Minha Rainha (COMPLETO)

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O silêncio do carro proporcionava um momento para refletir sobre a intensa jornada criativa que compartilhamos. Ao mesmo tempo, o alerta de Gregory ecoava em minha mente, adicionando uma camada de tensão ao ar.

Decidi ligar para Gregory, não apenas para tranquilizá-lo, mas também para esclarecer as coisas.

— Alô, Gregory? Sou eu, Selene.

— Selene! Finalmente, onde você está? Estou indo para a sua casa agora mesmo!

Sua voz soou cheia de preocupação e um toque de manha.

— Calma, Gregory. Estou dirigindo de volta para casa agora. Não precisa vir até aqui.

— Não precisa? Selene, você me assustou! Pensei que algo tinha acontecido.

Suspirei, tentando manter a paciência.

— Gregory, está tudo bem. Eu só queria te avisar que estou indo para casa. Não precisa se preocupar tanto.

Ele fez um som que parecia uma mistura de suspiro e resmungo.

— Você deveria ter me avisado antes. Eu teria ido te buscar.

— Eu sou uma adulta, Gregory. Consigo dirigir para casa. Não precisa vir até aqui.

A linha ficou em silêncio por um momento antes de Gregory falar novamente, agora com um tom mais manhoso.

— Mas eu queria te ver. E, além disso, você está na casa do Marco até tarde da noite. Não acho seguro.

Revirei os olhos, sentindo a frustração se acumular.

— Gregory, nós estávamos trabalhando, apenas isso. E eu já disse que estou indo para casa. Não precisa vir.

Ele continuou insistindo, e a conversa rapidamente se transformou em um leve desentendimento. Eu explicava que não precisava dele indo até minha casa a essa hora, enquanto Gregory expressava sua preocupação e ciúmes. A tensão aumentava, e a paciência de ambos estava sendo testada.

— Selene, eu só estou tentando cuidar de você. Por que é tão difícil entender?

— Eu sei que está tentando cuidar de mim, Gregory, mas isso não significa que preciso de alguém me acompanhando o tempo todo.

Ele fica em silêncio.

— Precisamos confiar um no outro, Gregory. Isso não pode continuar assim. — Tentei manter a calma, mas a irritação começava a surgir em minha voz.

— Confiança? Como posso confiar quando você está na casa de outro homem até essa hora? Isso é loucura, Selene!

Senti a raiva subindo dentro de mim.

— Gregory, você está sendo irracional. Eu te disse que estávamos trabalhando. Marco é meu colega de trabalho e nada mais. E ainda mais, não sou sua mulher.

— E como posso ter certeza disso? — Ele gritou do outro lado da linha. — Não gosto disso, Selene. Não gosto do jeito como ele olha para você.

Revirei os olhos, mesmo sabendo que ele não podia ver.

— Você está exagerando. Marco é um profissional, e eu sou uma profissional. Isso é tudo o que importa.

A discussão se intensificava a cada segundo, as palavras cortantes sendo lançadas como flechas. Eu tentava explicar, argumentar, mas a desconfiança de Gregory parecia inabalável. E no final nem sei o motivo de estar me explicando...

— Eu não consigo mais lidar com isso, Gregory. Isso está ficando insuportável. — Minha paciência atingiu seu limite.

— Insuportável? Selene, eu só estou tentando proteger o que é meu.