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Não aguentei vocês arrancando meu couro no último capítulo kkkkkkk.

Meta: 110 votos e 30 comentários.

Espero que gostem, boa leitura!!

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"Raphael Veiga"

Ajoelho no chão e levo a roupinha de bebê até meu nariz, sentindo aquele cheirinho de paz e que talvez, seria minha menininha ali...

A enfermeira entra na sala e diz que eu poderia visitar Carol. Abro a porta do quarto em que ela estava e sinto meu mundo desabar..

Ver minha mulher deitada naquela cama, com fios ligados em si e a vida em jogo, era como se uma parte de mim estivesse sido arrancada à força.

Sento na cadeira ao seu lado e beijo sua mão, acariciando a região. Fico em silêncio, observando cada machucado em seu corpo.

Isso, é a vida mostrando que os meus atos tem consequências. E todas as vezes que machuquei Carol, um dia voltaria para mim.

Algumas horas depois, minha mãe aparece no quarto com Luca chorando muito e seu rostinho todo vermelho.

- O que foi neném? - Pego meu filho no colo, tentando acalmá-lo.

- Mama, mama... - Ele aponta para Carol na cama.

- A mamãe está dodói meu amor.. - Forço um sorriso, segurando as lágrimas.

- Mama.. - Ele tenta acordá-la.

E com a tentativa falha, seu choro se intensifica.

- Ei, olha aqui pro papai filho. - Chamo sua atenção e o bebê me encara. - A mamãe está dodói e daqui um tempinho, melhora, certo? - Antes que eu possa continuar, Luca abraça meu pescoço. - O papai te ama filho..

- Ama papai.. - Ele dá um beijinho babado na bochecha de Raphael, que sorri de orelha a orelha.

Me aproximo de Carol e coloco Luca cuidadosamente ao seu lado. Ele deita no ombro da mãe e fica fazendo carinho no rosto dela.

Luca é um bebê muito carinhoso e amoroso, não há sombra de dúvidas que ele puxou nós dois.

- 'Bilha, bilha estelinha...' - Luca canta baixinho.

Nunca imaginei que Luca fosse guardar tão bem a música que Carol cantava todas as noites que ele ficava doente.

Enzo ficou em casa com a babá, pois ele é muito pequeno para sair de casa ainda.
E Luca só pode entrar, pois o médico entendeu a situação sensível que estamos.

Luca estava quase dormindo, mas tiro ele dali para mamar. Em menos de 5 minutos,
já havia capotado.

"Um mês depois"

Um mês, um mês ao seu lado, um mês sem dormir, um mês acreditando que você é forte o suficiente para levantar dessa cama e seguir nossa vida.

Estava distraído brincando com Luca, quando percebo a mão de Carol se mexendo. Sem pensar duas vezes, chamo as enfermeiras.

Última chance - Raphael Veiga Onde histórias criam vida. Descubra agora