Aquele encanto por ti

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- Obrigada pela coelhinha, eu amei!

- O que vai fazer com ela quando viajar?

- A minha mãe vem todos os dias aqui cuidar da casa, abrir as janelas, ela cuida da Belinha para mim.

- Eu posso te ajudar também.

- Você? Não deve ter tempo nem para respirar.

- Mas para pessoas importantes eu encontro tempo para o que desejar.

- Até outro dia, amanhã eu viajo e só volto no final de semana.

- Podemos marcar um jantar?

- Não sei, eu chego muito cansada.

- Prometo te levar à um lugar especial.

- Vou pensar e depois nos falamos.

- Está certo! Vou pensar em você durante esses dias.

- Pensar em mim?

- Eu posso?

- Vou entrar, a Belinha pode estar precisando de mim.

Ele olhou para Isa com uma vontade de abraçá-la, mas escondeu o seu desejo.
Entrou no carro e foi embora, muito mais encantado por ela do que quando chegou.

- Que mulher diferente, ela é segura e ao mesmo tempo tão meiga e sozinha. Queria tanto protegê-la.

Por ele teria ficado ao lado de Isa e passado o dia todo em frente aquela lareira. Queria tê-la em seus braços e poder abraçá-la como nunca fez com nenhuma mulher.

- Até que o Tomy é legal, mas não quero me envolver com ninguém, em todas as vezes me machuquei. - disse Isa.

Ela pegou a Belinha no colo e a levou para o quarto. Precisava arrumar as malas para mais uma viagem.

- Belinha, você é muito fofa! Ele sabe como agradar uma mulher, coelhos são encantadores.

O dia amanheceu e Isa partiu para o aeroporto, seu avião decolava em quarenta minutos.

- Preciso de um táxi, vou me atrasar. - falou Isa.

Um carro buzinava em sua direção.

- Quer carona? Te levo rapidinho. - falou uma voz que deixou a moça intrigada.

- Oi, Tomy, que surpresa!

- Estava passando aqui por perto e resolvi te ver rapidinho antes de viajar. Entra, vai se atrasar.

No primeiro momento que se conheceram ele foi um bobo, mas agora estava sendo um amor.

- Você existe mesmo? Não estava passando um táxi. - falou a garota.

- Está vendo, eu mereço um jantar no sábado. O que me diz?

- Hum, está bem, eu aceito.

- Que ótimo! E para onde é a viagem hoje?

- Grécia, Espanha e Portugal.

- Grécia? Vai à Grécia?

- Sim! Qual é o problema?

- Todos! Quer dizer, nenhum. Quantos dias ficará por lá?

- Hoje e amanhã, depois viajo para a Espanha.

- E o seu ex namorado, vai vê-lo?

- Não sei, geralmente fico no hotel para descansar.

- E se eu for contigo?

- Ir comigo? Como assim?

- Vou com você para a Grécia, está decidido.

Ele embarcou no mesmo voo que Isa, ela nem acreditava no que via.

- Não estou acreditando que você fez isso!

- Um dia na Grécia, estava precisando
disso. - disse Tomy.

Eles embarcaram e Tomy não perdia a oportunidade de olhá-la. A cada passada dela pelos corredores fazia o seu coração disparar.

- Aceita uma água, um refrigerante? - perguntou Isa, que passava com o carrinho pelo corredor do avião.

- Aceita jantar comigo mais tarde?

- Tomy, estou trabalhando!

- Aceita?

- Está bem, aceito!

Nem ele acreditava que havia largado tudo e embarcado para a Grécia, sem ao menos uma muda e roupa. Aquela aeromoça realmente tinha mexido com o seu coração.
Foi uma das suas melhores viagens. Estar tão perto dela era para ele algo jamais vivido. O coração daquele que dava vida à grandes máquinas, ficava pequeno diante de tanto sentimento.

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