O que houve? seus olhos.. — Forever perguntou fazendo o loiro sacudir um pouco a cabeça e guardar a faca.

— Não estou tendo um bom dia, só isso — Cell falou com pouco ânimo, se aproximando das bandejas de merenda.

— Entendo.. — Um silêncio estranho se instalou entre os dois, algo que não era muito comum de acontecer. Forever também parecia estranho. — Ahm.. você soube da briga? — O trançado perguntou fazendo pouco contato visual com o loiro ao seu lado que já tinha seu prato sendo servido.

— Sim, eu soube — Cell deu de ombros, lembrando vagamente da briga no banheiro.. os olhos de Roier. — Eu tava lá — Falou pensativo, realmente o de olhos azuis não estava em posição alguma de defender o mexicano.

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