🌾🌾TEMPOS DE ESPERANÇA🌾🌾

21 3 1
                                    


— Piper? Você não manda na vida dela, nem pense em fazer isso, sua querida é livre, odeia cabresto - apertou o volante e sorriu olhando descaradamente Pilar que apareceu de costas na vitrine.

— Perdeu alguma coisa lá dentro Padilha? - Ficou na frente dele.

— Estou observando minha futura esposa, Pilar Martínez, sua patroa - deu um sorriso sínico e deu partida no carro.

— Sua? Só pode tá louco Padilha, ela é minha mulher e deixei bem claro no dia da corrida.

— Ela não pode ser sua porque já foi minha muito antes de você aparecer.

— Isso é só da boca pra fora, você tá com dor de cotovelo por ela ter me escolhido.

Olhou pra vitrine novamente e viu Geni que pulava ao redor de Pilar toda sorridente, ele pensou naquele momento que a menina era um bom ponto fraco dele.

— Então eu acho que vou ter que esperar sua filha crescer mais um ano e dar o troco, o que acha?

— Desce do carro Padilha, eu vou te dar uma lição seu covarde - foi pra frente do carro e bateu de novo agora mais forte no capô.

— É mais fácil eu passar o carro por cima de você idiota _ acelerou sem medo.

— Vem seu covarde, eu vou acabar com tua raça, me entendeu? Ninguém fala da minha filha desse jeito.

— Qual o problema de ser meu sogrão? - gargalhou vendo Miguel roxo de ódio.

Dentro da loja Geni foi a primeira a sentir a falta do pai e quando olhou pela vitrine viu ele aos gritos com a pessoa do carro e correu até Pilar.

— Meu pai vai fazer uma loucura! - puxou ela pela loja sem explicar o que era.

— Geni meu anjo, o que aconteceu? - falou sem entender o que acontecia.

— Você vai ver o que é! - apontou preocupada pro pai.

— Padilha? - ela encarou ele sem medo, mas depois olhou Miguel com preocupação e aquilo delatou o ponto fraco de Pilar.

Se Miguel não tivesse começado a correr não teria escapatória de ter sido atropelado e jogado no ar pelo carro de Padilha, mas não escapou de tudo ileso já que jogou seu corpo contra o asfalto para escapar a tempo da batida e acabou caindo por cima da mão e soltou um gemido de dor que foi ouvido por elas imediatamente.

– Merda! eu ainda acabo com você idiota!

– Miguel, o que foi, tá machucado? – ela se ajoelha na frente dele e olha a mão. – Acho que torceu, vem vamos para casa, ou melhor vamos no hospital, minha tia pode te ver.

– Não estou bem, só cai em cima dela. Precisamos conversar, o que Padilha fez, por que ele ainda te quer?

– O que está louco, vamos sair daqui.

Pilar dirigia o carro, Geni olhou para fora, ficou triste, pois se sentiu culpada de pedir tanto ao pai para irem e depois alguém ficou bravo com ele e quis lhe machucar. Foi então que Pilar conversou com ela, não a queria triste, ligou para a papelaria e pediu para entrar as coisas que elas haviam separado depois que Duda trouxe ela ficou um pouco melhor. e depois do jantar Pilar foi falar com Miguel, ele estava sentado no escritório, tinha um copo de conhaque na mão.

– Oi, podemos conversar? – ele somente ergueu o copo. – Desculpa por hoje, acho que o dia foi uma sequências de contingências.

– Ele falou que você foi dele.

– Não fui dele, namoramos sim, mas não fui dele. – ele percebe que ela ficou nervosa.

– O que foi, ainda o ama? - já lhe doía o peito em achar que ela poderia ser de outro.

🌾🌾TEMPOS DE ESPERANÇA🌾🌾Where stories live. Discover now