Filha de uma família rica, Ana Cornell foi criada como uma princesa. Quando se vê, repentinamente, em meio a uma disputa pela herança de sua família que pode acabar com todos os seus sonhos de se tornar uma confeiteira de sucesso, ela se volta à últ...
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A que ponto eu tive que chegar para propor a uma estranha que se torne a minha namorada? E para piorar as coisas, ela ficou igual a uma estátua.
― Senhorita? ― passei a minha mão de frente ao seu rosto tentando fazer com que ela voltasse à realidade pois essas coisas sempre aconteciam com as mulheres. ― Você está bem?
― O que o senhor acabou de me propôs?
― Quero que seja minha namorada.
― Não! ― ela simplesmente gritou. ― Eu não quero ser a sua namorada! Eu prefiro fazer outra coisa...
"Isso só pode ser uma piada. Eu acabei de ser rejeitado por uma desconhecida que apareceu acidentalmente na minha vida?"
― Não aceita? ― a encarei. ― Não era a senhorita que precisava de uma namorado? Ou melhor, não foi a senhorita que começou com tudo isso?
― É... ― pude sentir seu nervosismo.
― Será um namoro contratual. ― digo friamente. ― Não será um namoro de verdade, você apenas vai precisar fingir muito bem que somos um casal.
― Eu não quero! Por que eu aceitaria isso?
O silêncio foi interrompido pelo som do celular da senhorita encrenca que tocou. A princípio ela tentou ignorar a ligação duas vezes, mas na terceira ela aceitou.
― Alô? Oi mãe... ― ela fez um sinal para que eu ficasse em silêncio. ― Sim, é isso mesmo... Eu não posso mais aceitar os encontros que a senhora me arrumar.
"Será que ela vai aceitar minha proposta?"
― Eu estou ocupada agora, ok? ― em seguida ela começou a mexer em seus cabelos parecendo estar um pouco desconfortável. ― A senhora não acredita? Eu não estou mentindo, mamãe... Sim! Eu tenho um namorado, está satisfeita agora?
― Você me aceitou? ― perguntei baixinho.
― Se ele é bonito? Claro mamãe. ― ela sorriu me ignorando. ― Ele é tão bonito que parece um ator de Hollywood, a senhora acredita?
