Quando sonhos se tornam realidade

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- Me deem notícias assim que encontrarem a moça, boa viagem. - falou Pierry.

Eles pegaram o carro e seguiram rumo à empresa onde o jatinho já estava preparado.

- Espero que você encontre quem tanto
procura. - disse Tomy.

- É o que mais quero, preciso ajudar essa moça. - disse Kátia.

Chegaram muito rápido à cidade onde o abrigo se localizava, o coração de Kátia
parecia bater fora do peito.

- É aqui, Tomy, vamos entrar, espero encontrá-la. - falou Kátia.

Conversaram com a responsável, ela explicou que havia recebido uma paciente sem identificação.

- Ela sempre fica isolada dos outros pacientes, pois gosta de observar os aviões que passavam no céu. - falou a enfermeira.

- Onde ela está? - perguntou Kátia.

- Deve estar andando por aí. Passa o dia inteiro falando e apontando para o céu.
Acho que ela gosta muito de aeronaves.

Eles procuraram pelo pátio, corredores e não encontravam a mulher.

- Olha lá, está sozinha sentada no gramado, olhando para o céu. - disse a enfermeira.

- Vamos, Tomy, quero vê-la de perto. - disse Kátia.

Nem precisou que se aproximassem, o coração de quem ama jamais esquece da sintonia entre duas almas com conexões verdadeiras.
A lágrima corria em seus olhos, ele nem conseguia acreditar.

-Kátia, é ela. -falou Tomy.

- Tomy, é a Isa, ela está viva!

- Isa! - gritou Tomy.

Ela olhou sem entender, mas o seu coração sabia que era ele.
Tomy a abraçou sem acreditar que ela estivesse ali na sua frente.

- Meu amor, sou eu, o Tomy.

- Tomy? Você me trás aquele avião? - perguntou Isa.

- Meu amor, eu trago todos que você quiser. - disse ele, com lágrimas nos olhos.

Kátia não segurava a emoção e lembrava do sonho de July. Ela realmente esteve tão perto de Isa, e nem imaginou que podia ser aquela que tanto amava.

- Deixa eu te ver, vamos para casa, meu amor. - falou Tomy.

Ele tremia por estar perto dela, Kátia havia sido aquele anjo que escutou o seu coração, ela jamais achou que a garota seria Isa, mas sentia que precisava encontrá-la.

- Tomy, alguma coisa aconteceu. Por que a Isa não estava naquele avião? Alguém a machucou, e tem ligação com o atentado ao Beta. - disse Kátia.

- Eu só quero tirá-la daqui, eu nem consigo acreditar que ela voltou para mim. - falou Tomy.

- Tomy! Seu rosto, eu lembro dele. - disse Isa.

- Você lembrou de mim? - perguntou ele.

- O seu rosto. - disse Isa.

- Ela está confusa, vamos embora daqui. - falou Kátia.

Quando Isa se deparou com o jatinho de Tomy se angustiou. As imagens dos homens entrando no avião, e a violência que havia sofrido vieram à tona.

- Os homens, eles não podiam estar lá. - falou Isa, muito angustiada.

- Que homens, Isa? - perguntou Tomy.

- Ela deve estar tentando lembrar daquele dia, Tomy. - falou Kátia.

Isa se dirigiu à aeronave, mas no meio do caminho percebeu que havia esquecido de entregar o discurso que tinha feito com carinho para Tomy.
Correu até a festa, só que em um dos corredores que davam acesso ao avião, ela ouviu uns barulhos estranhos e decidiu ver do que se tratava.

- Ei, o que fazem aí, é proibido a entrada de estranhos. - perguntou Isa.

Ela foi empurrada sobre uma parede e ficou desacordada.

- Vamos, agora é só esperar o sucesso do Beta Air Plane. - falou Ony.

- E a garota? - perguntou um dos caras.

- Coloquem ela no carro, nos livramos dela na estrada. - disse o engenheiro, aquele que sempre sentiu inveja de Tomy.

O avião se preparava para decolar, dentro da aeronave, apenas piloto e copiloto.

- Aqui está bom, joguem ela nesse matagal, logo algum animal acabará o serviço. Tirem as roupas dela para suspeitaram de um estupro, será melhor. - disse Ony.

- O avião explodiu, está em todos os sites e jornais, um verdadeiro fracasso. - disse um dos cúmplices de Ony.

- Vou voltar à festa, preciso ver de perto esse circo. - falou Ony, rindo muito daquele desastre.

Isa ficou na beira daquela estrada, inconsciente, pois a pancada na cabeça foi muito forte.
Isa, Tomy e Kátia, entraram no jatinho e seguiram rumo à empresa, onde pegariam o carro para casa.

- Pierry, onde o meu papai e a Kátia foram? - perguntou July.

- Eles foram encontrar uma mulher, não sei quem é, deve ser paciente da Kátia.

Da janela do seu quarto, July observava o jardim, onde gostava de ficar com Isa e a coelhinha.

- Pierry, eu vou dar uma volta com a Belinha no jardim, deu uma saudade da Isa. - falou July.

- Eu vou com você, minha princesa.

Os dois ficaram sentados na grama vendo a Belinha correr, avistaram o carro de Tomy se aproximando.

- Olha, são eles, Pierry. - gritou a menina.

July correu até o carro, e quando a porta se abriu, a mais linda surpresa de todas apareceu.

- Isa! - gritou July.

Ela abraçou com tanto amor, que Isa percebeu o quanto era amada por todos.

- Eu sabia que você estava viva, eu te falei, Kátia. - disse July.

O choro era a única forma de agradecerem por tantas bênçãos, por ter de volta aquela que tanto amavam.

- Oi, não chora! - falou Isa.

As lembranças estavam muito bagunçadas, mas o amor não tinha como ser apagado.

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