Explosão.

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Louise Collins.

Assim que o sol nasceu fiquei remoendo minhas palavras ditas para o xerife. Enquanto Daryl dormia completamente nu coberto com um lençol eu peguei minhas coisas partindo para a comunidade a cavalo, hoje é o dia, Negan vai morrer. Assim que cheguei fiquei no portão esperando que alguém abrisse.

-não vai me deixar entrar, Scott.-questionei ao moreno que me analisou por alguns instantes de cima da torre. Ele mandou uma mensageira para a casa do xerife. Mesmo relutante ele abriu os grandes portões, assim que entrei, deixei o cavalo vagar por Alexandria, esse lugar está maior, e tem mais pessoas.

-por que você veio.-Rick questionou com outras intenções. Rick sabe o que posso fazer com o salvador.

-você disse que eu deveria fazer uma visita. Onde Judith está.-questionei usando a garota como desculpa. Eu sei sou uma péssima mãe.

-vamos eu vou te levar até ela.-comentou Rick abaixando a guarda. Caminhamos até a grande casa da comunidade, assim que entrei pude ver desenhos pra todo lado, brinquedos, coisas de criança, mas ao notar a madeira pendurada com nossas marcas de mão azul na parede, foi como se eu tivesse voltado aquele dia, estávamos tão felizes, nós três.

-a Michonne, ela achou isso antes da casa pegar fogo. Colocamos aí, você sabe.-disse o policial vendo que eu fiquei calada enquanto eu passei minha mão pela madeira que parecia um quadro.

-onde é o quarto dela.-questionei ignorando o que ele disse. O caracolado me conduziu até o quarto da criança que dormia profundamente.
Ela está maior. Sentei na cama passando minha mão pelo rosto dela. Eu senti a falta da Judith e nem percebi.

-mamãe.-a garota falou despertando do sono profundo. Fui pega de surpresa sendo abraçada fortemente, retribui deixando um beijo na testa dela.

-eu tô aqui. Volta a dormir, eu não vou embora.-falei deitando a criança novamente, depois de um tempo seus olhos não resistiram se fechando novamente. Me levantei indo para o lado de fora da casa, escorei no corrimão da escadas observando Alexandria.

-esse lugar está parecido com o que Carl queria.-disse o xerife ficando ao meu lado se referindo a comunidade. O clima está tenso entre nós dois.

-Eu sei que não sou uma mãe presente, Rick.-falei para o Grimes que se sentou ficando em silêncio por bons minutos.

-você passou por muita coisa, eu sei que tem medo de perder outro filho, por isso não quer se aproximar. Sobre a nossa discussão ontem, eu sinto muito mesmo. Teve algumas coisas que eu não queria ter dito, eu fiquei com raiva.-falou o Grimes se desculpando.

-eu também disse coisas que eu não devia ter dito. Nada do que perdemos foi sua culpa, espero que não me odeie por dizer aquelas coisas.-falei firme para o policial que parecia querer chorar.

-Você e a Judith, foram as únicas Grimes que restaram. Penso isso o tempo todo. Não importa o que você diga ou o que você faça. Eu não consigo te odiar, eu não posso.-comentou o policial com o olhar distante me deixando com um no na garganta.

-eu amo você, Rick.-falei para o xerife que me olhou emocionado deixando um beijo no topo da minha testa.

-vamos, vou te mostrar uma coisa.-comentou me levando até o cemitério, passamos por muitas covas chegando até uma com pedras brancas em formato de C. Me agachei colocando minha mão sobre a grama verde, então lá estava eu, caindo em lágrimas novamente. Eu sinto sua falta filho, o tempo todo.-eu venho aqui todos os dias.-comentou o policial se agachando ao meu lado.

-eu achei que podia superar a morte dele, mas não posso, não consigo.-falei respirando fundo. Você tem que ser forte. Você tem que dizer.-todas as madrugas eu desperto e não consigo dormir, fiquei com raiva por um bom tempo por não saber o motivo e então eu me lembrei, de que todas as noites eu ia pro quarto dele. Eu ainda escuto o silenciador.-falei tentando limpar as lágrimas mas não paravam de cair.

Sobreviver-Daryl DixonWo Geschichten leben. Entdecke jetzt