004; - O Sonho.

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— Não consigo acreditar que Minerva fez isso! Fala sério! - Aurora se sentou na mesa, irritada.

Estavam na sala comunal da Sonserina preparando alguma coisa relacionada à festa, quando alguém tocou no assunto da aula de transfiguração que ocorreu mais cedo.

— Eu que o diga! Sirius não sabe nem o próprio nome. - Camila resmungou, irritada e olhou para Régulus. — Sem ofensa. - Ele balançou a cabeça, sem ligar muito.

— A Professora McGonagall sempre foi louca mesmo. - Lúcio disse e a maioria riu.

— Eu discordo, adoro ela. - Aurora riu.

— E a confusão que deu entre James e você? - Narcissa comentou.

— Nem me fale, ele é um surtado!

— O que você disse pra ele em espanhol? - Snape perguntou.

— Mandei ele ir pro inferno. - Todos riram novamente. Fawley respirou fundo.

Quando o assunto se estendeu para os lados comensais e supremacistas preconceituosos, Aurora e Camila se retiraram, subindo até seu dormitório e organizando algumas coisas do baile entre elas.

Assim que adormeceram, Fawley pareceu ter dormido por 5 minutos, tanto que acordou rapidamente. Tentando reconhecer o quarto em que estava.

Não era seu dormitório em Hogwarts.

Olhou para o lado, encontrando um homem alto e moreno, com os olhos fechados, adormecido. Não disse nada, apenas escutou um choro de bebê gritante em seus ouvidos.

Se levantou da cama velozmente em direção à voz que ouvia, encontrando um quarto de bebê. Tinha detalhes brancos e alguns azuis, retratos e um berço no canto. Onde ela caminhou lentamente em sua direção. Quase como um instinto, ela segurou o bebê no colo, que parou de chorar no mesmo instante. Sussurros em seu ouvido quando ela tocou no pequeno garotinho "Profecia, profecia, o garoto da profecia." fazendo-a desejar arrancar as próprias orelhas.

Porém, o sonho durou pouco quando uma luz de raio verde invadiu seu olhar, a fazendo acordar de uma vez.

E novamente, em Hogwarts.

Um sonho perturbador que a fez acordar suada.

Tremendo.

Pálida.

E assustada.

Ela colocou as mão sobre a testa enquanto olhava para os lados, vendo sua melhor amiga na cama, adormecida. As luzes do lado de fora estavam apagadas, indicando que todos haviam dormido. Uma insônia deprimente a consumia quando ela se debruçou na cama novamente, tentando voltar a dormir, mas sem conquista.

Com a ansiedade martelando sua cabeça e cada parte de seu corpo, ela se levantou, irritada consigo mesma, determinada a pesquisar sobre as profecias. Pois se sentia preocupada.

Algo dentro dela a ansiava, ela não sabia o quê.

E então ela saiu do quarto, pronta para ir até a biblioteca procurar sobre aquelas coisas. Com extremo cuidado e com a varinha em seu bolso, vestia um conjunto moletom que cobria seu corpo, mas ainda sentia os pelos de sua pele se arrepiarem à medida que saia da sala comunal.

Passeando devagar pelos corredores de Hogwarts, estava com medo de acabar encontrando algum de seus professores e isso lhe custar pontos da sonserina, até mesmo uma advertência. Subiu até o quinto andar, onde se encontrava a sala de aula de estudos trouxas. Era frustrante o fato de que a biblioteca ficava perto do sétimo andar, assim teria que andar um monte de escadas para chegar até o lugar.

Aurora, de repente, escutou um barulho vindo de trás dela, assim que se virou, se sentiu sendo puxada para o lado, onde acabou entrando dentro de uma sala de vassouras e uma mão tapou sua boca involuntariamente quando ela sentiu uma coberta sendo jogada por seus ombros, ela levantou a varinha que iluminava o ambiente, tentando ver a cara do indivíduo, mas querendo gritar assim que viu quem era.

