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Richard:

Eu simplesmente não consigo acreditar no que ouvi noite passada.

Eu não consigo acreditar em como um pai faz isso com uma filha.

Ela disse que foi só uma vez.
Nela, mais imagina a Vanessa.
Ela deve ter motivos suficientes pra não querer a filha perto de mim.

Ela não tem muito contato comigo, já que maioria das vezes antes da ruivinha chegar eu ficava no quarto, saia pra treinar ou estava jogando.

E sobre o Ex dela, ela me contou que se conheceram na infância.
Por isso deve ter sido mais fácil a Vanessa aceitar.

Agora eu entendo todo o porque dela não nos aceitar.

Não era pela nossa condição de "meios irmãos." E sim o medo da filha sofrer. De novo.

E eu sei que a conversa com o meu pai está sendo adiada, mais eu quero muito ter a chance de falar com elas juntas sobre isso.

Virgínia tava dormindo do mesmo jeito que ficou ontem.

Quase não dormi durante a madrugada pensando em tudo isso e... vivendo o que ela viveu.

"Meu sonho é ser mãe, e meu pai tirou isso de mim" essa frase passava várias e várias vezes na minha mente e me deixava extremamente ruim.

Um nó na minha garganta gigante.

Olhei o rosto que agora dormia serenamente encostado no meu peito e com cuidado deixei no travesseiro.
Me levantei na calmaria pra não a acordar e desci as escadas.

— Vanessa? — chamei.

— O que foi, Richard? — respondeu.

— Onde está? Precisamos conversar.

— Estou na cozinha. — ela disse e eu corri até o cômodo.

— Senta aí, por favor. — pedi. — Eu já sei. Sei de tudo.

— Tudo o que, Richard? — perguntou assim que se sentou.

— Eu sei sobre o acidente com o pai da Virgínia. Sei tudo o que passaram naquela casa. — disse

— Ela te contou... Vejo que ela confia muito em você. — Vanessa deixou escapar uma lágrima.

— Agora eu entendo, eu entendo o por que da sua desaprovação! E eu te prometo, Vanessa, eu nunca na minha vida vou encostar na sua filha. Eu a amo. — garanti.

— Meu amor....— ela tocou meu rosto. — Eu sabia de tudo entre vocês. Desde o início. — disse. — Minha filha mudou muito rápido depois da ida com você  naquele jogo. — Mais... eu acho que ela não te contou tudo sobre o pai dela. — ela disse.

— Então me conta, Vanessa. Eu quero saber de tudo.

— O Rodrigo... ele era uma pessoa boa. Era uma pessoa muito boa. Quando eu engravidei, ele ficou tão feliz.... tudo com o que ele sonhava ele realizou. — Ela lembrou. — mais quando a Virgínia nasceu.... ele mudou. Mudou por completo. Ele me batia, me mantinha trancada dentro de um quarto junto com a filha recém nascida, só com uma garrafa de água. — travei o maxilar.— Mais nunca ousou encostar um dedo nela. E teve um dia.... depois da nossa separação, onde ele descobriu que eu estava namorando. — ela respirou. — E nesse dia, eu tinha levado meu namorado pra casa.... mais nada aconteceu entre a gente. — ela afirmou. — Virgínia se deu super bem com ele, e isso fez o Rodrigo perder a cabeça quando soube. Ele foi até a casa no outro dia logo cedo. E eu antes de deixar ele entrar pedi pra que minha filha se escondesse dentro do armário do quarto com a porta trancada. — explicou. — Rodrigo chegou a me bater. Mais a ira dele só subiu quando eu disse que nossa filha não precisava dele. E foi aí... que ele foi atrás dela. Eu o puxei várias e várias vezes. Gritei dizendo que preferia ir no lugar dela mais ele não ouvia.
— Vanessa Chorava descontroladamente.  — ele derrubou a porta do quarto dela e quando abriu o guarda roupas deu a facada na Virgínia. — ela respirou novamente e passou as mãos pelo rosto antes de voltar a atenção pra mim. — Eu passei uma semana com ela no hospital. Eu quase perdi ela duas vezes. E depois veio a notícia de que ela possivelmente não possa ter filhos no futuro. — Vanessa me explicou tudo.

— Eu sinto muito por tudo isso Vanessa. — segurei sua mão. — Sinto mesmo e te entendo por proteger ela. — disse. — Mais se ama mesmo sua filha, deixe ela escolher o que quer. Nós nos amamos, Vanessa.

—Eu aceito vocês dois. — ela disse.

— Obrigada, Vanessa! Sério mesmo! — um sorriso saiu de meus lábios.

— Olha, Richard. — ela me olhou seria dessa vez. — Só tem um motivo no qual trouxe ela pra São Paulo arrastada. — ela disse.

— Qual? — perguntei.

— O Rodrigo não morreu como eu contei a ela. — ela revelou. — Ele foi preso em flagrante e esse ano acaba a pena dele. Ele seria livre e com certeza viria atrás dela.

— O QUE? — ouvimos uma voz atrás de nós. E quando nós viramos....

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Vou postar mais um agora por que deu vontade e é isso.

O que acharam disso tudo?
Como acham que a Vivi vai reagir?

Titia Moon ama vocês. ❤️

Fiquem com uma fotinho do nosso neném!!

Por Nós | Richard Ríos Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