James Potter estava ali, a centímetros de distância dela, olhando em seus olhos que agora estavam furiosos, ela tentou se mexer irritadamente, mas ele segurou seus braços acima de sua cabeça, impedindo sua movimentação. Até que o armário de vassouras foi aberto, os dois continuaram se encarando, Aurora queria matá-lo, já ele permanecia com o olhar neutro sobre ela.

A vista da professora Minerva foi vista na porta, pareceu encarar os dois, mas ignorou, e Aurora ficou surpresa. Ela fechou a porta novamente, e saiu dali andando tranquilamente.

James não quis soltar a garota tão cedo, aquela situação o deixava estranhamente confortável. Já a Fawley se sentia pronta para aniquilar ele só pela forma como o olhava com alguns fios de cabelo caindo sobre seus olhos.

Potter retirou delicadamente a mão de sua boca, e ela se fingiu tranquila, assim que ele soltou sua mão, ela o empurrou contra a parede, ameaçando de o sufocar.

— Qual o seu problema, Potter? - Ela colocou a varinha em seu pescoço, furiosa.

— De nada, Fawley. - Ele ironizou e retirou a coberta de cima de ambos, a capa da invisibilidade.

— Como você conseguiu me encontrar? - Ela rosnou, pronta para acabar com ele ali mesmo.

Potter em um movimento rápido, a empurrou de volta contra a parede, trocando as posições, prendendo suas mãos contra a prateleira.

— Se eu fosse você, tomaria cuidado com o modo que você fala comigo. - Ele disse, sério.

— E por que eu deveria? Nós dois sabemos que o único que mataria entre nós dois seria eu. - Ela retrucou, irritada.

— Não estou falando de matar.

Aurora estremeceu, se sentindo chocada com suas palavras. Mal notou quando seu corpo se arrepiou levemente e involuntariamente roçou as coxas uma na outra, tentando disfarçar a pequena excitação.

— Eu estou. E eu vou te matar.

— Por que estava andando pelos corredores a essa hora da noite? - Ele perguntou de volta e ela ficou em silêncio, não querendo mais se manter ali.

Com toda sua força, empurrou Potter de volta contra a parede, mas se afastou dele.

— Não te devo satisfações, Potter. - Ela foi rude. E se virou, saindo do armário de vassouras, mas James foi insistente, e a seguiu.

— Minerva não irá gostar de te ver pelos corredores. - Ele tentou justificar.

— Ela também não irá gostar de um garoto de cabelos castanhos e olhos azuis andando pelos corredores junto comigo, e que nos trancamos no armário de vassouras para nos escondermos dela enquanto usávamos uma capa da invisibilidade. - O ameaçou de volta, parando de andar e o encarando, furiosa.

— Se você quiser podemos voltar pro armário de vassouras e nos escondermos melhor. - Ele se inclinou em sua direção, levando os lábios até sua orelha. — Só não pode fazer tanto barulho.

— Qual o seu problema? Está no cio? - Ela ironizou, dando um passo para trás. — A sanguezinho ruim não te quer mais? Ah, é. Ela nunca te quis.

Foi rude o modo como James a jogou contra a parede e colocou sua mão sobre o pescoço dela, o apertando quando ela erguia a cabeça, mas ela roçou as coxas uma na outra novamente, sentindo uma curta excitação.

— Cala a boca.

— Me faça calar.

— Quer um beijo?

— Vou lhe dar um soco. - Retrucou.

Os dois ficaram em silêncio, irritados um com o outro. James intercalava seu olhar entre os olhos e os lábios de Aurora, enquanto ela o fuzilava, ele se afastou dela, largando seu pescoço.

— Fica esperta, Fawley. - Ele deu um pequeno sorrisinho enquanto se afastava dela.

— Se cuide, Potter. - Soou como uma ameaça.

Ela se virou, e seguiu seu caminho para as masmorras novamente, perdendo toda a confiança de querer ir até a biblioteca.

Maldito James Potter.

𝐒𝐋𝐎𝐖 𝐃𝐎𝐖𝐍, (James Potter)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant